𝟯𝟬

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L U I S A

Cinco, quatro, três, dois, um...

– Feliz ano novo!!! – pessoas gritaram corando com os fogos de artifício extravagantes que Ted arranjou, além daqueles que a cidade solta ao badalar da meia noite.

Vejo que Shawn Mendes rapidamente ocupa o holofote do palco juntamente com o dj convidado da festa e eles abrem o ano com um número de uma de suas músicas. E as borboletas em minha barriga acorda. É meia noite.

Ai meu Deus, ai meu Deus, ai meu Deus.

Olho para meus arredores e diversos casais juntam para colar os lábios ao som da confusa trilha sonora de fogos queimando e música pop.

Em um acesso de nervosismo, olho de canto para Timothée ao meu lado e as coisas mais loucas voaram pela minha cabeça em um único olhar que ele me devolveu junto a um sorriso tímido que ameaçava crescer.

Caralho.

Eu raramente falo palavrão. E quando falo, ou penso em um, é porque estou prestes a enlouquecer – ou quando sou subornada em troca de doce – em geral, uma enorme pressão caí em meus ombros e simplesmente não há expressão, exclamação mais precisa para traduzir o desespero gradual que cresce em meu peito.

Faz muito tempo que estou nessa trajetória sozinha. Nunca tive problema com isso. Eu me acostumei com isso. Me acostumei com ano após ano contemplando a meia noite do primeiro de Janeiro sem ter ninguém para realizar a tradição. Menos esse ano.

Esse ano, que acabou de começar, encontro-me completamente congelada no tempo enquanto meus pensamentos passam massivamente rápidos diante dele. Seus cachos que formam sombras engraçadas com os diversos focos das luzinhas ainda natalinas e o reflexo dos fogos que iluminam seu rosto de todas as cores possíveis; seus olhos ambíguos que ora tomam um tom esverdeado e ora estão mel; e por fim, seu sorriso, pequeno porém aberto, até mesmo um pouco infantil são apenas os fatores físicos que me trazem para mais perto dele.

O impulso que fez meus olhos cerrarem, lábios entreabrir e cabeça inclinar não foi nada estético. Foi o sentimento de pertencimento a alguém especial, necessidade de compartilhar todo o entusiasmo que tenho com alguém, gratidão por ter achado alguém como ele nesses últimos meses. E, por mais que parte de mim diz que não seja algo vitalício, eu preciso aproveitar.

Então, Chalamet pega minha cabeça pela nuca e delicadamente, deposita um beijo em meus lábios, do mesmo jeito que fizera na praia. Primeiro do ano, segundo desde então.

Se afastou e eu desejo feliz ano novo, ele respondeu em francês. Deus, ele é um flerte quando fala em francês, e o pior disso é que ele sabe.

Sorri ainda com o toque de suas mãos ainda envolvendo minha cabeça, aproveitando para pegá-las e gentilmente tiro-as de lá para entrelaçar nossos dedos.

Eu pensei em manter a conta de quantos beijos nós temos dado para lembrar de cada um como um momento especial quando voltar para Los Angeles, porém a ideia foi descartada quando o dito cujo chove pequenos selinhos rapidamente em meio a risadas.

– Feliz ano novo – Erika surge a nossa frente e automaticamente seus arregalaram em surpresa – AI MEU PAI! VOCÊS ESTAVAM? AH EU VOU MORRER DE AMORES! MEU OTP!

Tento me explicar, mas Timmy faz o mesmo ao mesmo tempo e acabamos tropeçando em meio a nossas próprias palavras.

– Pode falar – dizemos juntos e no que eu ou ele tentamos iniciar uma frase, terminamos em risos nervosos e mais confusão.

– Ai – Erika solta o copo que estava em sua mão, posicionando-o desajeitadamente na mesa que eu e Timothée estamos sentados, o que entrega sua embriaguez – Eu to meio tonta.

Antes que eu pudesse rir de sua reação, ela caiu no chão e o que eu e meus amigos mais temia que acontecesse, aconteceu. Erika está tendo um episódio epilético. 













6/6 atrasado, até amanhã..... ou mais tarde? depende do nível de biscoito nhac

see you again; tchalametWhere stories live. Discover now