37. Conselho do hyung

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Jungkook acordou no meio da noite, tirando a mão de Jimin de cima de si e levantando com cuidado para não acordar o outro. Ele até respirou mais fundo quando conseguiu ficar em pé, porém a azia que estava sentindo era péssima. O pior é que ele não podia tomar nenhum remédio para acabar com aquilo.

Ele foi para o banheiro, após se levantar, pois sua bexiga estava cheia. Ir ao banheiro a cada duas horas durante o sono e azia, seriam duas coisas que ele não sentiria falta. Quando desceu para a cozinha, Jieun já estava se arrumando para ir para o trabalho e Jungkook só conseguiu pensar que, dali um tempo, seria ele naquela posição de acordar cedo, levar as crianças para escola e trabalhar. Ainda brigava com Jimin para ver quem iria acordar mais cedo para fazer o café da manhã e quem iria fazer a janta também.

— Bom dia, ajumma — ele falou.

— Bom dia, Jungkook-ah — ela respondeu com um sorriso no rosto. — Acordando tão cedo?

— Ah, a senhora sabe, né? Azia incomoda demais de vez em quando — ele pegou uma xícara, colocando leite. — É péssimo que os médicos tenham me proibido de tomar qualquer remédio que ajude nisso e eu tenho que recorrer a leites e chás.

— Eu consigo me lembrar dessa sensação muito bem — ela suspirou e Jungkook sentou à mesa com ela.

— Se não for mal-educado, poderia perguntar se você tem a memória muito boa ou a gente nunca esquece da gravidez?

— Você vai se esquecer de alguma coisa durante, porém não de tudo — Jieun riu. — Daqui há alguns anos, se tiver outro filho, você se lembrará de tudo o que viveu nessa gravidez e ainda vai comparar.

— Às vezes, eu me pergunto se vou ter outro filho. Na verdade, eu tenho muito medo de querer e não consegui.

— Como eu te disse, eu odiei a experiência da gravidez e acho que só teria outro filho, se engravidasse por acidente.

— Eu gosto tanto — ele falou, tomando o leite e sorrindo para a mais velha. — Eu amo conversar com eles, senti-los se mexer e tudo mais. Só odeio essas dores nas costas e a azia. Ah, e minha mãe já falou que amamentar dói e eu já estou com medo.

— Dói, sim — a outra nem fez questão de esconder. — Não é uma dor insuportável como fazem parecer, porém nos dez primeiros dias dói.

— Eu não estou preparado para isso.

— Claro que está preparado para isso — ela abriu mais o sorriso. — É ótimo! Lembro que comecei a ter uma conexão de mãe e filho com Jimin quando comecei a amamentá-lo. É um momento só de vocês dois e, principalmente quando o corpo se acostuma e para de incomodar, se torna um ato bem gostoso.

— Não podemos pular a parte da dor e irmos para a parte boa? — ele ficou preocupado, piscando os olhos. — Eu me perguntei quando Deus olhou para mim e disse: É você mesmo que vai ser pai nesse momento da sua vida. Eu tinha tantos planos e nenhum deles era ter um filho. Eu queria me formar, viajar de formatura com meus amigos e depois começar a trabalhar e me especializar em pinturas. Meu pai estava vendo uma galeria de arte para eu trabalhar em Osaka, pois meu pai tem muitos contatos no Japão, afinal, ele mora lá há doze anos. Eu não estava pensando nem em namorar.

— Eu também vim morar em Seul para estudar e acabei engravidando — a Beta suspirou. — De vez em quando não temos como fugir.

— Não foi difícil? — ele olhou para a mais velha, pois queria muito matar a sua curiosidade. — Claro que foi difícil, pois não teve ajuda de ninguém e Jimin já me contou algumas coisas. Só que eu quero saber como você sendo mãe e não como você mãe em uma sociedade, entende?

Entre Girassóis & Tintas: Golden Tokyo (ABO) • JikookWhere stories live. Discover now