Olá, meu nome é Kim Taeyeon

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Acordei sentindo meu corpo pesado. O sono me carregava de forma avassaladora, eu apenas queria fechar os olhos e dormir paea sempre, em um sono sem volta. Fui ate o pequeno banheiro que tinha em meu quartone fiz minhas higoenes matinais, olhei para os "riscos" recém feitos em meus pulsos e suspirei as palavras de minha falecida amiga, Yoo Jeongyeon, foram refeitas em minha mente : " Uma dor para disfarçar a outra ".

Vesti minhas roupas comuns, não esquecendo do meu casaco e desci as escadas de casa. Adentrei a cozinha e fui recebida com um sorriso de minha mãe e de minha irmã.

- Bom dia - murmurei.

- Bom dia Unnie - Dahyu disse dando um enorme sorriso.

- Bom dia minha filha - Minha mãe beijou-me o topo da cabeça. - Dormiu bem ?

Acenei positivamente com a cabeça. Eu sei que é feio mentir para mãe, porém, eu não queria aue minha mãe descobrisse o meu probleminha, não por enquanto.

Meu pai me encarou com frieza e nojo. Para ele era dificil aceitar uma filha diferente. Uma filha que nasceu fisicamente diferente e que gosta de meninas. Meu appa sempre deixou exposto esse nojo que sentia de mim, desde sempre, ele não tentava uma aproximação nem nada, apenas me critiva e abaixava ainda mais minha auto-estima, que já não é tão lá em cima.

Comi meu café rapidamente e levantei da mesa indo atrás da minha mochila,queria acabar logo com aquele dia, a escola poderia ser mil vezes pior que em casa.

Eu sofria preconceito, muito preconceito. Pela minha opção sexual, por ser diferente entre muitas coisas. Na escola eu era a impopular que ninguém quer perto, há anos eu já havia desistido de tentar fazer amizades, eu tinha apenas Jeongyeon, apenas ela. Ninguém queria ser amigo de uma aberração e eu me conformei. Já em casa eu era a excluida, aquela que não podia nem ao menos abrir a boca. O preconceito não acabava na escola, meu próprio pai fazia questão de continua-lo em casa e, se eu tentasse algo, ele me batia, as vezes eu apanhava por nada. Já perdi as contas de quantas vezes ele me bateu por livre espontânea vontade, meu Appa era um homem estressado, hipócrita e preconceituoso ao extremo. Quando algo de ruim acontecia em seu trabalho ele descontava em mim, se fosse algo bom ele, minha mãe e minha irmã comemoravam enquanto eu estava presa no sótão.

O resultado de sua ira estavam marcados em minha pele, como umar marca de gado feita a ferro quente. As surras que eu tomava nem doiam mais, meu corpo parecia anestesiado aos seus socos e tapas, até mesmo das cintadas que eu recebia. Mas ele ainda não estava anestesiado das queimaduras e dos cortes, e ambos doiam como o inferno.

Tudo que eu pensava era com o dia que eu finalmente poderia por o fim nisso tudo e descançar em paz.

Olá meu nome é Kim Taeyeon, tenho 16 anos, sou coreana e sofro de depressão.

Depression Where stories live. Discover now