Capítulo 7

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Em suma, o tempo passava rápido e Lizzie já estava interagindo com os chineses, ela era muito extrovertida e desenvolta. Por este motivo, conseguiu cativar os executivos com facilidade. Enquanto isso, Darcy continuava absorto naquela mulher, ela era impressionante, não se intimidava com nada, para Lizzie lidar com os acionistas era brincadeira de criança. Coisa que, para ele, era uma tremenda dor de cabeça, para Elizabeth era como respirar.

— E então, o que faremos hoje? — Elizabeth questionou durante o horário de almoço.

— Você escolhe. — Darcy devolveu, entrelaçando seus dedos aos dela, enquanto caminhavam em direção ao cupê.

Eles saiam todos os dias para almoçarem juntos, já que tinham anunciado o noivado publicamente, o que pegara muitos de surpresa e causara uma comoção sem igual. Porém, Darcy alegara que estavam namorando em segredo e só recentemente decidiram oficializar.

Também surgiram boatos maldosos com relação à Elizabeth, de que ela só conseguira o emprego graças ao namoro com o CEO. Contudo, Elizabeth não dava a mínima, sabia o que às más línguas diriam e que muitos estranhariam um anúncio de noivado tão repentino, sendo Darcy um homem importante. No entanto, Lizzie não se importava, ela estava se divertindo com tudo aquilo. Era até mais interessante do que viajar — já que esse era o plano inicial quando entrara de férias.

Já Darcy; bem, ele não podia estar mais feliz. A cada dia encantara-se um pouco mais com aquela mulher, que de tão expansiva, estava até contagiando-o mesmo sem intenção. Darcy estava satisfeito com sua escolha, não podia ser diferente, já que Elizabeth de quebra trouxera até um certo colorido à sua vida.

Darcy quase sempre saia para correr pela manhã, juntamente com Lizzie e além de almoçarem juntos, algumas vezes jantavam também. Tudo para que todos acreditassem na verossímilidade daquele relacionamento. Para ele, ficar ao lado de Elizabeth não era esforço algum, muito pelo contrário, quando eles não se falavam, Darcy sentia até falta. Falta da alegria e do bom humor de Elizabeth, que quase sempre implicava com ele, por ser tão sério e taciturno. Ela o incentivava a sorrir mais e deixar de ser tão metódico, muitas das vezes escondia sua agenda, para que Darcy fosse espontâneo e isso o impressionava em demasia.

Darcy jamais imaginou sentir-se tão bem ao lado de uma mulher, o que não passou despercebido aos olhos do amigo, que quase morreu do coração, ao saber do relacionamento dos dois. Bingley, como não era muito bom em guardar segredos, acabou sendo poupado dos termos do casamento. Fazendo-se acreditar na paixão avassaladora que permeava aquela relação. Darcy alegou que Elizabeth capturou seu coração assim que a viu e por isso ele não queria perder tempo. Bingley, como era modesto e ingênuo, acreditou de bate pronto naquele caso de amor à primeira vista e ficou extremamente exultante. Tanto que os quatro saíram para jantar naquele mesmo dia para comemorarem.

Sendo Elizabeth mais desenvolta, fazia questão de tratar Darcy com todo o carinho do mundo, contribuindo para o ruivo acreditar que de fato eles estavam bastante apaixonados.

Já Darcy, como ainda estava adaptando-se àquela situação, travava sempre que Lizzie tocava seu rosto ou suas mãos e ainda mais quando ela o chamava de amor, com um tom de voz afável e carinhoso. Aliás, os toques de Elizabeth estavam causando em si sentimentos antes desconhecidos, ele ainda não entendia o porquê de sentir-se tão rendido com um singelo beijo na bochecha, ou um simples toque de mãos.

Ficou acordado que, em hipótese alguma, haveria beijo na boca. Pois, como Darcy era reservado, todos entenderiam que ele não gostava desse tipo de exposição. Portanto, as demonstrações de afeto ficavam por conta de coisas mais sutis que, ao mesmo tempo, já despertavam nele sensações inimagináveis.

Procura-se uma esposaWhere stories live. Discover now