Lets the EUA

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A partir desse capitulo, alguns acontecimentos da história vão ser baseados - além de em TWD - em Fear The Walking Dead.
Obs: são só baseados, não são com os personagens de FearTWD.





Não acredito, isso só pode ser um pesadelo, México? Sério? Como eu irei chegar na Virgínia? Ou Geórgia? Eu jamais vou saber como voltar pra minha casa.

Levantei, tentando me equilibrar, segurei em uma das cadeiras da igreja. Minha cabeça começou a doer, meu corpo tremia, e eu já não sabia se era fome ou desespero.

— Tudo bem? - Marian perguntou se aproximando.

— Cala a boca! - Gritei. — Isso é tudo culpa do seu pai. Merda!

Observei Marian se sentar novamente. Fui até a porta e tirei a cadeira da frente, joguei a do lado e abri a porta.

O errante que estava na frente veio murmurando pra cima de mim, segurei em sua cabeça e a bati algumas vezes na parede até mata-lo.

— Vamos! - Gritei e a garota veio até mim.

🍂

— Você sabe se tem um local fácil de chegar aos Estados Unidos?

Perguntei, mas obvio que ela não iria saber, é só uma criança de uns oito ou nove anos.

— Sei. A gente segue direto, se a gente chegar em Laredo ou Rio Bravo é só seguir e estaremos no Texas.

Espera, o quê?

— Quantos anos você tem?

— Nove. Por quê?

— Nada.

Seguimos direto. Ainda não encontramos nenhuma placa escrito "Laredo" ou "Rio Bravo".

Marian explicou que o pessoal do México, pelo menos quem mora desse lado, sabe falar português, espanhol, inglês. Ela nasceu nos Estados Unidos, mas veio morar no México, sabe falar três línguas e sabe libras, além de ser um mapa ambulante, com nove anos. Acho que os pais dela morriam de orgulho.

Continuamos caminhando, até o sol se esconder, e um céu cinza com nuvens grandes aparecer. Peguei na mão da garota e apressei os passos para encontrar um local que pudéssemos passar a noite e evitar nos molhar. Observei uma casa a uns poucos metros, nos direcionei direto para lá, dois errantes vieram pra cima da gente, matei os dois com o cano da arma.

— É aqui que a gente vai ficar? - Marian perguntou.

— Talvez, fica aqui fora que eu vou olhar se podemos dormir aqui.

Marian sentou-se no chão da calçada da casa e eu entrei.

O primeiro cômodo, a sala, o único defeito era a poeira que consumia o lugar, tinha dois sofás - eu poderia dormir em um e Marian em outro -, um carpete fofo, mas empoeirado, uma tevê e um radio velho. No próximo cômodo, a cozinha; os armários estavam quase vazios, exceto por muitas garrafas d'água que devem está ali a muito tempo - isso foi sorte, muita água é raro hoje em dia, deve da pra dois ou três dias - , algumas frutas podres e um enlatado. Coloquei a água na mesa e fui ao próximo cômodo, banheiro; antes de abrir, senti um cheiro horrível, ao abrir, vi que tinha um homem morto dentro da banheira, possivelmente suicídio, tiro na cabeça, arma na mão e manchas de sangue pela parede. Fechei a porta novamente, só tinha dois quartos em cima. Subi. O primeiro quarto; cama de casal, um grande guarda roupas, abri e achei algumas roupas de mulher que me serviriam, achei também uma mochila de baixo da cama, coloquei algumas blusas, casacos e calças dentro da mochila e a deixei em cima da cama. Segundo quarto; também tinha um cheiro ruim, abri e me deparei com duas camas de crianças, uma de menino e uma de menina, em cada cama tinha um corpo, duas crianças, tiros nas cabeças, olhei para a poltrona do lado, um corpo de uma mulher, tiro na cabeça. Coloquei as mãos na boca e fui em direção ao guarda roupas das crianças, peguei algumas roupas de menina e sai. Não deixaria Marian vir pegar as roupas e ver tudo isso.
Casa limpa... ou melhor, sem errantes, pois estão todos mortos.

Fui até a porta, chamei Marian e ela entrou. Fechei a porta e coloquei o sofá na frente, o sofá que eu iria dormir.

— Tem água em cima da mesa, amanhã de manhã se não chover nós continuamos a viagem. - Expliquei.

— Pra onde?

— Virgínia.

— Vamos passar pelo deserto para poder chegar lá.

— Sim. - Suspirei. — Temos agua pra dois dias, se não beber muito, da pra três.

🍂

Na manhã seguinte, Marian acabou de acordar, a chuva já tinha passado a tempos, na verdade, não era bem chuva, era mais uma garoa, foi rápido. Fazia muito calor aqui, mas dava para aguentar.

Posso ter meu mapa ambulante, mas eu gostaria de uma bússola ou um mapa de verdade.

Não consegui dormir novamente na noite passada, mas eu não tinha sono, eu só quero ir pra casa, mesmo sabendo que vai demorar.

Troquei de roupa logo cedo, estava esperando a garota trocar a dela, guardei a água na mochila e Marian veio até mim, pronta pra seguir viagem.

🍂

Dava pra avistar uma placa escrito "Laredo", era só atravessar e estaríamos nos Estados Unidos.

— A cidade é grande, vai demorar um pouco. - Marian falou.

— Sem problemas, quer procurar mais água?

— Gostaria de comer também.

— Vamos.

Entramos nas casas, as primeiras foi perda de tempo. Mas na quinta ou sexta, não sei direito, encontramos tomates plantados, alguém deve morar aqui, entramos no terreno, roubamos alguns e corremos. Deu certo. Ninguém nos viu.

Fomos até uma casa, que por sorte também tinha água e guardamos tudo na mochila.

Voltamos a seguir viagem.

Um barulho assustou a garota, que correu para a minha frente, olhei pra trás, era apenas um errante.

— Mata ele. - Ela pediu.

— Não precisa, vamos poupar tempo.

Algumas horas mais tarde, Marian pediu para pararmos, pois os pés dela doíam, paramos e nos encostamos em uma árvore, eu de um lado e ela do outro, caso aparecesse alguma ameaça avisariamos uma a outra ou iriamos correr.






Muito obrigada pelos 16k, sério, vocês são incríveis. ❤️
Logo logo eu posto novidades sobre meu livro de imagines TWD. ❤️

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