Rubi Royal é uma mulher forte e decidida, que sempre lutou por tudo o que almejou na vida, ela trabalha como jornalista na principal revista de Seattle, a Empire, conhecida por fazer entrevistas com os principais famosos e afortunados do mundo, e ag...
" Y antes de perder De vista mi camino Quiero mirarte un poco Y soñar que el destino Es junto a ti mi amor
Quédate un segundo aquí A hacerme compañía Y quédate tantito más Quiero sentirte mía
Y abrázame Y abrázame, hey Y abrázame, hey, hey, hey Y abrázame, hey No, no y abrázame"
Camila ~ Abrázame
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Narradora
Havia muita claridade quando Rubi abriu os olhos naquela manhã, por isso ela voltou a fechá-los no segundo seguinte, sua cabeça ainda doía, assim como outras partes do corpo.
Em meio a confusão, e ao estado de não poder se mexer sem parecer que um martelo estava atingindo seu cérebro sem dó, Rubi se lembrou do que tinha acontecido, seus sentidos ficaram em alerta e ela teria sentido medo se não tivesse escutado alguém dizer:
— não faça movimentos bruscos, por favor! — aquela voz pediu, aquela voz que ela conhecia tão bem.
Aquele cheiro agradável que vinha dele inundando todo o quarto.
Ela tentou mais uma vez descerrar as pálpebras, e conseguiu, olhando em volta para encontra-lo.
Lá estava Kain, ao lado da cama, com um sorriso acolhedor e aliviado, apesar disso seu olhar ainda era preocupado, as olheiras eram bastante evidentes em seu rosto, denunciando o fato de que ele pouco tinha dormido, o dia anterior fora péssimo de todas as formas possíveis, começara com a ausência dela, seguido de uma tarde sentindo raiva por algo que agora parecia tão pequeno, e por fim aquela noite, em que por pouco não a perdeu para sempre.
Ele não dormiu, não conseguiu mesmo deitado em uma poltrona ao lado da cama dela, sentia aquela necessidade engolfante de ver seu peito subir e descer, de ver seus batimentos cardíacos pelo monitor.
O sheik se aproximou com cuidado, sentando-se ao lado da esposa.
— você está péssimo... — a ruiva disse, sua voz saiu arrastada pela garganta seca.
Kai sorriu outra vez, ele teria dito algo espirituoso se não estivesse se sentindo culpado pelos pontos na testa dela, se não estivesse se sentindo terrivelmente culpado por todas as coisas que desejara na noite anterior, quando pensou se arrepender de ter conhecido a mulher a sua frente, ou o fato de ter querido que ela sumisse... ele se quer conseguia imaginar uma vida sem ela, se quer conseguia conceber a ideia de que por pouco aquele infame pedido pudesse ter se tornado realidade.
Tudo parecia tão pequeno e estúpido, as brigas que haviam tido, as discussões, ele só conseguia pensar que preferia morrer a deixar de ver aquele rosto que não abandonara seus pensamentos desde que a admirou pela primeira vez.
