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A floresta estava densa naquela madrugada. Havia muita neblina e um silêncio absurdo. Se ouvia apenas o galope do cavalo.

Conseguiu sair do ar assombrado da floresta e chegou ao campo. Haviam poucas árvores — bem distantes umas das outras. A grama não estava tão alta, então, dava para ver melhor.

Chloé fechou os olhos com força e deu um pequeno tapa em sua bochecha.

— Sua burra, esqueceu o lampião!

Ela sairá com tanta pressa que nem se lembrara de levar algo para iluminar seu caminho.

Estava faminta e sedenta. Tinha que encontrar uma casa urgentemente e pedir por abrigo. Mas, aquele lugar estava tão vazio, tão frio...

Ao longe, ela avistou um estábulo. Talvez não tivesse comida para ela, mas poderia dormir em um monte de feno e partir ao amanhecer.

Instalou seu cavalo, deu-lhe água e comida. A garota aproveitou para beber um pouco da água dele. Seu cavalo, vendo que a jovem estava desnorteada e sem saber aonde iria repousar, puxou de leve a barra do vestido dela e se deitou no chão, apontando com a cabeça para sua barriga. A loira sorriu, comovida com aquele gesto, e se aconchegou em seu único companheiro. Não demorou muito para que o sono viesse.

.

Na manhã seguinte, Nathaniel chegou ao local para cuidar dos cavalos e percebeu que algo estava diferente. Ao longe, ele avistou um cavalo negro com a crina meio azulada, deitado?

Se aproximou e arqueou a sobrancelha. Cavalos dormem em pé, certo?

Ao olhar a cena com atenção, viu uma menina loira, com os cabelos bagunçados, caídos sobre seu rosto. Seu lindo vestidinho amarelo estava todo sujo e cheio de feno.

Ele ficou tão encantado com aquilo, que acabou pressionando a porta com o peso de seu próprio corpo a fazendo ranger e o cavalo acordar, se levantando num salto, jogando Chloé para cima de Nathaniel.

— Ai, ai, ai... — disse ela passando a mão pela cabeça.

— Me-me perdoe...e-eu não queria assustá-la. — gaguejou e a ajudou a se levantar.

O ruivo tirou o cabelo de seu rosto que atrapalhava a visão da menina. Ela ao vê-lo, arregalou os grandes olhos azuis e fez um "o" com a boca.

Rapidamente, se afastou.

— E-está tudo bem com a senhorita? — perguntou preocupado. Já estava ficando irritado com a gagueira.

— B-bem, não muito...tenho fome e frio também. — fechou os olhos devagar. — Q-quem é você?

— Oh, mas que falta de educação a minha. — sorriu desajeitado. — Me chamo Nathaniel. Cuido dos cavalos. Este estábulo pertence à minha mãe. E você?

— M-me chamo Chloé... — parou de falar. Do que adiantaria se gabar com seu sobrenome? Por uma vez, queria ser apenas isso, Chloé. — ...vim do sul.

— À cavalo, pela madrugada e sozinha?

— Longa história... — forçou uma risada.

— Venha comigo — Nathaniel lhe estendeu a mão. —, lhe darei o que beber e comer. Pedirei para minha mãe lhe preparar um banho.

Ela sorriu sem mostrar os dentes e pegou na mão do rapaz, ainda meio receosa. Pegou sua trouxa e eles saíram do estábulo.

— Se importa de eu deixar seu cavalo aqui e vamos juntos até minha casa? Não é muito longe, eu garanto.

— Claro, sem problema.

Nathaniel ajudou-a a subir no animal, em seguida, ele subiu também, tomando as rédeas e galopando.

.

Marinette levantou uma hora após de Adrien e foi se arrumar para ir tomar café.

Ao chegar na sala de jantar, estavam todos lá, se servindo.

— Filha, que bom que acordou. — Sayura sorriu para a garota, que retribuiu ao sorriso. — Mandei fazer seu quitute preferido.

— Obrigada, mãe. — sorriu e se sentou à mesa ao lado de Adrien.

Começou a se servir e a comer.

Após o farto café, Tikki quis ensinar piano para Marinette. A menina não sabia nem para que rumo ia, mas aceitou assim mesmo.

Adrien ficou na biblioteca junto com elas e até tocou um pouco também, cantando uma linda música para Marinette, que corou a cada frase.

Enquanto isso, Bridgette, Alya e Sayura, organizavam uma lista para a cerimônia de casamento. Pouco tempo depois, Kagami chegou e começou a ajudar também.

— Obrigada pela aula, Tikki. — Marinette a abraçou e depositou um beijo em sua testa.

— Por nada. Vamos praticar todos os dias após o café. Queria que você fizesse aulas de kung fu comigo, mas daqui para frente você não terá mais tempo.

— Eu acho que estaria começando muito velha...você e a Bridgette começaram bem novas.

— É. Mas, eu posso te ensinar alguns mecanismos de defesa se quiser. Vai que, não é?

Marinette e Adrien riram e ela meneou a cabeça.

— Obrigada, Tikki.

A menina girou nos calcanhares e saiu desfilando pelos largoscorredores.

— O que você acha de irmos para Paris daqui dois dias? — Adrien sussurrou no ouvido da miúda.

— Hum...não sei não. Tenho medo de quando seus pais me verem.

— Não se preocupe, eles irão aceitar quando perceberem que você é uma princesa agora.

— Exato. Vão me aceitar agora. E se eu ainda fosse uma plebéia?

— Eu te amaria do mesmo jeito e me casaria com você também.

Ele pegou em sua cintura e a beijou suavemente.

Ela o amava, e agora, tinha a certeza disso.

— Je t'aime... — ela disse o abraçando apertado.

Ele ficou surpreso, mas a abraçou, envolvendo seus enormes braços ao redor de seu corpo e beijou o topo de sua cabeça.

— Je t'aime, Marinette.

...
Hello!
Mais um capítulo para vcs curtirem!!!
Este teve menos palavras, mas espero que mesmo assim tenham gostado.
Hehehehe
Vou indo galera, porque hj é dia dos namorados e eu vou passar a tarde inteira com o meu!
Besitos!
Bye bye

;)

Minha Princesa - MiraculousOnde histórias criam vida. Descubra agora