Epilogo

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O corpo da menina loira fora achado boiando na reserva natural de Jeonju às 5:40 da manhã do dia seguinte. A pele estava fria e em um tom roxo por conta do frio, o corpo estava praticamente limpo, todo o sangue fora transferido para a água deixando-a num tom meio rosado.

Eram exatas 6:00 da manhã com a familia Kim recebeu uma ligação, pedindo para comparecerem a delegacia. Eles não entederam ao certo, mas foram mesmo assim.
O delegado estava preocupado,nervoso para não dizer o contrario. Era seu primeiro caso e, irônicamente, era um caso de suicidio. Esperou atentamente a chegada da familia Kim,pensando e repensando nas palavras que falaria para eles.

Eles não tardaram a chegar, os três integrantes da familia foram levados até a sala do delegado e recebidos com um olhar pesaroso e um sorriso triste.

"- Bom dia - disse o delegado -Sentem-se por favor."

Eles se sentaram, o senhor Kim do lado direito, a filha mais nova (de apenas 13 anos) no meio e a Senhora Kim no lado esquerdo. As duas ultimas tinham uma feição desesperada, como se soubessem de algo.

" - Por que fomos chamados aqui, delegado ? - Perguntou o senhor Kim, ele estava serio e parecia estar um tanto raivoso"

"-Vou conta-los o que aconteceu - ele se ajeitou na cadeira - hoje pela manhã o Departamento de policia de Jeonju foi acionado, pois acharam um corpo boiando no centro da reserva natural. Levamos o corpo para a autópsia e rondamos a área atrás de coisas da vitima - ele se inclinou para o lado e pegou os pertences da falecida menina loira os pondo sobre a mesa - achamos esse pertences que julgamos ser da vitima. Vocês os reconhecem ? "

Os três estavam mudos, surpresos. A Senhora Kim, assim como a filha mais nova não conseguiu segurar as lágrimas. O senhor Kim estava pasmo.

" - S-Sim - A senhora Kim murmurrou, o rosto banhado em lagrimas, a voz tremida pelo choro - Essa bolsa, eu a reconheço. Foi o primeiro presente que eu dei para minha filha mais velha. Mas eu não entendo, o que isso está fazendo aqui?"

O delegado abaixou a cabeça.

" - Meus pêsames senhora Kim, mas sua filha foi achada boiando no centro da reserva natural de Jeonju. - Ele viu o choro da mulher aumentar - Ao que tudo indica, foi um suicídio."

A pequena Dahyun que até então estava quoeta se pronunciou, seu rosto manchado pelas lagrimas que caiam de seus olhos.

" -Eu quero ver minha irmã, onde ela está? - Perguntou chorosa. - eu preciso vê-la."

O delegado se levantou da cadeira e foi até a porta.

" - Por aqui, levarei vocês ao necrotério - disse ele."






















Dahyun assistiu, com lágrimas nos olhos, o homem de jaleco braco retirar o lençol que cobria o rosto de sua irmã. Seu choro se tornou forte e sofrido, em suas mãos estava o celular, os dedos pressionavam fortemente o numero do contato já marcado. Ela precisava de um apoio.

O homem terminou de retirar o lençol até a cintura e Dahyun sentiu seu coração comprimir ao ver as diversas marcas de cortes no torso da irmã, sentiu um enjôo ao ver a pele de sua irmã mais branca que o normal. Sentiu suas pernas fraquejarem e seu corpo ser amparado por fortes, porém finos, braços. Escondeu o rosto na curva do pescoço da namorada e deixou que suas lagrimas molhassem a blusa da mesma.
























A Kim, agora Hirai, assistia sua filha correr pela calçada junto a sua melhor amiga, a filha de Chaeyoun. Dahyun caminhava ao lado de Chaeyoung,vigiando as meninas, enquanto Momo e Mina vinham mais atrás.

Elas entraram no cemitério e se dirigiram as duas lápides mais novas de todo o local, se surpreenderam ao verem duas figuras um tanto desconhecidas paradas em frente a mesma. Na verdade elas não eram muito desconhecidas, pelo menos não para Dahyun e muito menos para Chaeyoung.

A Kim e a Yoo nunca imaginariam que veriam Tiffany Hwang e Im Nayeon novamente. Se aproximaram calmamente, ambas segurando a mão de suas determinadas filhas.

" - Omma - Chaeyoung olhou para sua filha - Quem é aquela moça no tumulo da tia Jeong?

- Uma antiga conhecida, filha - Chaeyoung disse e apertou levemente a mão da pequena.

- elas conheciam as tias ? - foi a vez da pequena Hirai perguntar.

- conheciam - disse Dahyun vagamente."

Elas se aproximaram mais e, apenas quando estavam praticamente atras das duas mulheres, foi quando foram notadas.

A ruiva de casaco rosa olhou para as recém chegadas e deu um curto sorriso, o rosto vermelho de tanto chorar, ela não fizera questão de esconder, aparentava estar abatida. A ruiva deixou uma flor cuidadosamente no tumulo e fez uma reverência para as recém chegadas, a amiga repetiu os gestos.

Chaeyoung se surpreendeu ao ver o rosto magro e triste de Im Nayeon, ela sabia o motivo daquilo, estava chegando o aniversário de morte de Jeongyeon.

As duas sairam do local sem falar nada, estavam mexidas e destruidas, haviam perdido as unicas chances de serem felizes, haviam perdido Kim Taeyeon e Yoo Jeongyeon.

Dahuun olhou para o tumulo da irmã e sentiu um sorriso brotar em meio as lágrimas, aquela era a primeira vez que sua filha via o tumulo de sua irmã.

- Annyeong Annyeong Tae, Jeong - Dahyun disse com a voz tremida - faz um tempo que nós não viemos, mas desde que as meninas nasceram nossa vida está uma bagunça - riram.

- viemos apresenta-las a vocês - disse Chaeyoung - Não a trouxemos no dia do nascimento por motivos pessoais. - A Yoo abraçou o corpo da filha e foi abraçada pela esposa. - quer se apresentar a sua tia, ou quer que eu te apresente? - perguntou para a pequena em seus braços.

A Yoo mais nova se virou para o tumulo e deu um sorriso sem graça.

"- Oi tia, meu nome é Myoui Yoo Jeongyeon - a pequena balançou de leve a cabeça - Temos nomes iguais, legal não é? Minha Omma me disse aue era uma homenagem, mas eu não sei o que é uma homenagem, mas gostei mesmo assim. Eu queria ter te conhecido, pelas estórias da Omma a senhora era tão legal. Ah, eu tenho uma pergunta : No céu tem pão? Eu sempre quis saber isso. E por favor, Descançe em paz."

A pequena escondeu o rosto no pescoço da mãe, chorando copiosamente.

A pequena Hirai olhou para o tumulo da tia e sorriu triste.

" - Oi tia Tae, como é aí no céu? - perguntou - Meu nome é Hirai Kim Taeyeon, minha Omma me dise a mesma coisa que a tia Chaeng disse para a Jeong, mas eu acho muita coincidência nós cermos muito parecidas, eu já vi algumas fotos da senhora. Omma Momo diz que isso se chama reencarnação, mas eu não sei o que é isso? Talvez no futuro eu saiba mais, certo? - ela sorriu - como é ter suas proprias asas agora? Eu quero ter as minhas. - ela parou - a senhora é realmente bonita.





















As familias Hirai e Myoui se afastavam dos tumulos lentamente. As pequenas meninas, que estavam no colode suas Appas, acenaram para as duas figuras de alma brilhante que estavam sentadas nos tumulos.

" Quem sabe, nós não respondemos suas perguntas em seus sonhos?"


Hey babys, infelizmente a fic chegou ao fim. Eu nunca fiquei tão triste em escrever uma fic como eu fiquei nesta, mas infelizmente a história veio em um ótimo momento, eu consegui colocar minha tristeza para fora e parei de ser aquela autora bipolar que eu sempre fui.

Essa fic faz parte do meu projeto de 100 fanfics.

Kissus Vick.

Depression Where stories live. Discover now