Still in Hogwarts Express

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BOM DIA, o sol já nasceu lá na fazendinha! Acorda o bezerro e a vaquinha, que já cocoricou dona galinha... Tô viciada nessa musiquinha, motivo = eu tenho um sobrinho.

E ai, sentiram minha falta? Estão se alimentando direito, bebendo água e aproveitando as férias? Eu tirei dezembro de Hiatus pra descansar e ler os livros que eu deixei acumular no drive.

Também perdi minha conta no pottermore e precisei fazer o teste de casa de novo, depois de 23 testes dando Ravenclaw, aceitei que ñ sou mais uma cobra. Eu que lute.

Agora, sem mais demoras fiquem com Fallen, comentários são sempre bem vindos! 💜

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Ron se acomodou no vagão sozinho, malão pesado ocupando uma das prateleiras na parte de cima do vagão. O ruivinho se pegou cogitando ler alguma coisa pra passar o tempo, como o habitual, os Weasleys chegaram quase atrasados, mas todos conseguiram pegar o trem no final.

Esse era o ano que Harry Potter — um garoto que nem frequentava Hogwarts ainda, mas já era famoso no mundo bruxo — se juntaria a turma do seu ano e embora isso fosse algo legal, afinal o cara era famoso por derrotar Você-Sabe-Quem, um bruxo tão poderoso que as pessoas nos dias atuais ainda tinham medo de falar seu nome.
Pessoalmente Ron não julgava as pessoas pelo medo, ele tinha medo de muitas coisas afinal de contas, coisas simples e frívolas na opinião do ruivinho: Ser apenas "mais um Weasley", nunca sair da sombra de aluno exemplar que Gui, Charles e Percy pintaram, ou ficar preso como o irmão mais novo de Fred e George os gêmeos brincalhões de Hogwarts.

Ele iria pra Gryffindor, faria amizade com algumas pessoas de seu ano, seria eleito monitor no quinto ano e no sexto seria o capitão de quadribol. Um sorriso se espalhou pelo rosto do ruivinho, sua lista de objetivos era extensa e um pouco complicada, mas ele conseguiria.

Ron não seria apenas "mais um Weasley", ele seria Ron Billius Weasley, alguém que superaria todos os feitos de seus irmãos e daria orgulho pra...
Aquilo era uma tarântula entrando dentro de sua cabine?

O ruivo recuou contra a parede, tremendo de medo ao ser encarado por seu maior medo, a criatura de pernas pretas subiu pela superfície da porta, oito patinhas peludas clicando contra a madeira.

Seu coração acelerou, e se isso não fosse impossível, Ron podia apostar que o órgão pulsante estava em sua garganta e não em seu peito. Era impressão sua ou a cabine estava menor?

Era como se a aranha tivesse se multiplicado e tudo que ele conseguia ver eram milhares de aranhas se espalhando pelo vagão, ocupando os bancos e paredes, subindo por suas pernas e tomando conta de seu corpo. Respirar ficou mais difícil, pensar ficou mais difícil e seu batimento cardíaco era tão alto que Ron não conseguia ouvir nada além disso.

E então se foi, uma mão morna tocou seu rosto gentilmente, com toda a delicadeza do mundo como se ele fosse cair aos pedaços se não manuseado com cuidado.

— Tá tudo bem agora, respira comigo — a voz era absolutamente gentil e Ron se permitiu escutar. — Quer descer daí de cima e sentar no banco comigo?

— M-mas a a-aranha... — o ruivo recuou novamente.

— Já tiramos ela daqui, vai ficar tudo bem é só uma crise — outra mão macia empurrou seus cabelos pra longe do rosto, e o ruivo obedeceu.

Descendo de sua posição pressionado contra a janela, o ruivo sentou-se no banco, com uma calma de outro planeta a pessoa o ajudou a deitar a cabeça no colo alheio, os dedos da pessoa acariciando seus cabelos.

Ron pode sentir as lágrimas escorrendo por seu rosto e sabia que devia estar parecendo uma criança chorona, mas ainda assim observou quem o havia salvado. Grandes olhos castanhos o encararam de volta, cabelos crespos e bagunçados, a garota tinha os dentes da frente um pouco proeminentes, mas Ron não era exatamente o melhor exemplo de aparência.

— Quer que eu fique aqui até o fim da viagem? — a garota perguntou baixinho, os dedos gentis retirando alguns fios suados de sua testa. — Sou Hermione Granger, a propósito.

O ruivo assentiu, apertando o tecido da saia da garota entre os dedos e se deixando chorar suas ansiedades.

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Harry sabia que tinha fodido tudo.
Agora Ron não iria querer ser seu amigo e o evitaria como se ele fosse uma das pragas do Egito, honestamente ele não lembrava de Ron tendo um ataque tão grande assim, e eles tinham ido pra uma floresta com aranhas gigantes. O moreno soltou um suspiro, encarando a aranha roubava em sua mão.

— A gente causou uma confusão ein pequena, acho que já tá na hora de te devolver pro dono — Harry se levantou de seu assento improvisado em frente a cabine onde Hermione estava acalmando Ron.

A ideia era básica, fazer a aranha escapar e ir em direção ao vagão que o feitiço de localização indicava seu melhor amigo, assustar ele com a aranha, devolve-la para os gêmeos e Lino e virar amigo de Ron.

Além dele ser notado pelos gêmeos, também seria notado por Ron. Três Weasleys de uma vez, ficar sob o radar de Fred e George significava poder ter uma chance maior de acesso ao Mapa do Maroto.

— Hey garoto! — Harry virou o rosto em direção a voz. Gêmeos ruivos idênticos e um garoto negro com dreads o chamando no corredor. — Esse é o Lino, eu sou Fred...

— E eu sou George, você por acaso...

— Viu uma tarântula...

— Por aqui?

O cérebro de Harry deu nó pra tentar assimilar os gêmeos, eles tinham essa infeliz mania de completar as frases um do outro, deixando todo mundo que fale com eles confuso. Eles usavam isso pra ninguém lembrar qual gêmeo Weasley era qual.

— Sim! — Harry respondeu com falsa inocência infantil, colocando tanta proximidade com um dos Weaslsy quanto possível, um sorriso malicioso escondido sob olhos esperançosos. — Ela tinha entrado no vagão de um menino e ele entrou em pânico, mas minha amiga tá lá com ele agora.

— Você pode devolver minha tarantula? — Lino Jordan questionou, colocando as mãos na cintura e fingindo olhar casualmente.

— Ah! Aqui — Harry enfiou a mão no bolso, a teia da aranha enrolando em sua mão quando ele a tirou dali.

— Muito obrigado baixinho — Fred falou pegando a aranha com cuidado, Harry sabia que era Fred devido a uma pequena pintinha sob o queixo. George tinha pintas no pescoço, mas não possuía nenhuma no queixo. Era assim que Ginny o ensinou a distinguir os gêmeos.

— Espero que você vá pra Gryffindor, é a melhor casa de Hogwarts — Lino bagunçou seus cabelos, enviando-lhe um sorriso.

— De qualquer forma as outras casas também são boas, só não tão boas quanto a Gryffindor, boa sorte!
Harry observou os três garotos se afastarem no corredor, empurrando um ao outro e enviando ofensas. Ele mal podia esperar pra deixar de ter onze anos e finalmente voltar a vida adulta.

Enfiando as mãos no bolso com um suspiro, o moreno deu meia volta indo em direção a cabine de Hermione e Ron, estava na hora de encarar seus amigos.

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Sobre a aracnofobia do Ron, eu tentei basear em umas fobia ai minha, desculpem se ficou exagerado.
Tô com uma ideia, mas vocês leriam uma fic onde o Harry é a morte?

Agora, pergunta do capítulo:
Vocês seriam comensais ou lutariam do lado do Harry? Me: Hazzy

Fallen [Drarry]Where stories live. Discover now