Capítulo 2

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O carro de Taehyung, um chevrolet malibu preto, estava estacionado em frente ao bar, o que me deixou mais segura já que Jackson trabalhava lá.

Ele mandou eu me sentar no capô do carro e foi pegar um kit de primeiro socorros. Reparei em sua roupa, uma camisa de botões branca, uma calça preta e sapatos sociais marrons, ele estava muito arrumado para aquele bar decadente.

O lip ring e o mullet deixavam claro que ele tinha alguns gostos peculiares. Mas de algum modo tudo aquilo combinava com ele, se alguém me perguntasse o que eu achava sobre mullets, diria que era um péssimo corte de cabelo, no entanto Taehyung ficava bonito daquele jeito.

— Agora vamos dar um jeito nisso — pôs a caixa de primeiro socorros ao meu lado — vai doer.

— Tem certeza que sabe fazer isso? — franzi o cenho e minha cabeça doeu ainda mais.

— Claro que sei, já suturei ferimentos bem maiores — mordeu o lábio — não que no momento você tenha muitas opções.

  Ele pediu para eu puxar meu cabelo para trás e obedeci. Taehyung pressionou uma gaze fazendo o sangramento diminuir e limpou a linha de sangue que escorria por meu rosto.

Mordi o lábio quando ele começou a suturar, doía muito mas acabou antes do que pensei.

— Obrigada — falei baixo quando ele colocou um curativo sobre o local.

— De nada, como você bateu a cabeça é melhor não dormir pelas próximas duas horas — ajeitou a manga da camisa — se sentir enjoo, tontura ou a dor de cabeça ficar muito forte, corre para o hospital.

— Você é médico? — negou — então como sabe disso tudo?

— Meu pai era um ótimo médico — engoliu em seco — e eu também preciso saber algumas coisas, mas essa parte não é da sua conta.

Eu desci e o mundo pareceu girar assim que toquei meus pés no chão. Iria voltar para casa e torcer para meus pais estarem mais calmos.

— Acho melhor eu ir — cruzei os braços — boa noite.

— Melhor mesmo, nunca sabe que tipo de pessoas pode encontrar uma hora dessas.

O barulho de um carro parando de maneira brusca em frente ao bar, fez Taehyung me puxar pelo braço e se abaixar ao meu lado na lateral do carro. Eu não fazia ideia do que estava acontecendo, ouvi o barulho de algo se partindo, eles pareciam estar revirando o bar e Jackson estava lá dentro!

— O que está acontecendo? — eu sussurrei desesperada.

— Acho que estou com sérios problemas — engoliu em seco.

— Você conhece esses caras? — ele fez eu me abaixar de novo quando tentei espiar.

— Infelizmente sim — passou a mão pelos cabelos.

'' Me disseram que o viram por aqui'' uma voz masculina soou, parecia irritado '' vão dizer onde ele está ou não?''

" Ele saiu atrás de uma garota '' o homem que falou desta vez parecia um pouco bêbado.

" Vamos ter que pegar a namoradinha dele também'' aquela voz me dava arrepios.

— Tenho que sair daqui — Taehyung bufou — e pelo visto você também.

— Eu não tenho nada a ver com isso — apertei os olhos fechados, até falar fazia minha cabeça doer — é só dizer a eles.

— Eles não vão acreditar, é mais fácil você acabar morta ou pior — seu sorriso desesperado me deixou ainda mais nervosa — eu vou abrir a porta, você entra e deita no banco de trás.

— Não vou entrar no carro de um estranho!

— Eu te garanto que ficar aqui com esses caras vai ser pior — abriu a porta dos fundos lentamente — sua última chance.

Aquela noite estava tomando um rumo desastroso, enquanto me esgueirava para dentro do carro, notei que o cheiro de whisky ali dentro era forte. Fiquei abaixada de forma que não pudessem me ver pelo lado de fora e observei enquanto Taehyung entrava pelo lado do passageiro.

Assim que ele enfiou a chave na ignição sentou do lado do motorista e fechou a porta.

— Ali está ele! — um cara barbudo gritou.

— Fica abaixada, eles provavelmente vão atirar — me advertiu.

Taehyung com certeza tinha feito algo de errado para ter aqueles caras atrás deles. Ele seguiu com o carro e eu logo notei que os homens do bar estavam nos seguindo.Ele seguiu com o carro e eu logo notei que os homens do bar estavam nos seguindo.

Gritei quando ouvi um barulho de tiro, por sorte não acertou o carro. Taehyung estava a toda velocidade mas mesmo assim não conseguia despistar os perseguidores.

Eu me sentei mantendo a cabeça inclinada para frente, próxima a Taehyung. Estava com medo do que poderia acontecer conosco.

— Eles não param — o desespero em minha voz era nítido — e agora?

— Eu sei como pará-los — acelerou — se segura.

Ele acelerou e fez uma curva fechada, eu conhecia aquele caminho, ia dar nos trilhos do trem. Taehyung olhou para trás apenas para checar a distância entre nós e o outro carro.

— A cancela está começando a descer — engoli em seco — o que está esperando?

— Deixa eles chegarem mais perto — trocou a marcha.

O apito do trem soou, estava perto e eu já podia ver se aproximando. Então Taehyung acelerou, o trem estava muito próximo, nós não íamos conseguir passar.

— Você vai nos matar! — gritei sentindo uma pontada em minha cabeça.

Apertei os olhos fechados, não queria ver aquilo, ouvi a buzina do trem e esperei pelo pior mas então Taehyung riu vitorioso e eu lhe encarei. estávamos do outro lado dos trilhos, o carro que nos seguia ficou para trás.

— Viu nós conseguimos — ele sorriu para mim.

— Parece que sim — respirei fundo me sentindo tonta.

Me recostei no banco, minha cabeça doía e o mundo parecia estar rodando. Taehyung continuou dirigindo mas sempre me checava pelo retrovisor.

— O que está sentindo? — questionou mantendo os olhos fixos na pista.

— Minha visão está ficando escura — me apoiei no banco — acho que vou desmaiar.

— Deita e apoia as pernas no vidro da janela — eu assenti — não inventa de morrer no meu carro.

Eu estava me sentindo tão mal que fui incapaz de responder. Que péssima noite.

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     Quem são os caras atrás do Tae?

   A vida da Hana tá cercada de problemas.


In the dark 《 Taehyung 》Where stories live. Discover now