CAPITULO VIII

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  • Dedicated to Jéssica Souza
                                    

_Thomas, saia já do carro! -consigo gritar.

Thomas, mamãe e eu nos encontramos no meio da multidão desesperada. Uma mulher com um bebê no colo passa correndo por nos.

_Vamos, temos que sair daqui -mamãe diz bem quando um homem esbarra em seu ombro.

É impossível continuarmos de carro, então nos juntamos a multidão e corremos para algum lugar.

A ruas de New Jersey estão um caos, em quanto seguimos correndo em direção ao park, onde aparentemente está mais calmo, observo uma série de repórteres comentando este acontecimento. Então uma criatura avança em um deles, espalhando sangue para todo o lado, fazendo muitos desistirem da matéria e tratarem de salvar-se.

Muitas crianças se perdem dos seus pais, perdidas, virando alvo fácil ás criaturas. Mulheres, homens, velhos, todos passam a ser alvo. "Não há saída" ,penso, então percebo uma grande sombra nos céus.

_Mãe! Não! -grito ao ver uma criatura pular em suas pernas a fazendo cair.

_Mãe, levanta! -ouço Thomas gritar, voltando para a mamãe, que evidentemente já está morta.

A criatura está em cima dela, arrancando todos os seus órgãos. Não há nada que eu possa fazer.

Sou tomada por lembranças únicas de momentos meus com a mamãe, me lembro das noites em que sentia medo e corria para seu quarto, e lá me sentia segura, em seus braços adormecia. Me lembro de sua paciência ao me ensinar o alfabeto quando criança. Me lembro das brincadeiras bobas dela com Thomas... Thomas! Sou arrancada de meu devaneio ao ver Thomas em cima da criatura, tentando arranca-la de cima da mamãe.

Por questão de segundos empurro Thomas, fazendo o cair no asfalto. A criatura agora tenta agarra-lo mas uma explosão próxima nos joga pra longe.

_Thomas! -grito ao me levantar.

Não consigo o ver. Com uma visão panorâmica o procuro por todos os lados, nada além de destruição, corpos se levantando e atacando os vivos, explosões ao norte, guardas em vão atirando nas criaturas.

Sinto as primeiras lagrimas escorrerem em meu rosto. uma pessoa se esbarra em mim, me derrubando no chão.

Percebo uma mão estendida a mim, ao me levantar, agradecendo a ajuda, reconheço o rosto do homem que acabou de me derrubar no chão. Dois, não é possível! Ele está aqui mais vivo do que nunca.

Ele agarra meu braço, e juntos corremos para um edifício velho.

_Vem, temos que encontrar um lugar seguro -ele diz, ofegante.

Ao entrar no pequeno prédio, bloqueamos a porta com um banco de espera, torcendo ser a única passagem. As criaturas estão do lado de fora forçando a porta, ouvimos várias batidas violentas, mas eles não conseguem entrar.

_Dois -digo olhando em seus olhos.

_Do que está falando? -ele parece confuso, mas antes que eu possa continuar, um ruído de helicóptero nos chama a atenção.

_Precisamos subir á cobertura! -ele diz já subindo as escadas- se tivermos sorte, estes helicópteros podem ser nossa única salvação!

Chegamos á cobertura do prédio. Os helicópteros estão muito longe para nos percebe. Aflita, me sento ao chão. Dois continua gritando, acenando aos helicópteros, inútil as tentativas.

_Eles se foram -sussurro para mim mesma.

Dois olha para traz mas não dá muita atenção, continua gritando por socorro.

_Eles se foram -digo mais alto- Eles se foram, não vê que eles se foram -estou gritando, Dois olha para mim- Todos ele se foram! Meus pais, Thomas, eles se foram!

_Eles podem ter ido, mas nos não! -ele diz gritando mais alto do que eu, ele aproxima se rosto do meu e continua- Não vamos surta agora, precisamos pensar em uma solução!

_Não há solução -tento gritar mais alto- O mundo estar morrendo, nos já estamos mortos!

Uma explosão sacode um prédio vizinho.

__Você estaria morta se... -ele para e pensa.

_Ahh, vamos! Diga! Eu estaria morta se você não tivesse me ajudado? -Estou desesperada, vi meu pai e minha mãe morrerem, e nem sei onde está meu irmão.

_Vai pro inferno -digo, cuspindo em seu rosto.

_Você é louca -ele diz se virando.

A mesma sombra que vi antes ressurge acima de nós. Desta vez, consigo distinguir do que se trata. Não sei se meus olhos estão me enganando, mas parece ser uma nuvem metálica. Ela é escura e sólida, nunca vi nada parecido. Ela está bem acima de nós e produz um ruído estranho, como se fosse o eco de vários trovões.

_Dois -sussurro, mas ele já está boquiaberto ao meu lado.

Em quanto estamos paralisados olhando o céu, esquecemos de tudo o que está acontecendo lá embaixo. Então, o inesperado acontece: Uma espécie de porta se abre no meio da nuvem escura, transmitido uma luz intensa. Meus olhos parecem estar cegos, por que depois disso não vejo mais nada além do brilho da luz, porém sinto meu corpo se deslocar em uma velocidade inacreditável.

ESCOLHIDOS - EARTH CHILDREN - Livro Um - #Wattys2015Where stories live. Discover now