Marry Me? / Death's Watch

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No dia seguinte, no sol claro da primavera, Judith brinca com Manoela no quintal sob o olhar atento de Carl. Pareciam que as duas passaram a manhã inteira brincando, e Carl parecia estar perdido em seus pensamentos mas ao mesmo tempo tomando conta das meninas.
Cheguei por trás dele, pensando em fazer um susto, mas todos sabem como Carl age a um susto, é engraçado mas é trágico. O cumprimentei e fiquei ao seu lado.

— Estou com um mau presságio. - Carl falou ao se encontrar na parede. Ele não parecia feliz mesmo.
— Talvez seja algo da sua cabeça, ou aconteceu algo que eu não saiba? - Pergunto.
— Não. Bom, os mortos estão se multiplicando lá fora. Aaron e Leonard os matam as vezes, mas sempre aparece o dobro. - Ele explicou. Agora eu entendi. Isso é ruim e ele está preocupado, por isso o pressentimento.
— Vai ficar tudo bem. Rick vai mandar algumas pessoas la fora hoje, não é?! Para fazer uma limpa dos corpos e dos andantes. - Digo. Ontem Rick disse que iria mandar um grupo lá fora.
— É. Mas Michonne achou melhor não incomodar ninguém, a gente quem vai mesmo. - Carl responde.
— Então eu irei também. - Digo. — Vou tomar café.
— Certo. Mas...
Assim que eu ia saindo, Carl me puxou de volta, deixando um beijo em meus lábios.

— Antes de ir, eu queria lhe entregar uma coisa. - Ele diz nos separando.
— O que? - Confesso que fiquei curiosa.
Carl pousou uma de suas mãos no bolso e retirou uma coisa bem pequenina.
— Fecha os olhos.
No momento em que ele pediu que eu fechasse os olhos, eu já havia entendido tudo. E eu estava gostando.

Senti suas mãos tocarem as minhas e um anel passar por entre um de meus dedos da mão direita.
— Pode abrir. - Ele disse, e eu abri.
Era um anel simples, mas muito bonito.

— É lindo, Carl.

— Era da minha mãe. - Ele explica. — Meu pai usou para pedi-la em casamento, e eu to usando para pedir você, se bem que eu já coloquei em seu dedo. - Ele ficou confuso por um momento.

— Como se eu fosse recusar. - Revirei os olhos.

— Então nós vamos nos casar?

— Nós vamos nos casar. - Respondi sorrindo.

Carl ficou bastante serio quando eu o respondi, me deu até receio, eu havia falado algo errado?
Antes que eu pudesse dizer outra coisa, ele baixou a cabeça.
— Ei. - Coloquei as mãos em seu queixo, o fazendo olhar pra mim, e na hora que ele me olhou, vi que ele chorava.

— Desculpa, Eli... a noiva quem deveria chorar. - Ele brincou e sorriu em meio as lagrimas.

— Para, se não eu também vou chorar. - Falei, mas ja senti as lagrimas molharem minhas bochechas.

— O que houve? - Uma voz grossa nos atrapalhou. Passamos as mãos pelos olhos e olhamos para Rick. Mostro a mão para ele, especificamente, o anel.
— Ah, Deus, meus parabéns. - Rick correu e apertou Carl e eu em um abraço.

🍂

— Vamos lá? - Michonne ergueu sua katana, a pondo nas costas.

Rick não pode ir, precisou ficar e assinar alguns papéis. Michonne lhe disse que não haveria problemas e que nós três poderíamos cuidar de tudo.

Aaron abriu o portão. Alguns errantes já tropeçavam nos corpos dos outros, cambaleando e prontos para virem em nossa direção. Michonne foi na frente, com um único golpe partiu o crânio de três em uma fileira.
Ouvi o grande portão fechar e tomei impulso para atacar um deles. Com a força, o martelo que eu segurava partiu um crânio no meio, depois outro e outro.
Carl usava uma faca.
Mais três deles foram abatidos com uma certa facilidade. Havia mais dois a alguns metros de distância, me aproximei de fininho com o martelo.

YOUR GHOST	 ✅Where stories live. Discover now