Capítulo 5

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— Jungkook-ah, já terminou a nova coleção? Tem alguns clientes querendo dar uma olhada hoje. — Jaebum folheia a coleção antiga de tatuagens na pasta de Jungkook.

— Sim, hyung. Está na mesa lá fora com a Jisoo. Ah não, aqueles são os antigos. — Jungkook tenta tirar os desenhos das suas mãos mas Jaebum não deixa.

— Por que esse não? É bom! — Ele olha para Jungkook. Sem deixá-lo responder, ele rapidamente passa o desenho para Jisoo.

— Hey, Jisoo, coloque este em exposição também. — Ele sorri olhando para Jungkook. Este não poderia estar mais orgulhoso. Ele estava feliz por seu chefe gostar dos desenhos antigos também.

— Uau, Kook ah! Este é tão legal, vou fazer essa em mim. — Jisoo diz olhando os desenhos.

— Se quiser, eu posso fazer para você. — Taehyung flerta com Jisso. Esta apenas bufa e revira os olhos.

Aquele dia foi se tornando agitado para todos no estúdio de tatuagens. Além do dono, Jaebum, trabalhavam como tatuadores, Jungkook, Jisso e Taehyung. Eles tiveram uma boa quantidade de clientes, incluindo um especificamente exigente. Jungkook tem o dia cheio de trabalho e mal tem tempo de buscar Sayu à tempo.

— Sayu! — Jungkook grita ofegante para sua filha. Ele obviamente havia corrido do metrô até a escola, preocupado em não chegar atrasado novamente. Ele jurava que não queria mais problemas com a senhora Wang.

— Papai! — Sayu grita enquanto corre em direção a ele. Jungkook a pega bem na hora em que ela tropeça em uma pedra.

— Hey, devagar princesa! — Ele a pega no colo e Sayu esconde seu rosto na curva do pescoço do pai.

Jungkook apenas faz uma reverência para a professora e começa a andar enquanto ela o olha irritada como sempre. Ele coloca a menina no chão e pega em sua mão, caminhando lado a lado.

— Então, meu amor. Você se divertiu hoje?

Jungkook para de andar quando Sayu não responde sua pergunta. Ela mantém o olhar no chão sob os seus pequenos pés.

— O que foi? — Ele levanta a sua cabeça.

— P-papai... — Ela começa a chorar fazendo Jungkook entrar em pânico. Ele a abraça bem apertado antes de enxugar as suas lágrimas. — Papai... hoje, os meus colgas disseram que eu não posso brincar com eles... p-porque eu não tenho brinquedos. E eles não querem dividir comigo. Eles falaram que eu sou suja e que meu cabelo é feio. Eles... eles falaram que Nochu não é um brinquedo. E-eles falaram que ele é apenas lixo... Papai, Nochu não é... não é lixo! — Ela tenta falar enquanto chora. Seu coraçãozinho está partido agora e isso faz o peito de Jungkook se apertar.

— Princesa... pare de chorar. Por favor... você está certa, Nochu não é lixo, ele é adorável. — Ele se agacha e enxuga as lágrimas da filha. — O que você acha de irmos tomar sorvete? Você quer?— Ele a levanta e a assiste enxugar as lágrimas com as suas mãozinhas.

Sayu aceita e sorri para o pai. Ela adoraria um sorvete agora.

[...]

Jungkook a leva até o carrinho de sorvete mais próximo. Ele solta a sua mão e a observa olhando as opções de sabores animadamente. Jungkook sabe que o sorvete daqui não é tão gostoso quanto o da sorveteria, mas é mais barato. E por mais que ele goste de dar a Sayu tudo nesse mundo, o seu bolso não concorda com ele nesse momento.

— Jungkook? Jeon Jungkook?

Jungkook vira a cabeça, olhando para a pessoa que o chamou. 

— Kim Yugyeom?

— Hey! Quanto tempo, cara! Como você está? — Yugyeom diz enquanto abraça Jungkook.

Sayu olha para a sua esquerda, já decidida de qual sabor quer. Ela franze a testa ao ver seu pai conversando e rindo com um homem estranho. Ela faz um biquinho e anda até o seu pai.

— Papai, o sorvete... — Sayu choraminga. Mas seu pai está tão entretido na conversa que ele não a escuta. Ela olha ao redor, entediada por esperar seu pai.

Enquanto ela observa, algo chama a sua atenção. Ela vê um homem que derruba algo no chão. Ele se senta um banco um pouco mais à frente do carrinho de sorvete. Ela caminha até o objeto e o pega. Era um livro azul e amarelo.

'O Pequeno Príncipe'

Ela segura o livro nas mãos pequenas e caminha em direção ao homem sentado no banco.

— Com licença, senhor? Eu acho que você deixou isso cair. — Sayu diz enquanto mostra o livro para homem. 

Ela estuda o seu rosto enquanto estica o livro para ele. Ele tinha os cabelos loiros, o nariz pequeno, lábios carnudos e olhos brilhantes. Ele também tinha um belo sorriso.

— Ah, muito obrigado! Não acredito que derrubei isso. — Ele sorri para a menina fazendo-a sorrir também. Ela se senta ao seu lado. Não sabia o porquê, mas ela gostou daquele homem. Muito.

— Meu nome é Jimin, Park Jimin. Qual é o seu nome, anjinho? — Jimin pergunda, fazendo Sayu dar uma risadinha.

— Meu nome é Sayu, Jeon Sayu. — Ela balança os pezinhos suspensos.

— Obrigado por pegar o meu livro, Sayu. Ele é muito precioso para mim. Foi a minha avó que me deu no meu aniversário quando eu era da sua idade. É muito especial. — Jimin diz balançando o livro na mão.

— Essa pintura parece com você. — Ela diz ao olhar para Jimin. De fato era verdade, pois o cabelo loiro de Jimin parecia muito com o príncipe da capa do livro.

Jimin ri da expressão de Sayu. Ele achou a garota adorável.

— Jimin oppa, você poderia me dizer sobre o que é esse livro? — Ela olha pra Jimin com os olhinhos brilhando. Ela nunca conheceu ninguém tão encantador quanto Jimin.

— Mas é claro.

Jimin abre o livro e começa a contar a história para ela. O jeito dele narrar é incrível. Sayu não conseguia sequer tirar os olhos dele, fascinada. A boquinha estava aberta o tempo todo fazendo Jimin sorrir para o seu belo rostinho.

Sayu gosta do jeito que os olhos de Jimin brilham enquanto ele conta a história. Ela puxa a mão de Jimin e coloca a sua própria por cima da dele.

— Oppa... sua mão é tão pequenininha. A mão do papai é tão grade. — Ela olha os dedos de Jimin com curiosidade.

— Hey... — Jimin tenta protestar mas para ao ouvir alguém gritando.

— Sayu!

Jungkook corre na direção da filha. Honestamente, ele estava entrando em pânico quando, ao se despedir de Yugyeom, não viu a garotinha ao seu lado. Por sorte ele ouviu a risada dela vinda de um banco próximo do carrinho de sorvete. 

Ele desacelera ao notar que alguém estava sentado ao lado da filha. Ele inclina a cabeça para ter uma visão melhor da pessoa.

— Papai! — Sayu se levanta animadamente enquanto sacode o livro em suas mãos.


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