EPÍLOGO

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EPÍLOGO

Um mês depois...

O banheiro estava impregnado de vapor e fragrante com o perfume da loção após barba de Christian. Anastasia colocou-se na ponta dos pés e inclinou-se por sobre a ban­cada de mármore da pia para apanhar a pasta de dentes. Mas, ainda assim, continuou longe de seu alcance. Christian bateu-lhe de leve com seu quadril.

— Ei, fique do seu lado.

— Estou do meu lado. Acontece apenas que a minha pasta de dentes está no seu.

— E como isso aconteceu?

— Você a pegou emprestada — retrucou ela, enfim conseguindo passar pelo torso bastante sólido de Christian e pegar o tubo de pasta de volta. Enquanto o fez, pôde lhe observar o abdome rijo. Ele ainda não abotoara a camisa, e ela não resistiu à chance de lhe contem­plar os músculos bem-definidos.

Abrindo-lhe mais a camisa, depositou-lhe um beijo no abdome. Sorriu consigo mesmo ao ouvi-lo contendo a respiração e beijou-o um centímetro abaixo antes de traçar-lhe os contornos dos múscu­los com a ponta da língua.

Ele estremeceu com as carícias.

— Ouça, nós não temos tempo.

Ela adorava tocar-lhe o corpo forte, adorava a maneira como o excitava.

— É claro que temos — sussurrou, maliciosa, antes de tornar a beijá-lo, mais abaixo daquela vez, os lábios tocando-o através da calça de corte italiano.

Christian segurou-lhe a cabeça entre as mãos, os dedos afundando nos cabelos soltos.

— Você me enlouquece.

— Ótimo.

Praguejando por entre os dentes, ele ergueu-a do chão e sentou-a na beirada da bancada.

Anastasia sentiu uma corrente de excitação percorrendo-a.

— Nós nos atrasaremos — disse, zombeteira, o coração dispa­rado, os olhos brilhantes, adorando a aventura da vida com Christian Grey.

— A culpa é sua. — Ele abriu-lhe os joelhos, ergueu-lhe a saia reta e colocou-se entre as coxas dela. Puxou-a mais para si pelos quadris, fazendo-a sentir a rigidez de sua masculinidade, seu de­sejo tão intenso que a deixou instantaneamente lânguida.

Anastasia segurou-lhe o rosto com as mãos, aproximando-o mais de si.

— Beije-me.

— Eu nunca vou parar.

— Terá de parar. É o meu primeiro dia de trabalho.

Christian beijou-a de leve nos lábios, e uma corrente eletrizante percorreu-a. Um simples beijo e ficava logo ardendo de desejo. Um toque e sabia que sempre sentiria uma paixão avassaladora por aquele homem.

— Deveria ter pensado nisso antes de ter começado com seus jogos perigosos — respondeu ele, erguendo as mãos para afagar-lhe os seios.

Anastasia suspirou de prazer, arqueando o corpo de encontro ao toque abrasador.

— Vou ser despedida antes mesmo de ser levada para conhecer o escritório.

Ele beijou-lhe o pescoço, logo abaixo da orelha.

— Você não precisa ser levada para conhecê-lo. Já conhece o septuagésimo-oitavo andar do Edifício Torre como a palma de sua mão.

Anastasia fechou os olhos, saboreando o contato daqueles lábios cálidos de encontro a sua pele e ergueu mais um pouco o queixo para dar-lhe melhor acesso.

— Mas como pareceria se a mais nova analista de mercado da Investimentos Grey chegasse atrasada em seu primeiro dia? To­dos pensariam que estou me aproveitando de meu relacionamento especial com o chefe.

Os lábios dele haviam encontrado o ponto bastante secreto e sensível onde todas as terminações nervosas dela pareciam se unir. Bastou apenas um toque ali, e Anastasia esqueceu-se de tudo... do dever, da razão, da responsabilidade.

Christian ergueu a cabeça e observou-lhe o rosto afogueado, as mãos deslizando sob a blusa dela e abrindo-lhe o sutiã.

— Falando em seu relacionamento especial com o chefe, acho que já é tempo de mudarmos o nosso status.

— Acha? — disse ela, ofegante, o ar frio chegando-lhe aos seios de mamilos túmidos pelo desejo.

— Sim. Não posso permitir que todos os homens da companhia tentem flertar com a brilhante e nova analista.

— E, então, chefe, o que é que propõe?

— Case-se comigo.

Anastasia endireitou-se na bancada e fitou-lhe os olhos azuis com intensidade.

— Casar com você?

— A menos que esteja com medo de assumir um compromisso permanente comigo. — O sorriso dissipando-se, Christian segurou-lhe o rosto com gentileza, a expressão séria enquanto a fitava. — Está?

— Oh, não, é claro que não! Você é o amor da minha vida, é tudo para mim. É o meu próprio Príncipe Encantado.

— Então, vamos tentar essa coisa toda de casamento outra vez? Anastasia abraçou-o pelo pescoço, puxando-o mais para si.

— Não podemos deixar de lado o grandioso casamento formal, termos uma discreta cerimônia na ilha e, então, pularmos direto para a parte do "viveram felizes para sempre"?

Os incríveis olhos azuis de Christian, ainda os olhos mais sexy de toda a Manhattan, brilharam com amor e riso silencioso.

— Você não está fazendo uma barganha das melhores para uma princesa, mas está combinado — concordou ele antes de beijá-la com paixão.

Felizmente para todos, Anastasia ainda conseguiu chegar para seu primeiro dia de trabalho como analista de mercado a tempo.

* * Fim * *

A secretária de Christian GreyWo Geschichten leben. Entdecke jetzt