𝟲𝟮

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um recadinho antes... as coisas esquentam nesse capitulo vcs foram avisados

M A R I N A  B

 Quando pousei na cidade que nunca dorme, eu sabia que eu estava desesperada para socar a boca dele e depois beijar até doer tanto quanto o soco.

Nem me estressei com a burocracia de aeroporto. Segui em frente, com um sorriso no rosto.

Peguei um taxi até o endereço que eu sabia que ele estava, graças a Luisa, que ficou lá escondida. Eu ainda tenho muitas perguntas a fazer sobre esses dias que ela foi abrigada por ele, mas não são importantes para meu objetivo agora.

Alguns paparazzis e fãs aguardavam na fachada do local. Caramba, é melhor eu me acostumar com essa multidão no meu pé o tempo todo.

Chegando no lobby, rapidamente ligo para que ele me busque.

– Alô? – ele disse do outro lado da linha.

– Cala a boca e desce aqui, cheguei. – respondi desejando para que as recepcionistas não me expulsem vendo que eu estou enrolando no saguão principal.

– Que? – ele balbucia.

– Desce pra droga da recepção do hotel – murmurei irritada para cobrir meu nervosismo. Eu não queria deixar minha guarda cair perto dele. Não quero que ele pense que ele ganhou por ser famoso ou pela declaração bonitinha. Se ele quer ser o dominante, tem que provar que merece tal cargo. Enquanto isso, eu vou apontar o dedo na cara dele até ele estar de joelhos para mim. E assim, desliguei a chamada.

Esperei um tempo até que o elevador abriu as portas revelando-o.

Caminhei em sua direção com apenas minha única bagagem, uma mala de rodas pequena. Recebendo olhares tortos do segurança.

– Ela está comigo, podem ficar tranquilos – ele disse envolvendo meus ombros com um braço e entramos no elevador.

– Não precisava fazer toda essa ceninha – falei assim que a porta fechou.

– Que ceninha?

– Essa coisa de falar "ela tá comigo" – fiz uma careta e engrossei a voz mexendo com ele – Foi ridículo, não precisava daquilo.

– Não entendi...

Ele segurou as mãos atrás de sua cintura e ficou quieto.

– Tipo, parecia que você queria deixar óbvio que eu sou a namorada no Shawn Mendes. – revirei os olhos e cruzo meus braços, provocando-o.

Ele imediatamente muda toda sua linguagem corporal e era visível o sangue subindo em suas bochechas. Ele estava ficando agitado.

– É... Que... Bem... Um...

– Ai cala a boca – impeço que ele continue a tentativa falha dele falar e o beijo com força, tombando-o contra a parede do elevador – Ficou nervosinho, é? – cantarolo em seu ouvido no ritmo da sua música que diz tal coisa.

Suas enormes mãos invadem meu pescoço e pressionam levemente minha mandíbula, e eu sorrio entre seus lábios. Ele estava nervoso e estava desesperado para voltar a ter controle da situação.

Vendo que chegamos no andar, levemente mordo seu dedão perto de meu queixo finalizando o beijo e retomando o ar.

– É... – Shawn desgruda de mim e anda pelo corredor até abrir um dos quartos. E, como sempre, com o dinheiro dele, não era pouca coisa – Onde estávamos? – ele fechou a porta contra si e abriu os braços convidando-me para seu abraço. E eu fui. Fui e fechei qualquer espaço entre nós puxando-o pela gola de sua camiseta.

– Oi Marina, como é bom te ver! – indaguei entre beijos – Seria um bom começo.

Ele chutou minha mala do caminho enquanto desajeitadamente andávamos a procura de um colchão. Sem ver absolutamente nada além de borrões e vultos quando eu revirava os olhos devido ao contato da boca dele no decote de minha blusa.

– Que tal eu começar te pedindo em namoro oficialmente?

– Eu quero ouvir saindo da sua boca com todas as letras – sentei na cama e ele ajoelhou-se ficando no meio de minhas pernas. Apoio um de meus pés em seu ombro esperando sua resposta.

– Marina namora comigo? – ele forçou um biquinho e depositou a cabeça no meu colo.

– É isso o que você tem para oferecer? – bagunço seus cachos e levemente o chuto para trás – Acho que você vai precisar se esforçar mais pra conseguir isso...

Tiro os meus calçados e minha blusa, quase em câmera lenta, provando que eu tinha toda a atenção dele em mim.

– Marina, namora comigo, por favor – ele engatinhou até meus pés subindo os dedos na barra de meu jeans.

– Hmm, vou pensar – faço uma cara pensativa – Mas sabe que eu penso muito melhor sem essa sua camiseta feia.

Ele obedece e remove-a em segundos sem quebrar contato visual.

Então, ele se levanta e se inclina para me beijar, me deitando no colchão repleto de almofadas e travesseiros.

– Marina – ele beija meus lábios – Você – meu queixo – Pode – meu pescoço – Fazer – o meio das minhas clavículas – O – entre meus seios – Favor – minha barriga – De namorar – abaixo de meu umbigo – Comigo? – ele abre o zíper de minhas calças e desliza o tecido pelas minhas pernas até eu ouvir o barulho delas atingindo o chão.

– Hmm – eu gemi negando – Está melhorando, mas ainda não chegou aonde eu quero.

Ele voltou a me beijar e usei a oportunidade para inverter nossas posições. Repito o que ele fez comigo e finalizo arremessando sua calça moletom para longe. E meu sorriso cresceu dez vezes mais.

– É claro que você está de Calvin Klein – debochei.

– E porque você está de graça com isso sendo que você ainda está com essa coisa preta – ele usou um tom de voz novo, mais confiante.

– Meu sutiã? – sento em seu colo fazendo que um grunhido escape da boca dele, que vira uma concordância. – Ah não sei, estou pensando em ficar com ele, o que acha? – apoio minhas mãos no colchão, dando pequenos impulsos que me fazem pular na cama, único detalhe é que não estou diretamente em cima do lençol – Uau, eu não sabia que isso pulava tanto.

Olho para o canadense e pude ver uma gota de suor escorregar pela sua testa. E retiro minha peça de cima, dilatando suas pupilas.

– Marina namora comigo por favor – ele murmura e segura meu pulso com força para que eu parasse de quicar.

– Então é só porque você quer dormir comigo? – inclino colando meu torso no dele, ficando milímetros de seu queixo.

– Você me deixa louco – ele conseguiu dizer subindo suas mãos pelas minhas costas nuas – Eu sou louco pelo seu talento... – a mão tatuada com a andorinha pousou em minha bunda, o que gerou um calafrio por todo meu corpo – Eu sou louco pelo jeito que você me deixa louco...– Sua outra mão tirou uma mecha de cabelo da frente do meu rosto– E eu quero que o mundo todo sinta ciúmes de mim por te ter. Por isso eu quero te fazer minha namorada.

Por um momento sorrio para minhas mãos apoiadas em seu peito. Processando as palavras dele. Eu, uma atriz de propaganda contra HPV e filmes estudantis, cheguei aqui. Shawn Mendes se declarando para mim, em um hotel em New York, quase pelados, depois de ter feito o impossível em um dos seus shows.

E ele conseguiu colocar para fora tudo o que eu sinto por ele, se referindo a mim. É mútuo.

– Fala só mais uma vez – suspiro enfim encarando-o.

– Marina Becker, você quer namorar comigo?

– Quero.



3/4 até amanhã hihihihihi

see you again; tchalametOnde as histórias ganham vida. Descobre agora