| 041 | "Alô, Lucy?"

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Lucy González Carisi

Certo, os dias de repouso estão num misto de tédio e amor. Sinto falta do meu trabalho, mas ao mesmo tempo passo horas com a Ruby e com a Maria. Por eu não poder fazer esforço, Maria está ganhando um extra pra ficar de olho em mim também. Digamos que o Sonny tem medo de que eu descumpra as ordens do médico.
Estou usando cinta cirúrgica e não tenho me exercitado mais. Sinto-me mais inchada, mais pesada e muito menos paciente.

— Jimbo! — sorrio ao abrir a porta do meu apartamento e dar de cara com meu amigo — Ah, que surpresa boa! — passo os braços por seus ombros

— Lu, quanto tempo. — ele ri e me abraça com cautela, me envolvendo com seus braços — Como você está?

— Bem e você? — beijo sua bochecha e sinto suas mãos passearem pelas minhas costelas e costas — Que foi? — franzo o cenho e nos separo

— Você engordou. — ele franze o cenho e eu belisco seu braço — Au! — se contorce

— Experimente ficar três semanas só comendo, deitada, sem se exercitar. Idiota! — reviro os olhos — Entra logo.

Jim entra e eu fecho a porta, vendo-o analisar o local. Está arrumado. Fiz isso após deixar Ruby na escola e estava planejando fazer alguma coisa pra almoçar. Ruby só chega lá pras três da tarde.

— É um apartamento bonito. — ele diz tirando o paletó

— E espaçoso. — o mostro o armário atrás da porta, para que ele pendure seu casaco e blazer — Fico muito agradecida aos tios por isso, mas confesso que queria saber de onde saiu a grana pra isso aqui. — vou até a cozinha

— É nossa herança de família. — ele resmunga se sentando em uma das três banquetas do balcão que divide a sala e a cozinha

— Abdiquei da minha herança quando ainda era criança. — abro a geladeira, encho um copo de suco e dou ao Jim — Nós dois. — o lembro

— Mas isso sempre vai nos seguir. — ele diz pegando o copo e tomando um gole do suco — E as vantagens que vêm com isso, querendo ou não, são boas. Na hora certa, é só saber quem ameaçar e nossa mágica acontece.

— Na hora do desespero? É. — sorrio fraco — Não sabe como eu fiquei feliz por ter a unidade especial no sequestro do Noah. — o olho — Jim, se não fosse pela unidade do Hobbs, Olivia estaria na mão do canalha do Patterson. Pensar nisso me embrulha o estômago.

— É, mas você tomou um tiro.

— Apagaram o Ryan. O demônio do Patterson estava em todo o lugar. Poderia ser muito pior. — murmuro

— Lucy, a sua vida importa. Já te disse isso inúmeras vezes.

— Eu sei. — sorrio fraco — E agora eu realmente sinto que a minha vida importa. Eu não me joguei na frente da bala, eu tirei Olivia e o filho da frente da bala. Tem diferença. Antes eu me jogava na frente porque achava que minha morte, minha ausência, valeria bem menos. Seria uma perda insignificante. Agora, eu só queria manter a minha família inteira.

— Posso te dizer uma coisa? — ele termina de beber o suco e me olha

— Claro. — o olho

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