VITOR - Livro 2 Série - Broken Ice- CONCLUÍDO

Capítulo 5

Vitor

Acordo me sentindo descansado. Afasto a coberta e me sento.
Olho para o Ty jogando.

- Quanto tempo eu dormi?

- Umas três horas.

- Você está jogando todo esse tempo?

- Claro que não. Arrumei o apartamento, limpei a bagunça do banheiro.

- Umm, me trouxe até uma coberta, estou emocionado.

- Não fui eu.

A memória de um cheiro me invade. Bianca.

- Onde ela está?

- Foi embora agora a pouco.

- E você deixou?

- O que queria que eu fizesse? Ela não é prisioneira aqui.

- Ah é? E a Larissa estava aqui porque mesmo?

- É diferente. Larissa é minha.

Preciso rir da afirmação dele. Esse idiota.

Levanto e vou ao banheiro, lavo rosto, no processo olho para o box, agora sem vidro.

Que merda.

Vou ao guarda roupa de Tyler e pego uma das camisetas novas ainda com etiqueta.

Vou para sala atrás da minha carteira.

- Essa camiseta é minha.

- Devolvo outro dia.

- Não precisa.

Tyler vem em minha direção e para ao lado da porta antes que eu saia.
Não gosto da cara que ele faz, nem do olhar condescendente.

- Talvez ela precise de alguém que não a deixe ir embora também.

Não respondo. Abro a porta e saio. Entro no elevador e as palavras de Tyler me incomodam.

Ele deixou ela sair. Ela quis sair. Além de mim parece que ninguém se preocupa com fato de ela ter se cortado e perdido muito sangue.

Idiotas.

Demoro para achar a casa. Vim aqui apenas uma vez. Toco a campainha. Nada.
Toco mais vezes.
Mas que droga. Só quero conferir se ela chegou bem e aliviar a consciência, depois vou embora.
Não escuto nenhum barulho.

Dou a volta na casa. Encontro um muro atrás e subo por ele. Pulo para dentro do pátio. Pelo menos não tem cachorro.

Caminho sobre as britas, até uma porta que deve levar para cozinha ou área de serviço.

Testo a porta, está aberta. Entro devagar. Uma cozinha se revela. Toda em branco e inox. Vou para a sala atrás daquela irresponsável, assim que entro na sala sou recebido com um ataque. Por sorte meu reflexo é rápido e recebo o golpe no braço e não na cabeça.

Não acredito que essa maluca me acertou com um taco.

Aiiiiiiiiiii!!

- Sua louca! Podia ter quebrado meu braço!

- O que você está fazendo aqui Vitor?!!
Você é idiota ou o que? Como entra na minha casa feito um ladrão?

- Toquei a campainha, você não atendeu achei que podia ter caído novamente.

- Não atendi por que não quis, as pessoas tem direito de não serem pertubardas em suas casas.

Recebo essa resposta e me dou conta de como ela é inconsequente.