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Jungkook p.o.v.

O tempo foi passando e eu e Jimin continuavamos a sentir nos observados na rua, vimos os dois uma sombra atrás de nós e estávamos a ficar preocupados. Jimin estava muito nervoso por pensar que era Ryung.

Certo dia quando estávamos os dois a regressar da casa de Taehyung, cruzamos nos com ele. O meu sangue ferveu e não me controlei, ou sequer pensei em algo que não fosse agarrá-lo e pô-lo no chão.

-És tu que nos andas a seguir não és?
-O que? -perguntou ele assustado.
-Tu andas me a seguir a mim e ao Jimin!
-Não ando nada!
-Ainda ontem vi uma sombra atrás de mim eras tu!

-Eu ontem estive em casa do meu namorado eu juro! Eu não saí de lá o dia todo pergunta lhe!
Foi aí que olhei para um rapaz assustado e encolhido a chorar.
Ele parecia ser algum muito sensível e estava assustado.

Levantei me e tentei aproximar me dele para dizer que estava tudo e pedir desculpas mas ele afastou se.
Vi Jimin ir ter com ele ainda receoso por ver Ryung.
-Desculpa pelo meu namorado, certamente que foi um mal entendido, não chores por favor.

Disse lhe Jimin enquanto eu encarava Ryung.
-Se não foste tu quem foi?
-Não sei meu! Agora sai de cima de mim. Minho estás bem amor?
Ele foi abraçar o rapaz e ele acalmou se.
Jimin afastou se dos dois.

-Tens de controlar esses teus impulsos Jungkook, o rapaz ficou mesmo assustado e eu também.
-Desculpa Jimin, eu nem sei o que me deu. Podíamos ter resolvido a falar desculpa.
-Jimin, eu queria falar contigo. - disse Ryung.

-Eu queria pedir te desculpas pelo que te disse no julgamento. Depois de cumprir o que o juiz decidiu, eu comecei a frequentar grupos de apoio e encontrei lá Minho. Ambos estávamos a aprender a controlar as nossas emoções, embora de formas diferentes.

Eu ouvia atento, porém pronto a defender o meu namorado assim que fosse preciso.
-Eu realmente tenho vergonha de como eu era, mas eu perdoei me porque sei que eu não era capaz de lidar com os meus sentimentos e espero que um dia me possas perdoar.

- Eu... Eu perdoo Ryung. Espero que tu e o Minho sejam muito felizes.
-Desejo o mesmo para ti e para Jungkook. Obrigada pelo teu perdão, é muito importante para mim.
Depois disto levei meu pequeno para casa. Pude sentir o seu alívio pelo facto de poder parar de se preocupar com Ryung.

Mas eu ainda não estava descansado... Se não era Ryung que nos estava a seguir então quem era?

                               *

Ali estava ele, a uns metros de nós. Eu não iria tolerar mais isto. A polícia nada fez quando eu fiz queixa pois não tínhamos provas. Eram provas que eles queriam? Pois eu iria entregar lhes as provas com as minhas próprias mãos.

Estava sozinho, as dez da noite na rua, estava a caminho de casa quando aquele estranho me voltou a seguir.
Escondi me na esquina da rua e esperei ele passar. Assim que ele apareceu todo vestido de preto, deu um murro na sua cara e empurreio para o chão.

Ele caiu assustado.
-Quem és tu! -perguntei eu. -Porque me andas a seguir!
-Eu... Deixa me... Estás a sufo...fo...car...me.
Eu largueio e ele recompôs se.
-Eu devia ter falado contigo mais cedo. Mas eu não fui capaz... Eu não queria que o nosso encontro fosse já.

-Mas quem raio és tu!
-Jungkook...
-Como sabes o caralho do meu nome!? -Eu... Eu sou o teu pai.
Senti um choque tão tremendo que tive de me sentar no chão para não cair.
-Impossível... O meu pai morreu quando eu era pequeno...

-A tua mãe mentiu te para te proteger... Ela não aguentou a dor de eu a deixar... Perdoa me filho. -ele tentou abraçar me mas eu afastei me.
-Não me chames de filho. Eu não sou teu filho. Muito menos de alguém que abandonou a minha mãe com um bebé.

SilenceOnde histórias criam vida. Descubra agora