Liberdade

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  Ela não havia dormido a noite toda.

  Estava inconformada com tamanha teimosia. Como alguém estaria tão determinada a morrer em vão? Rachel era a primeira na fila de suicídio, se pudesse dar um fim aquela vida miserável ela daria. Mas alguém como atividade? Que tinha um propósito, que servia as pessoas e aos céus? Quem deveria se sacrificar era Rachel! Que estava tão cansada de viver!

  Desperdício de vida... Isso tudo pra salvar o ser humano deles mesmos...

— Vamos! Seus preguiçosos! — Gritou os guardas retirando os prisioneiros da cela.

Será que já estava na hora de mais uma batalha?

  Não... Era apenas hora do café da manhã, antes de ir pra arena lutar.

  Rachel viu aquele rapaz desfigurado esta manhã. Ele estava completamente destruído, talvez ele fosse desfigurado graças ao forte... Ou quem sabe o por que.

  Ela se sentia culpada por ter deixado ele ir pro forte negro, mas não tinha escolha. Precisava chegar até Ariel o quanto antes.

  Hoje ao por do sol seria a tal explosão, e Rachel implorava para que Bel soubesse aonde ela estava... Por que se não... Ela estaria bem ferrada...

— Oi... — Disse ela em pé de frente ao seu adversário de arena. — Queria dizer que sinto muito pelo que te aconteceu. Não queria que fosse pra lá, eu.. eu..

— Foi uma luta que me surpreendeu. Te subestimei de uma forma incontestável. — Ele sorriu mesmo com a boca deformada e inchada. —  Você me surpreendeu moça. Não se culpe por isso. A verdade é que ninguém quer ir para o forte negro. Aqui temos um código, na arena somos adversários, mas na ala dos guerreiros somos família. Bem vinda a família. — Disse ele estendendo a mão em forma de cumprimento.

— Alisson. — Disse Rachel o cumprimentando.

— Trevor. — Respondeu sorrindo.

  Rachel encarou Ariel, continuava ela algemada no chão, alguns guerreiros se arriscavam a dar comida a ela, que com sua teimosia recusava para que o rapaz não tivesse de sofrer punições severas.

— Anja idiota... — sussurrou Rachel. — O que Belzebu viu nela? — perguntou a si mesma enquanto se aproximava. — Ei! — Disse ela chamando atenção de todos.

— Bom dia. Ansiosa para a arena? — Perguntou Ariel.

— Só se você for nela comigo.

— Oh isso é um desafio?

— Não. Isso é uma aposta. O que acha? Se eu ganhar você faz o que te pedi. Se eu perder... Eu desisto de você. — Respondeu.

  Todos estavam sem entender nada porém Ariel ficou séria de repente e e vagamente se levantou ignorando as correntes que lhes prendiam.

— Eu, Ariel. A leoa da guarda de Deus. Uma das mais poderosas arcanjas do reino do céus e líder de um batalhão. Aceito sua proposta. — Respondeu Ariel e Rachel sorriu.

— Eu... — Ela sabia que não podia falar seu nome verdadeiro na frente de tanta gente desconhecida... Mas ela não estaria ali por muito tempo mesmo. — Eu, Rachel Alucard I, filha de Vlad Alucard III, e Condessa de Bran. Espero você a uma batalha entre anjo e demônio.

  Todos ali presentes, gritaram em êxtase.

***

  Não foi difícil convencer os guardas responsáveis de permitir a luta. Eram duas mulheres, lindas e fortes o suficiente para batalhar e agradar os homens nojentos da escola.

Alucard: O Fim - Vol 2 - Uma História Renegados do InfernoOnde histórias criam vida. Descubra agora