Capítulo 46

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Vitor



Arrumo tudo o que baguncei na casa de Bianca e fecho tudo.

Vou para a casa do Léo. Para encontrar meu amigo muito animado.

- Você está me salvando Vitor!

- Aham. Vou cobrar isso.

- Quando você precisar eu fico com o Gabi.

Passamos um tempo ainda jogando vídeo game. Leo é viciado em jogos de futebol.
Como a festa será mais tarde apenas, matamos tempo assim.

- A propósito parabens! tá mais velho...mais idiota..
Mais chato...

- Tá, valeu.

Aceno antes que a lista de adjetivos dele cresça.

Ficamos em silêncio até que ele pergunta.

- Cara, como você tá?

Sei a que ele se refere. Andei conversando com ele sobre minha falta de perspectivas. A mãe do Léo é psicanalista. E ele reconheceu logo alguns sinais de que eu poderia estar entrando em uma depressão.

Foi o alerta dele que me manteve mais atento. Tento ficar focado em algo o tempo todo. Meu filho, trabalho.

- Tudo certo. Alguns dias são mais difíceis.

- Como hoje.

- É. Como hoje.

O resto do tempo é passado em silêncio. Eu gosto disso nele. Leo respeita o silêncio assim como eu. Tyler não consegue fazer isso muito bem, ele quer respostas, quer racionalizar as coisas.

Quando anoitece vamos nos vestir para o sacrifício.

- Que merda!

- O que foi?

- Meu sapato, soltou a sola.

É  verdade, parece uma boca aberta.

- Não tenho outro, só o que está com você.

- Tá, passamos na minha casa e eu pego um sapato pra mim.

Saio da casa dele rindo da combinação dele de smoking e tênis.

Vamos no carro dele, em alguns minutos desembarcamos em frente ao meu portão. Até é bom que posso ver Gabriel antes de ir.

A rua está lotada de carros. Algum vizinho provavelmente está dando uma festa.

Uma festa.

Uma festa. Passo pelo portão pensando. Quem estaria dando uma festa. Quando vejo a decoração pelo meu jardim fico indignado.

Desgraça. Eu avisei a Ela.

Larissa teimosa, atacou de novo. Uma festa surpresa.
Hahaha. Viro para encarar o Léo.

- Quer morrer agora ou depois?

- Não seja ranzinza, não e pra você, é só uma desculpa pra todo mundo curtir.

Começo a subir em direção ao centro da pfesta.
Quando enxergo Larissa envio meu olhar mais mortal.

Quantos anos um assassinato tem como pena?
E se for múltiplo? Tyler, Leonardo, Larissa, Rafael, Mel, me renderiam quantos anos?

Enquanto debato o assunto internamente, Tyler me traz um copo de champanhe.

Champanhe. O Jardim está todo decorado. Parece, sei lá, um cassino talvez. Festa em grande estilo.

Todos querem um discurso. Só o que consigo pensar é que não gostaria De estar aqui.

Assim que levanto a taça as palavras surgem naturalmente.

VITOR - Livro 2 Série - Broken Ice-  CONCLUÍDOUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum