| 013 | A namorada do Carisi

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★ Lucy González ★

Beijar o Sonny era... Era como se eu tivesse quinze anos de novo e estivesse dando meu primeiro beijo no amor da minha vida. De certa forma, Carisi era o primeiro homem que eu me envolvia. Graças ao trauma do passado, eu nunca me envolvi com ninguém na minha vida adulta e, na minha adolescência, eu dava apenas alguns beijos embaixo da arquibancada da escola e escondida do meu pai nas corridas dele. Bitocas, coisas de adolescentes dos anos 2000. Nada além de mãos dadas, bitocas e dividir walkman.

— Está entregue, senhorita González. — Carisi diz quando paramos em frente ao meu prédio

— O senhor é muito gentil, senhor Carisi. — sorrio para ele e passo meus braços por seus ombros, dando-lhe um beijo tímido nos lábios — Tem estado tenso. O que houve?

— O exame da Ordem está chegando. Barba está me estagiando, mas eu estou nervoso.

— Você vai se dar bem. É muito inteligente e dedicado. — afago seu rosto

— E eu tive a melhor tutora do mundo. — ele sorri  apertando minha cintura ao mencionar os últimos dias em que o ajudei a estudar, depois do trabalho

— Isso também. — acabo rindo

— O baile da polícia é nesta sexta.

— Sim, eu recebi o convite. Será que é igual aos do departamento? — pergunto curiosa

— Só vamos saber se formos.

— Então nós vamos. — sorrio fingindo estar confiante

— Sério? — ele parece surpreso — Está pronta pra aparecer em público como a futura possível senhora Carisi? — ele diz em tom brincalhão

— Estamos nessa há um mês, eu consigo me sentir cada vez mais a vontade ao seu lado e você disse não ter problemas em esperar. Então, sim, eu quero aparecer em público ao seu lado. — sorrio fazendo-o sorrir, mas logo depois desfaço a cara feliz — O-oh!

— O que foi?

— Isso significa que vou ter que conhecer seus pais e suas irmãs superprotetoras? — franzo o cenho o olhando com pânico

— Você tá nervosa? Quem devia estar nervoso sou eu. Já viu o tamanho do Hobbs?

— Acredite ou não, ele é o menor dos problemas.

— Se ele é o menor, eu não quero ver o maior.

— Bobo.

Alguns beijos e carinhos são trocados e então eu subo para o meu apartamento onde tomo um banho demorado, como uma pizza gelada de ontem e durmo feito uma pedra de tão cansada.

***

De manhã, na delegacia, tudo parece calmo. Como não vejo nenhum dos meus colegas, suponho que estejam na copa tomando café e conversando sobre alguma coisa. Tiro minha Magnum 22 da cintura e a coloco dentro da minha gaveta, presa num fundo falso que somente Olivia, Fin, Sonny e Amanda sabem que existe. Coloco o coldre na cintura e então coloco minhas duas pistolas presas ali. A maioria dos detetives usa apenas uma, mas eu ainda não consegui me livrar dos velhos hábitos. Mesmo após oito meses de esquadrão.

Law & Order: SurvivorOnde histórias criam vida. Descubra agora