Capítulo 15

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Mais a noite, os casais resolveram fazer um happy hour para comemorar entre eles o compromisso firmado. Enquanto isso, Darcy reunia internamente coragem para conversar em particular com Elizabeth. Ele queria porque queria expor seus sentimentos escondidos e acreditava que o momento ideal, seria justamente durante aquele período de descontração. Logo após marcarem a data do casamento, não podia ter hora melhor.

Assim sendo, ao chegarem ao local escolhido, Darcy passou a ensaiar seu discurso em pensamento. Obviamente temia ser rechaçado por Elizabeth, mas não voltaria atrás. Estava disposto a descobrir o que verdadeiramente sentia por àquela mulher. Por este motivo, expressar o que guardava à sete chaves em seu coração era o primeiro passo a dar, o próximo seria beijá-la novamente, sem fugir do contato. Simplesmente se entregar e provar mais uma vez o sabor daqueles lábios que tanto lhe tiravam o sono. Darcy queria olhar intensamente naqueles grandes olhos e dizer tudo o que sentia por ela. Claro, se Elizabeth assim permitisse.

Fizeram os pedidos e aguardaram conversando em um tom de voz moderado, devido a optarem por uma mesa mais afastada da bagunça. A fim de conseguirem um pouco de privacidade e tranquilidade para confraternizarem entre eles. Portanto, apesar do show ao vivo, se divertiam e riam juntos. Exceto Darcy, que jazia um pouco apático diante dos amigos.

— Darcy, o que houve? — questionou Elizabeth, percebendo o quão calado o noivo estava.

— Nada, Lizzie. — desconversou, sentindo as mãos suarem embaixo da mesa.

— Se arrependeu? — provocou com um sorriso zombeteiro nos lábios.

— Com certeza não. — Darcy garantiu, tentando desfazer a carranca de preocupação.

O que tivesse de ser seria, não adiantaria enlouquecer antes de se declarar à Elizabeth. Com isso em mente, Darcy passou a conversar com Charles, que tinha puxado assunto assim que compreendeu o real motivo da tensão que pairava sobre a cabeça do amigo.

Algum tempo depois, os quatro já sentiam-se mais à vontade, a bebida doce fazia seu papel contribuindo para tornar tudo mais leve. De modo que, em dado momento, Darcy levantou-se e foi até o cantor da noite, cochichando algo que ninguém pôde ouvir. Elizabeth conjecturou em pensamento o que o noivo poderia ter dito ao músico, quando alguns acordes começaram a ressoar do violão e invadir seus ouvidos.

Darcy retornou à mesa com um sorriso de orelha a orelha. Não obstante, quando Elizabeth fez menção de questioná-lo, o cantor resolveu se pronunciar primeiro:

— Essa música é especial, pois é dedicada à noiva desse rapaz distinto — e apontou para Elizabeth, que não sabia aonde enfiar a cara. — Para quem não conhece, essa canção se chama quando bate àquela saudade...

Em contrapartida, Darcy não conseguia tirar o sorriso dos lábios, ao espiar a reação abobalhada da noiva.

— Você não fez isso. — Elizabeth contestou, mas por dentro sentia o coração inflar tanto, a ponto de quase sair voando por aí.

— Você é minha noiva, por que eu não deveria? — contrapôs e pegou a mão de Elizabeth por cima da mesa, beijando sua palma.

— Aí que amor! — Jane bateu palminhas e Charles sorriu, olhando Darcy de esguelha.

"Meu amigo está rendido.", refletiu.

E, não demorou muito para o vocal complementar a melodia do violão:

É você que tem
Os olhos tão gigantes
E a boca tão gostosa
Eu não vou aguentar

Senta aqui do lado
E tira logo a roupa
Esquece o que não importa
Nem vamos conversar

Procura-se uma esposaOnde histórias criam vida. Descubra agora