CAPÍTULO XIII

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CAPÍTULO XIII

Anastasia esvaziou sua sacola de compras na cozi­nha de seu novo apartamento, que pertencia a um elegante prédio numa agradável rua arborizada.

Havia quase uma semana que estava de volta à cidade, depois de ter se ausentado por um mês. Passara sua primeira semana fora com os pais, depois mais uma com sua irmã, Alexis, e, enfim, as últimas duas semanas viajando sozinha.

Dissera a si mesma que estava visitando todos os lugares históricos no litoral sudeste que sempre quisera ver, mas a verdade era que estivera evitando Nova York. Evitando o retorno. Evitando, acima de tudo, Christian.

Mas não podia se ausentar para sempre. Morava em Nova York. Sua vida era naquela cidade... mesmo que não fosse ao lado de Christian Grey.

Era difícil acreditar, pensou, enquanto arrumava as compras; que já fosse a última semana de agosto. Era uma tarde de sábado, e o verão estava quase terminando.

Era tempo de começar a procurar trabalho. Ela precisava de um emprego. Algo com que se ocupar.

Algo que a ajudasse a tirar Christian dos pensamentos.

Porque certamente não conseguira esquecê-lo.

Mas tinha de continuar tentando, era evidente, e um emprego ajudaria a preencher suas horas vazias.

Mal acabara de guardar as compras e ouviu a campainha. Es­piou pelo olho mágico.

Christian.

Com o coração disparado, ela abriu a porta.

— Olá.

— Olá, Anastasia.

Céus, mas ele era incrivelmente bonito, os olhos azuis mais intensos do que nunca. Usava um smoking, o traje elegante fazendo-o parecer ainda mais alto, os ombros mais largos. Forçou um sorriso, tentando vencer o nervosismo crescente que a tomava.

— Puxa, você está elegante! Aonde vai?

— A um baile beneficente.

— Pensei que você detestasse comparecer a esses eventos.

— E detesto, mas sou um dos patrocinadores. Este é o evento a que tenho de comparecer a cada ano.

— Bem, você está esplêndido. Se isso serve de consolo.

Ele fitou-a nos olhos.

— Não há consolo algum se eu tiver de ir sozinho.

Oh, ela gostaria imensamente de acompanhá-lo, pensou Anastasia. Mas como aquilo daria certo? Até onde iriam as coisas? Não poderia suportar um futuro onde sempre estivesse se perguntando a res­peito, preocupada, incerta, apreensiva. Precisava ter certeza de co­mo Christian se sentia.

— Onde será a festa?

— No Museu Met. — Ele estendeu a mão e tocou-lhe o rosto com gentileza. — Venha comigo esta noite.

Ela não respondeu, apenas sustentou-lhe o olhar. 1

— Só um momento. — Ele virou-se, voltando até o elevador. Retornou um instante depois, entregando-lhe uma caixa retangular amarrada com uma fita dourada. A grife impressa na tampa era de uma butique bastante cara e exclusiva. — Eu não queria que você dissesse que não iria porque não tinha nada para usar.

— Christian...

— Se vai dizer que não, eu queria ter certeza de que seria por minha causa apenas.

A secretária de Christian GreyWhere stories live. Discover now