Capítulo 18 - Respire Comigo

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Alexa seguia no cativeiro, mas agora, sozinha. Ela olhou de um lado para o outro, com a visão ainda turva. Notou que a vela deixada por Damon, para clarear durante a noite, ainda estava acesa. Ela tentou se mover, mas não teve muito sucesso com suas mãos e pés atados a cadeira. Estava muita fraca, mas começou a dar leves impulsos e se arrastar com a cadeira. Conseguiu, ainda que com muita dificuldade, chegar até a vela. Colocou a corda que amarrava suas mãos contra o fogo e a queimou. Libertou as mãos e respirou, com grande alívio. Desatou rapidamente as cordas dos pés e saiu correndo, ainda que com certa franqueza. Começou a chorar ao notar por fim estava do lado de fora.



Sophia removeu as roupas que Taylor usava no corpo e o deixou apenas de cueca. As mãos dele estavam atadas sobre a cabeceira da cama com um par de algemas. Igualmente, seus pés. Sophia tirou seu vestido e ficou apenas com seu conjunto de lingerie. Ela se pôs lentamente sobre a cama e se colocou ao lado do corpo desacordado de Taylor.


- Quero que seja tudo muito especial! - exclamou ela, com veemência. - Eu esperei tanto por esse momento. Você não imagina o quanto!


Ela pegou um lenço e passou sobre seu rosto, secando uma lágrima que escorria.


- Não se preocupe, meu amor. São lágrimas de emoção! - continuou. - Eu sei que você também vai gostar!


Sophia se colocou sobre o corpo de Taylor na cama e ficou por cima dele. Passou suas mãos por todo o corpo dele, enquanto o fitava com extremamente fascinação. Ela adentrou suas pernas entre as dele. Não deixou de olhar para seu rosto por um só segundo. Aproximou suavemente seus lábios aos dele e o beijou.


- Ah, Taylor! Eu te amo tanto! - exclamou, excitada. - Eu sei que você também me ama. Eu sei que você me quer tanto quanto eu te quero! Eu sei que você também está gostando!


Sophia estava completamente enlevada. Tinha uma expressão de extremo encanto. Sua respiração ofegava cada vez mais e ela se perdia em suas próprias ações e pensamento naquele momento.



Alexa andava completamente desnorteada. Estava fraca e quase desmaiando. Parou no meio da pista e por muito pouco não foi atropelada pelo carro que vinha em sua direção. O motorista parou e desceu imediatamente. Foi até ela e a acolheu em seus braços. Olhou para o rosto pálido e quase sem vida da moça em seus braços e sua expressão foi de tremendo choque e surpresa.


- Alexa! - exclamou ele, assustado.


- Brando! - exclamou ela, com um leve suspiro.


- O que... O que aconteceu? Como você está? - perguntou, aflito.


Notou os ferimentos em seu rosto e imediatamente a carregou no colo. Abriu a porta de seu carro e a deitou sobre o banco de trás


- Calma, vai ficar tudo bem! - exclamou, ofegante. - Eu vou te levar pro hospital.


- Foi a Sophia! - disse ela, num tom fraco. - Ela me sequestrou para que eu ficasse longe do Taylor.


- Como pôde? Como ela foi capaz? - indagou a si mesmo.


- Brando! - disse com o mesmo tom fraco. - Ela está apaixonada pelo Taylor! Eu sei que parece loucura, mas é verdade. Ela quer ter ele só pra ela!


Brando fez silêncio e não soube o que dizer. Mas sabia que era verdade. Tudo aquilo já passara antes por sua cabeça. Ele ligou o carro.


- Brando! Você precisa me ajudar. Ela pode fazer mal ao Taylor! Você não tem ideia do que ela é capaz. - seu tom de nervosismo era predominante e suas mãos tremiam sem parar.


- Alexa, se acalma. Por favor! Você está muito nervosa! Se acalma! - repetiu.


Os olhos antes turvos de Alexa agora se fecharam por completo.


- Alexa! Alexa! Fala comigo, por favor! - exclamou, nervoso. - Você vai ficar bem. Eu prometo!



Os olhos de Taylor se abriram. Sua visão era turva e ele teve certa dificuldade em se situar no que estava acontecendo. Olhou de um lado para o outro e reconheceu o lugar onde se encontrava. Avistou Sophia sobre ele e sua face estremeceu.


- Meu amor. Você acordou! - exclamou Sophia, que sorriu.


Taylor tentou se mover, mas viu que suas mãos e seus pés estavam presos.


- Mãe! - exclamou ele, ainda assustado. Sua voz era fraca, como de alguém que acabara de despertar de um longo período em coma. - O que está acontecendo? O que você está fazendo?


- Não se preocupe meu amor! Eu sou toda sua! Pode fazer o quiser comigo! - exclamou ela, calma, serena. Seu tom tinha uma normalidade e naturalidade que eram totalmente genuínas.


- O quê? Você é minha mãe! - ressaltou. - Por que está fazendo isso?


- Não fale nada, querido. - colocou a mão sobre o lábio dele. - Isso não pode impedir o nosso amor! Vamos aproveitar nosso momento!


- Amor? Amor? - repetiu, franzindo o rosto. - Do que você está falando? Por favor, para com isso e me deixa sair daqui.


Ele se moveu outra vez e tentou soltar as mãos, mas falhou. Bateu a cabeça contra a cama e ofegou.


- Fique calmo, meu amor! Está tudo bem! Não se preocupe. Eu estou cuidando de você! - deu uma pausa. - Não é isso que uma mãe deveria fazer? - ela riu.


Sophia aproximou seu rosto ao dele e o fitou por alguns instantes. Sua mão segurou o queixo dele, que relutou. Seu rosto se deslocou lentamente e seus lábios encontraram o dele.



Um forte barulho se fez ouvir em direção da porta, que fora arrombada. Duas figuras consternadas entraram as pressas e se viram dentro do quarto. Suas expressões exalavam um total estado de perplexidade com aquilo que estava diante de seus olhos.


- Sophia! - gritou a voz grossa e sólida de Matt, que soou rude. Ele estava acompanhado de Becky.


- Matt! - exclamou Sophia, que se virou bruscamente e os avistou.

Uma Estranha ObsessãoWhere stories live. Discover now