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Ao olhar pela sacada do segundo andar da província, dava-se para ver todo o povo chinês. Muitos carregavam presentes, e outros, mostravam apenas satisfação.

Fora decidido que, ao se casarem, iriam governar em Paris (também porque Adrien era filho único).

Marinette estava em seus aposentos, acompanhada de Bridgette e Kagami.

— Parece que Brid vai assumir o trono, realmente, mesmo sendo a gêmea mais nova. — falou Kagami enquanto organizava o pequeno buquê de rosas brancas.

— Eu não quero o governar, sinceramente. — declarou Bridgette, apertando o corpete da irmã.

— Espera. Você quer mesmo ficar com o Félix? Ele não tem onde cair morto!

— Ei! Ele tem as economias dele. — disse irritada, apertando o corpete com força.

— Brid, por favor, poderia deixar um pouco mais frouxo? Não consigo respirar. — suplicou Marinette enquanto tentava respirar novamente.

— Desculpe, Mari. — afrouxou e Marinette respirou aliviada.

— Bem, eu sei que você gosta dele e tudo mais, mas, a Lei é bastante clara, e...

— Eu conheço a Lei, tá bom? — Kagami deu de ombros e Bridgette continuou: — O que importa é que eu o amo. E se for preciso eu sair do meu comodismo para ficar com quem eu gosto, eu saio.

Marinette sorriu levemente, sem nenhuma das duas perceber. Suas bochechas ficaram rosadas. Imaginou como seria a relação de Félix e Bridgette, e imaginou algo lindo. Finalmente iria conhecê-lo. Só o conhecia pela boca de sua irmã, que o descrevia com muita paixão.

— Aaah — deu um gritinho ao sentir o espartilho a apertar. — Não estou acostumada com isso.

— Será apenas por algumas horas, não se preocupe.

— Você está deslumbrante. — Kagami se levantou e caminhou até a azulada. — Aqui está seu buquê, vossa alteza. — fez uma breve reverência e lançou uma piscadela para ela.

— Obrigada, Kagami. — agradeceu com um sorriso e segurou o arranjo.

— Se não se importam, vou começar a me arrumar agora. — disse a japonesa e já foi se retirando do cômodo.

Bridgette olhou para a irmã com encanto nos olhos. De repente, uma pomba branca pousou no peitoril da janela.

— Um pombo correio! — Bridgette correu até o animal, que se não fosse ágil para pegá-lo no ar quando tentou voar, teria perdido uma carta. — Peguei.

— É de quem? — Marinette se aproximou da irmã com um olhar curioso.

— É do Félix.

— Algo grave?

— Não. Ele disse que iria chegar um pouco atrasado devido à roda da carruagem que estragou.

Wow. Ele sempre carrega uma pena e um tinteiro consigo? — torceu o nariz. — Isso que é ser prevenido.

— É. Nunca se sabe quando vai precisar usar, não é mesmo?

— Sim, sim.

Bridgette dobrou a carta e a guardou na bainha de seu vestido que batia em seu tornozelo.

— Quer retocar o batom?

— Não, Brid, obrigada. — sorriu.

— Então acho que já posso me arrumar. — se aproximou da irmã a abraçando suavemente. — Vou chamar a Alya pra te fazer companhia.

Minha Princesa - MiraculousOnde histórias criam vida. Descubra agora