Someone Nice

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Eliza Dorsey

Como Albert Einstein disse; "Temos o destino que merecemos. O nosso destino está de acordo com os nossos méritos.". E isso é certo, podemos planejar nossa vida da forma que for, mas se for pra ser de outra maneira, vai ser, não se engane, apenas torça.

Meu corpo estava doendo tanto, minha cabeça parecia que ia explodir. Sentia como se eu tivesse sofrido um acidente horrível, as lembranças foram invadindo minha cabeça tão rápido que eu tinha vontade de morrer ali mesmo.
Segundos depois, comecei a ouvir vozes e a ficar mais consciente do que acontecia a minha volta. Meus olhos continuavam fechados, eu estava com medo de abri-los e ver que mais uma vez, eu iria enfrentar uma guerra.

O som de passaros invadiam meus ouvidos e eu tive coragem de abrir os olhos, vi que eu estava coberta por um tecido macio, ao meu lado tinha uma garrafa d'água, joguei o lençol pro lado e peguei a garrafa tomando toda a agua em menos de um minuto.

Quando deitei novamente na cama, senti minhas costas e meus braços arderem, tomei coragem de olhar meus braços e minhas pernas, eu estava tão vermelha, parecia que eu tinha tomado banho de sol durante dias.
Tentei me ajeitar com tranquilidade pra que eu não sentisse dores enquanto eu estivesse deitada.

Ouvi passos vindo de fora da sala, me encolhi na cama, não sei quem pode ter entrado aqui, mas espero que não me faça mal.

Um homem entrou com uma bandeja nas mãos, fechou a porta com o pé e quase derrubou a bandeja, mas segurou antes que mais suco derramasse.

— Opa... quase caiu...

Ele deu um sorriso bobo pra mim, percebeu que minha expressão não era das melhores e voltou a ficar sério.

— Acho que eu deveria ter feito uma entrada mais digna, não é?! - Ele sorriu novamente e viu que eu não tinha mudado minha expressão. — Ok, eu... te trouxe isso.

O homem colocou a bandeja do meu lado e se afastou um pouco.

— A quanto tempo eu estou aqui? - Perguntei, mas sem forças para me mexer.

— Nós te encontramos fazem dois dias, coma, você precisa comer...

— Eu não tenho fome. - Falei, e realmente, eu não iria conseguir comer. —Onde eu estou?

Algo naquele rapaz me fazia ficar tranquila, era como se eu soubesse que ele não iria me machucar, mas eu não posso confiar em ninguém, não antes de chegar em casa.

— Isso aqui é um rancho, fica tranqüila, é um lugar alto, dificilmente aquelas coisas aparecem aqui.

— Ta, eu... eu preciso tomar banho. - Falei.

— Tudo bem. - Ele apontou pra uma porta no quarto. — Ali fica o banheiro.

Minhas costas e minhas pernas doeram por tentar levantar, consegui colocar uma perna no chão e logo depois a outra.

— Você quer ajuda? - Ele perguntou.

— Não!

Me apoiei na cabeceira da cama e respirei fundo, tentando andar, mas minha perna doía tanto que eu quase cai, mas o homem me segurou antes disso.

— Eu posso te ajudar no banho... - Ele falou e eu o olhei com uma expressão confusa. — Apenas isso, eu sei como você ta se sentindo, seu corpo dói por causa das queimaduras, não é?!

— É.

— Vamos...

Apoiei meu braço nele e mesmo com as dores, ele me levou até o banheiro.
Me apoiei na banheira e tirei a blusa xadrez azul de Carl que eu tinha vestido antes de... Marian ser mordida. Tentei tirar a regata, mas estava tão difícil por ela ser apertada.

YOUR GHOST	 ✅Where stories live. Discover now