• Capítulo 19 •

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Vitória🐚

A garota estava péssima, isso é um golpe maior que qualquer um. Assédio é crime e uma coisa horrível para o lado feminino, ainda mais pras meninas mais jovens que praticamente nunca contam o acontecido.

Eu já sofri isso, eu tinha quatorze anos, depois do acontecido eu contei tudo para meus pais. Eu passei dois anos fazendo justiça e procurando o sujeito que fez isso comigo.

No final acabei não conseguindo, a justiça parou com a investigação. Meu pai também, eu não admiti mas meu pai disse que era o certo a se fazer.

Eu acredito que um dia eu vou conseguir encontrar esse cara.

Vitória: Meu pai...quando eu tambem fui assediada me levou a uma psicóloga. Foi ótimo para mim me tratar, eu me senti um pouco melhor depois que fiz tudo o que ela pediu. Se quiser eu te levo, ou então o Kauã pode te levar nos dias.

Carol: Eu tô com medo, só vocês estão me ajudando, minha mãe nem vai ligar para mim. Esse pessoal do morro me olhando com outro olhar, as notícias correm rápido aqui.

Vitória: Você vai enfrentar todos, e eu estou junto com você, Kauã. Todos aqui dessa casa, estão aqui para te ajudar. Não vamos deixar ninguém falar de você, comentar merda sobre você.

Carol: Sabe, obrigada mesmo, você é a melhor pessoa que eu poderia encontrar e conhecer para me ajudar!- a mesma me abraçou mais uma vez.

Kauã: Eu não sou não?- ele entrou no quarto sorrindo com uma bandeja de sanduíche e suco.

Carol: Tu também meu branquelo- a mesma chamou ele que abraçou a mesma.

Kauã: Agora tu precisa comer, a veia lá tá arrumando uma toalha para você tomar um banho. Porque tu vai ficar aqui em casa até sua mãe voltar.

Vitória: Isso mesmo, você precisa descansar um pouco.

Carol: Tá né, se vocês tão falando.

Kauã: Eu tô mandando- ela sorriu levantando- Pode ir que depois eu deixo a toalha pra você.

Ela assentiu indo para o banheiro, fechando a porta, logo ouvi o barulho do chuveiro ligando.

Kauã deixou a bandeja em cima da cômoda.

Kauã: Valeu viu mina, por ter ajudado a ruivinha.

Vitória: Eu amei ajudar ela, saber que eu pude ajudar alguém que está sentindo o mesmo que eu senti.

Kauã: Tô ligado, ela vai ter que ficar aqui mesmo, se ela voltar pra casa e dizer isso para a mãe dela a mesma vai expulsar ela de casa.

Vitória: Super errado isso, a culpa não é dela, e sim do estrupador- ele assentiu- Mas me diz, tu gosta dela, não é?

Kauã: Ih fia, ta maluca? Eu não sabia que tu tava cheirando ai nas ruas não, ela é minha amiga pô, considero minha irmã que não tive.

Vitória: Sei, eu vi como vocês se olham, você sabe que pode me contar tudo.

Kauã: Quando eu tiver mesmo eu te conto, mas por enquanto e para sempre, seremos amigos apenas- acabei rindo e ele negou com a cabeça indo até o closet.

Indomável Where stories live. Discover now