𝟮𝟴

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A N A  L O U I S E

– É assim que se faz? – pergunto subindo um botão no outro lado da festa, o lado da pista de dança, longe do karaokê.

– Isso – o dj responde delicadamente repousando sua mão em minha cintura.

– E esse botão? – viro-me para perguntar mas sou hipnotizada pelos poucos centímetros que separam meu rosto do rosto dele.

– Esse botão – ele, sem tirar o olhar de mim, envolve minha mão que indicava o botão – Apaga a luzes.

– Hmm – faço a besteira de olhar para os lábios semiabertos do músico.

– Ei Diplo! Toca Justin Bieber! – alguém grita da pista de dança.

Trocamos sorrisos nervosos e desajeitados. Aceno a cabeça entendendo que ele deveria fazer o trabalho dele naquela festa.

– É muita coincidência nos encontrarmos de novo não? – o loiro rapidamente me encara para mostrar seus dentes.

Minto o fato de ter comentado com Ted sobre o caso do Diplo e que existe uma grande chance do meu amigo ter contratado tal artista de propósito nessa festa:

– Não é mesmo? – enfatizo minha linguagem corporal colocando minha mão em seu bíceps – Loucura.

Ele ajeita sua postura e gentilmente me conduz para a mesa de som, posicionando-se atrás de mim.

– O que acha de colocar em prática o que eu te ensinei agora? – Diplo envolve meus braços e brinca com minhas mãos, acendendo e apagando luzes, trocando de música, acrescentando timbres novos a batida.

– Eu acho que peguei o jeito – viro-me para trás e sou presa contra a mesa do dj.

Instintivamente, vago meus dedos para a nuca do músico cujos olhos estreitam-se a cada centímetro que se aproximava de meu rosto. Congelo por um segundo, e digo quase que em um gemido:

– Eu tenho um namorado.

















4/?

o próximo as coisas vão dar uma esquentada...

see you again; tchalametWhere stories live. Discover now