♦23♦

8.1K 776 366
                                    

Os guardas começaram a correr atrás da carruagem, mas não conseguiram avançar muito quando a mesma entrou pela floresta de pinheiros.

Marinette, que olhava pela janela afoita, se acalmou um pouco. Suas mãos estavam trêmulas e seu rosto estava vermelho, como se quisesse chorar.

Bridgette segurou a mão dela, tentando tranquilizá-la e sussurrou:

— Tudo vai ficar bem agora, eu prometo.

A azulada sorriu em emoção e ficou menos tensa. Ela estava cansada, exausta. Ficou pensando como tudo aquilo começou? Sua vida já não estava turbulenta o suficiente?

Eram tantas perguntas sem respostas que ela preferiu dormir à tentar compreendê-las.

.

No dia seguinte, no palácio, Adrien desceu para o café indisposto.

Pegou três torradas e um copo de leite morno. Também, não falou nem com seu pai ou sua mãe.

Minutos depois, Chloé desceu, com um vestido alaranjado. Carregando bastante brilho na parte do busto e a saia bufante. Seu sorriso ia de orelha a orelha naquela manhã.

— Bom dia, Chloé. Vejo que teve uma ótima noite. — disse Adriana despejando mais leite em seu copo.

— Maravilhosa. — fechou os olhos, emocionada. — Eu tive um sonho.

— Uh, sonho? — levantou o olhar para a garota, interessada. — E como ele era?

Ela olhou para Adrien, que nem percebeu o olhar da menina sobre ele.

— Sonhei que eu e o Adrien estávamos nos casando e planejando nossos futuros herdeiros.

A torrada que Adrien estava mastigando, ficou entalada em sua garganta. O fazendo tossir.

— Meu Deus. Alya, ajude-o, por favor! — pediu a rainha em súplica.

A morena foi até o loiro, deu um tapa em suas costas e um aperto na barriga, o fazendo jogar o pão para fora.

— Obrigado...COF COF... Alya. — agradeceu ainda rouco, dando um sorriso no fim.

Ela apenas meneou a cabeça, satisfeita.

— Disse algo de errado? — Chloé quis saber.

— Se nem você percebeu, meu Deus... — disse ele antes de beber um pouco de leite.

Gabriel não estava mais na mesa com eles, e também, não havia dito uma única palavra quando estava presente.

Adriana suspirou profundo e sorriu levemente sem mostrar os dentes ante de dizer:

— Vou visitar uma amiga agora. Com licença.

Ela se levantou e se retirou do cômodo.

— Viu, Adrien? Até o seu mau-humor assustou minha futura sogra. — reclamou Chloé.

— Aff, Chloé. Não enche. Pelo menos por hoje. — jogou o guardanapo sobre a mesa e saiu rumo a saída.

— Aonde você vai?

— Para qualquer lugar, desde que não seja aqui! — disse levantando as mãos em sinal de impaciência e saiu do castelo.

.

Marinette abriu os olhos e olhou pela janela da carruagem. Sorriu de felicidade ao ver seu ponto de refúgio.

— Bridgette, podemos parar aqui um pouco?

— Hã?

— Eu tenho um amigo que trabalha aqui no estábulo.

— Tudo bem. — ela sorri e faz um sinal para o cocheiro, para ele avisar ao cavaleiro.

A carruagem parou e a mestiça desceu animada.

Ela foi correndo em direção ao estábulo e sorriu ao ver uma cabeleira ruiva de costas. Ele estava cuidando de um cavalo.

— Nath!

Ele se virou, surpreso e sorriu largamente ao vê-la.

— Mari!

Eles correram em direção ao outro e se abraçaram largamente.

— Meu Deus. Quanto tempo. — comentou ele acariciando a cabeça da menor durante o abraço.

— Nem te conto...

— Pensei que tivesse morrido.

— Quê? Como assim?

— O terrível incêndio na sua casa. Pensei que estivesse lá dentro e eu não consegui salvá-la, como algumas outras coisas.

— O que você conseguiu resgatar? — seus olhinhos brilharam em esperança.

O ruivo pegou uma cesta trançada com duas peças de roupa e um globo de neve pequeno, ao qual seu pai lhe deu em seu aniversário de quatorze anos, meses antes de falecer.

— Minha manta... — disse ela, pegando um pano grosso, branco com bordados em rosa-claro.

— Eu pensei que uma recordação de quando você era pequena poderia ser algo positivo. E também, ela é muito linda para se deixar queimar. — sorriu animado.

— E uma roupa da minha mãe... — disse observando a última peça na cesta. — Obrigada, Nath! — ela o abraçou fortemente.

— Por nada, Mari. — suspirou. — Enquanto você está desabrigada, pode ficar na minha casa.

Ela negou com a cabeça.

— Eu adoraria...

— Mas?

— Mas vou ficar morando com uma amiga.

— Aonde ela mora?

— Na China.

— O quê? Você vai embora pra China?

— É uma longa história, Nath. Por favor, entenda.

— Como você vai para lá? — perguntou preocupado.

— A carruagem está à minha espera. — falou olhando para a saída. — Tenho que ir agora, antes que nos alcancem.

— Quem?

— Os guardas do palácio!

— Não estou entendendo nada, Mari.

— Te explico um dia. Mas, não quebre sua cabeça com isso. Tchau. — beijou sua bochecha suavemente e saiu correndo até a carruagem.

O ruivo a seguiu e a viu subindo, com a ajuda de uma jovem parecida com ela, porém, com cabelos maiores e rosto mais fino.

Suspirou com pesar e voltou para o estábulo tristonho.


...
Hi guys! Então...
Espero que tenham gostado do capítulo. E me desculpem a demora, este capítulo estava escrito pela metade, consegui terminá-lo hj pq eu estava com bloqueio criativo.
Bom, é isto!
Bye bye

;)

Minha Princesa - MiraculousWhere stories live. Discover now