Capítulo 48

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Sabia que hoje seria o dia do ritual, sacrifício ou seja lá o nome para tal quebra de maldição.

Cassian havia me passado o plano pela mente, o que foi estranho e muito constrangedor. Ter ele falando na minha mente era mais pessoal que tê-lo a centímetros de distância.

Lilith veio a minha cela e me encontrou andando de um lado para o outro nervosa com suas instruções.

Cassian não podia me retirar do castelo junto com ele, havia um limite para seu poder e um custo alto como ele havia me dito.

"É um preço relativo, princesa. Posso quebrar uma regra dela e ter um osso quebrado ou simplesmente sentir dores fortes de cabeça. Mas não se preocupe, não vou morrer."

Ele aproveitaria parte do ritual, Leon necessitava de um eclipse lunar ou solar, chuva de meteoros, alinhamento total. Qualquer um deles era o bastante para a quebra da maldição, mas Cassian disse que o nascer do sol já era suficiente, por isto Lilith quis fazer o quanto antes.

Qualquer evento celestial que afeta-se a magia, a tornasse mais forte. Nós aproveitariamos deste evento fazendo Cassian a burlar certas regras. Seres mágicos ficavam instáveis e sensíveis com estes eventos. Ele ficaria mais forte.

Leon apenas queria um grande evento e hoje haveria um eclipse lunar.

— Vamos, seu velório a espera — cantarolou Lilith ao abrir a cela.

Lilith me guiou pelos corredores de pedra.

Havia muitos guardas na masmorra e pareciam preocupados com algo, eles sussurravam baixo entre si, mas captei algumas coisas como invasão e fuga e como o futuro rei ficaria irado se soubesse. Será parte do plano de Cassian?

O salão no qual entramos após sair da masmorra era um lugar espaçoso. Com um teto alto e com grandes janelas quadradas que iluminavam o ambiente.

Vigas de mármore eram distribuídas ao longo da sala dando privacidade a alguns lugares. Tapetes com bordados em ouro e azul vivido percorriam o lugar e almofadas distribuídas em um canto com uma lareira eram visíveis a pouca distância em que estava.

Espelhos foram conectados à parede, grandes e com um balcão a frente com vários cosméticos e objetos para a beleza.

Havia até no canto oposto ao das janelas, uma banheira grande escavada no chão com água borbulhando e espuma. O cheiro de canela e hortênsias flutuou no ar.

Logo reconheci o lugar. Era o salão da rainha.

— Clarissa a ajudará a se arrumar — anuncia Lilith fazendo a bela mulher aparecer com um sorriso acolhedor no rosto. Seus cabelos cacheados estavam presos por presilhas douradas e usava uma roupa modesta, ela que sempre usou vestidos espalhafatosos e belos estava simples. — Não faça nenhuma besteira — me alertou, levantando levemente a sobrancelha loira.

A olhei de forma fria.

— Irei morrer em poucas horas. Que tipo de besteira eu faria?

Ela apenas deu de ombros com um olhar sugestivo de que havia muitas opções.

— Só não faça a morte dele ser em vão — disse e apertei o punho. Contive a imagem dele de joelhos no chão e da adaga. Ela abriu um sorrio maior quando notou que me atingiu. — Seja rápida, a morte não espera - e saiu do salão.

— Senhorita Swan — cumprimentou Clarissa. A olhei com decepção. — Que bom a encontrar uma última vez.

— Então já sabia de tudo — soltei um suspiro cansado. — Desde quando?

Princesa de VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora