Capítulo 3

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Estávamos numa parte da floresta perto de um leito de um riacho, não era uma clareira, mas tinha espaço para dormimos

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Estávamos numa parte da floresta perto de um leito de um riacho, não era uma clareira, mas tinha espaço para dormimos. O sol estava se pondo em algum lugar daquela vastidão verde.

Os raios solares conforme iam batendo nas folhas, davam uma cor diferente para elas. Ansal se sentou encostada numa das árvores, retirou suas botas e começou a tocar uma flauta de pan.

A melodia que ela tocava era doce e suave, fazia com que a atmosfera daquele lugar se tornasse cada vez mais mágica. Me sentei na grama e fiquei escutando hipnotizada aquele som quase angelical.

A noite não demorou a chegar, a luz da lua não penetrava muito no lugar aonde estávamos. Ansal estava de olhos fechados ainda tocando, eu não queria interromper, pois me parecia ser algum ritual sagrado para ela, por isso esperei até ela acabar a música.

Ela colocou a flauta de lado e ficou encarando a água do riacho passar, a pouca luz da lua que adentrava o lugar refletia em seu rosto, fazendo com que aquela mulher de gelo parecesse um anjo.

- Ansal? – Ela virou seu rosto para mim – Você teria alguma tocha, está muito escuro e quase não estou vendo nada por aqui.

A mulher riu, com um movimento suave passou seus dedos por cima da grama. Como se fosse mágica, por onde os dedos dela tocavam, um brilho fluorescente se destacava.

A floresta tinha uma iluminação própria, ela sussurrou algo ao vento e então tudo ao meu redor ganhou aquele brilho mágico. O lugar que antes era uma penumbra, agora estava totalmente iluminado.

Estava fascinada com o que via, mas o brilho do riacho me chamou atenção. Eu já tinha visto aquele brilho antes, aquela água se iluminava igual a fonte que tinha em Matmata.

- Eu já vi uma água parecida com essa.

- Tudo em nosso mundo está conectado, atualmente é difícil você ver lugares que ainda preservem a magia pura fora da floresta, mas eles existem.

Ela me estendeu um conjunto de frutas, que recolheu durante o caminho até do riacho. Não reconheci nenhum dos alimentos que ela me ofereceu, mas os provei, e o gosto era surpreendente.

Nunca tinha provado tais sabores de frutas, algumas delas começavam azedas e iam ficando mais doce, outras eram doces, mas na medida certa. A ninfa só olhava as minhas reações a tudo que ela estava me apresentando, como se estudando como me comporto nesse novo mundo.

- O que está achando da floresta?

- Nunca vi um lugar tão lindo que nem esse! – Meus olhos estavam brilhando quando falava com ela.

- A floresta tem muitos segredos, não são todos os lugares que tem essa beleza, dentro dessas matas existem lugares sombrios perto das montanhas Kalur.

- São as montanhas onde os Raruks moram, não é?

- Sim, e o reino ninfico é um dos mais belos. Por termos ninfas com afinidades com os elementos naturais, cuidamos muito bem do nosso lar.

Rainha Sombria - A Ordem da Rosa #2 Onde histórias criam vida. Descubra agora