CAPÍTULO VII
Eles só partiriam em seu avião pela manhã, e Christian passou boa parte da noite sentado numa poltrona de couro em sua sala de estar, olhando para o céu estrelado de Manhattan.
Ela o amava.
Droga. Aquilo não deveria ter acontecido. Ele não a queria emocionalmente envolvida. Sabia como era amar alguém e não ser correspondido. Era doloroso. Terrível. Não desejaria aquele tipo de sensação nem ao seu pior inimigo, e Anastasia certamente não se encaixava naquela categoria.
Droga, gostava dela. Muito. Anastasia não precisava de cosméticos para encobrir imperfeições, ou melhorar a aparência. Era ótima a seu jeito.
Tudo esteve perfeito até aquele dia.
O que acontecera na igreja? O que a amedrontara?
Soltando um suspiro, Christian coçou o queixo. Anastasia o amava. Estava certo. Ele gostava dela.
Na verdade, gostara realmente de beijá-la. Ela tinha uma boca incrível, lábios cheios e desejáveis, e o sexo seria igualmente prazeroso uma vez que tivesse sido superado constrangimento da fase inicial.
O constrangimento da fase inicial.
Foi isso, pensou ele de repente. Foi onde agira errado.
Havia apressado Anastasia demais, pressionando-a sem se dar conta. Ela precisava de tempo para se acostumar com ele, com o que havia entre ambos.
Sabia sem precisar perguntar que Anastasia não era sexualmente experiente. Havia um ar de inocência envolvendo-a. Até a maneira como o fitava era ingênua, esperançosa, desprovida de malícia. Sabia que ela raramente saía. Na verdade, nunca a ouvira fazendo a menor menção a um encontro com alguém.
Não era de admirar que estivesse assustada. Provavelmente, ficara na entrada da igreja em crescente ansiedade, imaginando todas as coisas que nunca fizera, perguntando-se se o sexo com ele seria algo prazeroso, ou talvez um sacrifício.
Pobre Anastasia.
Não tivera a menor idéia de que ele jamais a apressaria a ir para a cama. Não tinha como saber que ele adorava preliminares, longas trocas de carícias, beijos voluptuosos.
O fogo do desejo percorreu-o só em pensar no beijo que ambos haviam trocado. Ela estremecera em seus braços, retribuindo instintivamente, com um ardor que nem conhecia, deixando-o saber que se fora tão receptiva a seu beijo seria igualmente passional na cama.
O que precisava era conquistá-la pouco a pouco. Seduzi-la lentamente. Levá-la à descoberta de que o amor não era o único fator que ajudava a solidificar um relacionamento. Ele podia até não amá-la no sentido poético e romântico, mas podia oferecer-lhe confiança, respeito, companheirismo e, o melhor de tudo, compatibilidade sexual.
Christian levantou-se, alongou os músculos e rumou gratificado para sua cama. Agora que identificara o problema, encontrara uma solução. E, com alguma sorte, talvez até conseguisse dormir um pouco.
O bangalô de Christian na ilha St. Jermaine, se cinco mil metros quadrados de elegância e estilo podiam ser chamados de bangalô, parecia saído das páginas de uma revista de arquitetura.
Era um lugar absolutamente deslumbrante, decorado em tons pastéis e guarnições de madeira clara, janelas do chão ao teto, que se abriam completamente para deixar entrar a brisa do oceano, e assoalhos reluzentes de tábuas corridas.
Com as mãos nos quadris, Anastasia observou a coleção dele de arte caribenha. As pinturas coloridas e as esculturas exóticas ofereciam um alegre contraste aos tons neutros das paredes e mobília.
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A secretária de Christian Grey
FanfictionO sexy magnata de negócios Christian Grey acabou de ser votado "O Homem do Ano", pela revista News Weekly. Ansioso para escapar do centro das atenções da mídia, Christian decide que é tempo de arranjar uma esposa. Assim, o solteiro mais cobiçado de...