II

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   Logo após sua saída da sala eu senti algo umedecendo. Não me concentrei muito nisso, ajeitei minha mochila e ouvi a porta abrir novamente. Me virei para ver quem seria, pois, talvez ele tivesse voltado para terminarmos o que começamos, mas senti uma leve decepção quando uma tia da limpeza entrou no local, me olhando como se dissesse: "o que ainda esta fazendo aqui praga? Vaza, preciso limpar essa caralha".
Saio da sala sem olhar para trás e desço a escada correndo, por incrível que pareça, eu consegui.

Assim que coloquei meus pés em casa e deitei na minha cama e, senti como se minha cabeça explodisse.


EU FUI ASSEDIADA!

Mas eu gostei então não foi assédio, mas eu não deixei ele fazer isso, mas, como ele sabia que eu queria? E como porra dessa caralha ele teve coragem de fazer isso em plena sala de aula? Meu Deus, quero replay.

‎...

Ele disse algo sobre não ter respondido sua mensagem, deve ter sido no sugar daddy.
Dou uma olhada no site e vejo sua última mensagem:

"Me chamo Eduardo, sou seu professor."

Suspiro.

O que vou responder?
‎"ah blz", "legal fera", "percebi" ou um belo e apaixonante "foda-se"?


Envio a melhor opção. Claro que foi o "percebi, Kk"

Coloco o celular ao meu lado mas logo em seguida o barulho de uma notificação me chama atenção, me levanto desesperada para pegá-lo.
Beleza, é do twitter...

Vou tatuar iludida na minha testa.

Ele vai se vingar, não vai responder minha mensagem. Mas que inferno, por que estou me preocupando com isso?


 A semana passou tão rápido que parecia que o universo estava conspirando para me fazer ficar cara a cara com o arrombado que perturbava meus pensamentos.

Não contente com o vácuo que ele estava me dando da última mensagem que eu havia enviado, o destino fez com que ele faltasse na terça após a saída mais estranha da minha vida.

No dia seguinte eu subi as escadas de boa, tranquilamente, de forma sagaz, sem esquentar com os problemas da minha vida, até que... Lá estava ele, passando pelo corredor do primeiro ano com sua bolsa marrom de lado, com o cabelo levemente bagunçado, usando uma blusa xadrez e uma calça jeans que ficava perfeita nele. Na verdade, acho difícil algo ficar feio nesse homem.

Toma no cú, esse cara é muito gostoso!

Sigo o rumo da minha sala com a esperança de conseguir prestar atenção na aula. Após o intervalo, quando acabo de beber água, vejo aquele bombonzinho encostado na porta do segundo ano A. Arrumo o cabelo e faço a cara mais seria e sexy que consigo.
Passo na frente dele e me encosto "para olhar o pátio", mas percebo que ele nem ao menos me olhou, estava entretido demais conversando com as garotas daquela sala.

Filho da puta!

Fez aquele inferno e me ignora agora?
Concordemos que estava mais para paraíso, mas agora estou brava então não interessa.

Ele me ignorou durante aquela semana toda, era como se nada tivesse acontecido, mas logo a terça-feira ia chegar...

- Não iremos hoje para o laboratório - um barulho de jalecos sendo colocados novamente em sacolas e pessoas reclamando sobre esse aviso repentino era ensurdecedor - calma pessoal!

 Ele espera todos acabarem e continua sua fala.

- Irei passar uma parte teórica que eu esqueci de passar nas aulas passadas, venham tirar suas dúvidas e façam a atividade que vou passar logo que acabar de explicar. Beleza?

Todos concordam. E eu deito minha cabeça na mesa.

Ele nem olhou para mim, me ignorando desse jeito, estava me deixado louca, o que eu faço com esse canalha assediador de menores?

...

Eita caralho! Trinta e três perguntas?

- Ei, Bruna - ela olha para mim - você entendeu o que ele disse?
Ela levanta os ombros e nega.

Me fudi, tinha que ter dormido logo agora, merda.

Copio as perguntas e vejo a maioria da sala indo tirar dúvidas com ele. Beleza, lá vamos nós.


 Chego perto de sua mesa e espero pacientemente até chegar minha vez.

- Professor, me tira uma dúvida na três, por favor - eu agacho ao seu lado.

- Vejamos - ele segura minha folha e relê o enunciado - nessa você tem que me dizer o que ocorre caso esse cromossomo tenha falha.

- Entendi. - levanto e vou para meu lugar. Caralho, entendi porra nenhuma, o que acontece quando esse cromossomo falha mesmo? Droga, e essa história dele me tratar tão normalmente depois daquilo está me irritando, mas esse cromossomo está me tirando do sério também.

Complicação!

- As pessoas que não conseguiram me entregar a atividade agora... - ele para no meio da sala e parece pensar em uma soluçaõ, fofo - Um de vocês me entregue todas juntas na sala dos professores na última aula, não vou aceitar nenhuma folha amanhã.


 Ele sai da sala e o professor Robson entra. Merda. 

 A ultima aula era vaga, e já que eu fui a ultima a terminar aquela bendita atividade, fiquei responsável por entregá-las para o professor.

 Bato na porta e entro em seguida, aquela sala era muito grande para alguem vir rápido me atender. O procuro e encontro ele encostado no sofá, por que tem um sofá na sala dos professores? Não sei, mas tem.
Sua cabeça estava encostada no braço do móvel, parecia uma criança que finalmente se entrega ao sono depois de quase enlouquecer os pais, no caso, eu.

Deixo os papéis encima da mesa perto de sua bolsa. Eu não poderia perder aquela oportunidade, mesmo que queira muito, talvez eu nunca mais veja aquele neném dormindo.
Me aproximo o máximo possível e tiro uma foto dele (como disse, não posso perder essa oportunidade), guardo meu celular e o olho mais de perto. Meu Deus, que miragem é essa? Esse cara é gostoso de longe, mas de perto... É a encarnação do tesão minha gente.

Toco em seu cabelo com o maior cuidado que pude juntar naquele momento, desço as mãos para sua orelha e sinto uma vontade incontrolável de morde-la.
Pai nosso, me dê autocontrole para não montar no colo desse homem.

Contínuo acariciando seu cabelo até que sinto alguém puxar minha cintura, e meu sonho quase se torna realidade. Ele me puxou e meu joelho parou entre suas pernas, nossos olhos se encontraram e sua mão livre acaricia meu rosto.

- Desculpe por aquele dia, me apressei demais - ele diz quase como um sussurro.

Que lindo, por que ele faz isso comigo?

- Sim, verdade! - não consigo segurar o sorriso - Não se preocupe, foi interessante.

Ele me encara como se não tivesse entendido, mas logo depois sorri. O sorriso mais fofo que já vi.

- Então... - Seu olhar percorre novamente todo o caminho daquele dia - posso fazer de novo?

Mordo os lábios.

- Não sei... - Já sentia minhas pernas tremendo.

- Juro que vou devagar, respeitarei seu tempo - Ele disse me puxando para perto - novamente me desculpo por aquilo.

- Tudo bem, te desculpo. - Caralho, só quero que você pare de pedir desculpas e me leve até aquela mesa.

- Posso? - Seus olhos encontram os meus, enquanto suas mãos seguram minha cintura.

- Você fala demais professor...

 Me aproximo e lhe dou uma mordidinha na orelha, o que fez ele se surpreender, achei graça nisso.
"Se soubesse tudo o que gostaria de fazer contigo, você acharia essa mordida na orelha uma brincadeira de criança." Só tive tempo de pensar nisso, antes que ele começasse a me apertar contra seu corpo.
 E caralho, que corpo maravilhoso, se sentia ele definido assim com essas roupas, ia ao delírio imaginando como seria sem elas.


 Suas mãos me alisavam e podia sentir algo rígido perto do meu joelho. Jogo os cabelos para trás enquanto ele beija meu pescoço e, retribuo seu gesto apertando seus braços e me aproximando de seu corpo. Suas mãos afastam minhas pernas, fazendo com que me sentasse em seu colo, nesse momento tive certeza, ele estava excitado. Fiquei tão feliz em sentir como ele queria aquilo, que quase chorei de emoção (não disse por onde, rs). 

 Não demorou muito até ele me soltar e me colocar sentada ao seu lado, foi estranho sentir ele se afastando, seu calor indo embora junto com ele quando se dirigiu para perto de sua bolsa enquanto bagunçava os cabelos com uma de suas mãos. 

 Eu me levantei e fui até ele. O encarei e ele sorriu, deve estar escrito na minha testa: "stalker desesperada para foder com você até o sol raiar", com tinta neon.

- Daqui a pouco os professores vão começar a entrar, é melhor você sair enquanto pode. - Ele me lança um sorriso sacana, que é claro, eu retribui.

 Pego minha mochila e olho para minhas roupas que agora estavam amassadas, tento dar um jeitinho enquanto vou até a saída da sala - Ok professor, desculpe incomodar. 

- Não se preocupe, faça isso mais vezes.

 Safadinho...


O encaro - Pode deixar, farei isso sempre. - Pisco para ele e saio da sala. 



Me seguro no corrimão da escada, meu coração está tão acelerado que acho que terei um infarto.


Não acredito que isso esta acontecendo. 


...


My sexual teacher (REVISÃO)Where stories live. Discover now