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Nathaniel, sua mãe e Chloé já estavam à caminho da China. Chloé estava sentindo seu estômago revirar.

Como iria encarar Marinette depois de tudo que a fez passar? Das mentiras e ordens desnecessárias?

Não sabia se teria coragem de pedir perdão por tudo que fizera à ela. Nathaniel ainda não sabia que ela pertencia a realeza, e para ela, era melhor assim. Não estava afim de nenhum tratamento especial vindo dele. Gostava que ele a tratasse como igual, mas sem se esquecer que ela ainda era uma dama.

Fechou os olhos com força e respirou fundo após ranger os dentes.

- Ei, você está bem? - o ruivo segurou sua mão direita. - Está suando frio.

- N-não, eu estou bem...

- Não parece. - afirmou ainda a encarando. - Vamos, não me esconda nada.

- Bem... - mordeu o lábio superior. - ...primeiramente, quero que saiba que eu gosto muito de você. Tipo, muito mesmo, Nath.

- Eu também gosto muito de você, Chloé. - acariciou a bochecha rubra dela.

- E-eu não sou quem você pensa que eu sou. - ele pareceu confuso. - Quero dizer, eu era, mas não mais.

- Fale às claras comigo, por favor?

- Eu sou Sobrinha de Gabriel e Emilie Agreste, prima do príncipe Adrien. Eu conheço a Marinette, sua amiga, e eu a odiava, ou melhor, tinha que odiá-la para conseguir o que meus pais queriam... Eu a fiz passar por várias coisas terríveis, e uma delas foi parar no calabouço.

Ele ficou imóvel, apenas a encarando.

- Durante todo esse tempo na sua casa, nunca lhe contei porque não queria ser tratada de maneira diferente somente por pertencer à nobreza. Fui intimada a me casar com meu próprio primo para o sangue azul continuar e...porque minha família está falida. Meu reino está em ruínas, e sou a única herdeira do trono. E... - respirou fundo. - ...pelo fato de gostar muito de você, Nath, fiquei com medo de te perder quando você descobrisse. Porque você iria descobrir mais cedo ou mais tarde, e eu prefiro que ouça da minha boca do que saber por terceiros.

Ele permaneceu em silêncio.

- Eu não sei como irei encarar a Marinette e dizer que nunca a odiei de verdade, que tudo não passava de um teatro e que não sou mais uma ameaça. Ela nunca irá acreditar em mim. Por favor, Nath, me perdoe.

Ele sorriu levemente e a abraçou.

- A Marinette não é uma má pessoa, Chloé. - afagou-lhe os cabelos. - E sim, eu a perdoo.

- Jura? - secou uma lágrima teimosa que escorreu por sua bochecha esquerda.

- Eu juro. - beijou-lhe a testa.

Marinette sentou-se na cama de seu quarto e abaixou a cabeça. Não tinha certeza se daria conta da responsabilidade que estava destinada, fosse se casando ou não.

Será que seria uma boa rainha?
Será que seria uma boa esposa?

Rapidamente se lembrou de seus pais adotivos. O amor que eles tinham e como faziam tudo juntos. Raramente ela os via discutindo, e nunca era por besteira. Ambos eram compreensíveis um com o outro e tinham uma coisa muito importante: confiança.

Ela queria ser um exemplo também. E que seu futuros descendentes se orgulhassem dela, assim como ela se orgulhava de seus pais.

Minha Princesa - MiraculousOnde histórias criam vida. Descubra agora