Livro 1 - Saga A Capa
Na pacata cidade de Santa Mariana, onde absolutamente nada de extraordinário acontece, Luzianna Harper vive sua adolescência ao lado da mãe, a enfermeira Delilah Harper. Assombrada desde a infância pelo acidente que matou o pa...
Preparado para descobrir o mundo que existe bem de baixo de nossos olhos?
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Obarulho do motor de carro velho ecoava como um rugido de leão pela rua asfaltada da parte antiga da cidade. Jasmim Rivera se ocupava em alternar a visão do trânsito e de Luzianna Harper. A loira de olhos ciano não havia proferido nenhuma palavra desde que ela havia entrado no carro.
Jasmim não sabia como puxar assunto, ela até treze minutos atrás não suportava ficar no mesmo ambiente que Luzia, mas agora ali estava ela sentada no banco passageiro de seu carro. Sem falar nada.
Será que eu a matei?
Foi a frase que ecoou na mente da caçadora.
Antes mesmo de Jasmim falar algo, a quietude de noite foi interrompida por um grito estridente por parte de Luzia. Fazendo com que Jasmim parasse bruscamente, quase batendo o carro em um poste de iluminação tão escuro quanto a noite.
– Mas que...
– Eu quero sair daqui! – A loira gritou enquanto tentava, sem sucesso, abrir a porta do automóvel.
Jasmim abriu um sorriso de lado ao ver a garota tentar. Olhando de lado para a luz piscante que simbolizava que a porta está travada.
– Ei!Ei!Ei! – A morena parou segurando os finos pulsos de Luzianna com força e, assim, obrigando a loira a se virar para ela. Olhando no fundo dos olhos azuis de Luzia, Jasmim teve certeza de duas coisas: Um, ela não havia a matado, dois, ela havia a traumatizado. – Não dê esse show! Eu salvei sua vida! Você devia me agradecer.
– Te agradecer? – Luzianna soltou-se do aperto de Jasmim. A expressão da loira era de puro descontentamento e confusão. – Você me sequestrou!
– Você entrou no carro porque quis. Eu devia ter te deixado lá para lidar com os brutamontes.
– Aí meu Deus! – Luzianna grunhiu apertando e massageando as duas extremidades da cabeça. – Aí meu Deus! Aí meu Deus! Aí meu Deus! Você matou aqueles homens, seja lá o que eles eram. Aí meu Deus! Eu sou cúmplice de um assassinato!
– Eles não eram homens, eram demônios e eu não quero nem pensar o que eles teriam feito com você se eu não tivesse te seguido e chegado a tempo.
– Você me seguiu?! Você é uma psicopata! Uma stalker! Uma... Uma...
– Eu sou uma caçadora! E infelizmente tive a missão de proteger você, cria do demônio. – Jasmim respondeu dando partida no carro, sentindo o automóvel vibrar quando o motor respondeu. – Eu salvei sua vida e tenho cuidado de você no último mês. Que dizer, Mitzy ajudou bastante, mas quem a chantageou até ela entrar nisso fui eu.
– Mitzy?! Mitzy Wale?
– Claro... – Jasmim deu de ombros sem olhar para a jovem. – Quem você acha que era o gatinho que sempre te visitava antes dos problemas começarem?
