see you again; tchalamet

𝟲𝟬

M A R I N A  W

Eu estou cansada de tanto famoso se intrometendo na minha vida. Minha melhor amiga está prestes a namorar um dos maiores cantores do momento, outra assumiu o relacionamento com um nomeado ao Oscar, e o meu ex é filho de um dos grandes nomes do rock da história. É uma questão de segundos até a mídia estar colada na minha porta perguntando os mínimos detalhes possíveis sobre a vida amorosa de meus amigos.

Infelizmente parece que a fama é atraída pela minha repulsa por ela.

Combinamos de sair, eu, John, Erika e Ana - as duas últimas levando seus namorados - deixando eu e Jojo de lado e desconfortáveis grande parte do rolê.

- Eu vou ao banheiro, migos - Erika anunciou se levantando da cabine que estávamos no bar - Já volto

E seu namorado, Pete, a seguiu, deixando um clima estranho na mesa.

- Eles só vão voltar daqui uma hora, safados - Johnny comentou após bebericar em sua bebida - Nojentos.

- Você vai ver quando arranjar alguém - Ana disse entre pausas devido ao seu namorado que alternava beijos entre sua mandíbula e pescoço - Vai ver que é normal você querer estar com aquela pessoa o tempo todo.

Ela se vira para encarar o namorado de uma distância minúscula.

- Eu sei que quero distância de relacionamento agora - revirei os olhos do casal e ajeitei minha postura tentando mostrar o quanto aquilo era constrangedor.

- Eu também, credo - o loiro concordou e fazemos um pequeno e rápido brinde com nossas garrafas em mãos.

- Bom gente - Ana Louise desliza para fora de onde estava sentada - Vou indo, tenho que planejar umas aulas e fazer umas coisinhas, beijocas, nos falamos depois.

Ela se levantou e puxou seu namorado consigo.

- Juízo vocês dois - ela picou com um dos olhos e mandou diversos beijos no ar em nossa direção.

Acenamos uma despedida e me virei para Quentino.

- Agora a barra tá limpa - Depositei com força minhas mãos na mesa e ele concordou com as sobrancelhas.

Em um piscar de olhos fizemos nosso território perto do bar para esquecermos de nossos problemas e comemorar a vida de solteiro do pior jeito.

- Jojo, sabia que o Jake já está namorando de aliança com aquela arrombada que ele me traiu? - falei depois do meu quinto shot de tequila. Não deixei ele responder e continuei - Pois é, podre demais.

- Mas e o Medina? - ele respondeu afastando minha garrafa de cerveja de minhas mãos - Você conheceu ele e rolou um clima né safada?

Afundo minha cabeça em meus braços negando:

- Eu quero distância de famoso!

- Amada, era tudo o que eu mais queria!

- Eu quero pegar todos os garotos normais desse lugar! - anunciei ajeitando minha postura - Esfregar na cara daquele riquinho padrão que eu não preciso namorar famoso nenhum!

John me segura e impede que eu me levante:

- Ei ei ei, você não precisa provar absolutamente nada para aquele chatão! - enfim me fiz confortável debruçando no bar mais uma vez.

Ele tinha razão e eu odiava concordar com isso. Mas, como desafortunado meu destino anda, parece que hoje não vai ser o dia que findo minha greve com gente verificada nas redes sociais. Lá estava ele.

Mas meu cérebro bêbado e coração partido não interpretaram o que meu amigo quis dizer e bolou um plano.

Ele estava em uma mesa com outros meninos, provavelmente surfistas também. Ele não estava bebendo, tinha uma lata de energético em uma mão. Sua pele bronzeada tomavam um tom avermelhado devido a iluminação quente do local e seu cabelo estava molhado, como se ele acabou de sair da água.

Eu admito. Ele é algo.

Ele então percebe que eu estava encarando-o e acena em minha direção acompanhado de um sorriso de canto.

Sorrio de volta e ele então indica para os amigos algo e se levanta em minha direção.

- Eita - John cochichou percebendo o que estava acontecendo - Qual a chance mano? Se não é destino eu não sei o que é. Vou indo nessa, não quero segurar mais vela não, já sou candelabro em todo lugar.

Antes que eu pudesse impedir que meu amigo me deixasse, ele se fora.

- Eai! - Gabriel aproximou-se ficando de pé na minha frente - Parece que a gente não para de se trombar.

- Pois é - deixei uma risada estúpida escapar de minha boca, e devido ao álcool, um simples riso se transformou em uma grotesca gargalhada - Me desculpe.

Continuei rindo me inclinando para frente e para trás. Perdendo o fôlego.

- Alguém bebeu demais hoje, hein? - ele riu de meu estado - Eu acho melhor você parar por hoje.

- Eu tô bem! - odiei o jeito que as palavras saíram de meus lábios: extremamente distorcidas e prolongadas. Entregando minha bebedeira.

- É mesmo? - ele parecia preocupado - Vamos lá fora, tomar um ar.

- Não, eu tô otimissima aqui, suave, tranquila, de boas, tudo certo - Quase adormeci no meio das palavras. Um sono me bateu do nada.

- Vamos lá, Marina - ele insistiu - Eu peço um Uber para você.

- Não é necessário o John... - olhei para os lados procurando meu amigo, e sem sucesso não o encontro.

- Me deixe fazer essa por você - ele gentilmente pegou em minha mão e entrelaçou os nossos dedos me conduzindo para longe da multidão com delicadeza.

- Eu poderia muito bem me virar sozinha, viu? - indago tropeçando no asfalto.

- Certo, eu tenho certeza que sim - ele soltou uma risada - É que hoje em especial eu estou afim de fazer uma gentileza.

- Gentileza é? - aponto para seu peito agora percebendo o quão perto estávamos devido ao seu braço que me sustenta e ajuda a permanecer em pé - Uau.

- Onde você mora? - ele sacou seu celular para solicitar um motorista.

Tentei balbuciar o endereço mas como ele não conhece bem a região, acabei falando um ponto de referência perto e caminharia até minha casa.

- De jeito nenhum eu vou deixar você desse jeito ir a pé na rua sozinha - ele protestou parcialmente autoritário, mas por um bom motivo - Eu vou junto, depois eu me viro para voltar.

Eu não tinha forças para contradizer, então, simplesmente concordo e espero o carro chegar. Deixando um estranho, Gabriel Medina, me levar para casa.

1/? esse final de semana
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