tequila shots

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Tequila: é uma bebida alcoólica destilada feita da agave-azul, primariamente na região da cidade de Tequila, no México. A referência se dá pelo modo comum de servir a bebida, com um copo pequeno, um pouco de sal, e um limão para acompanhar.



— Sabe, se olhar pudesse matar e eu pudesse morrer, eu teria caído duro. - o homem de traços finos riu, o que era um fenômeno um tanto raro para si - Ele estava furioso de ciúmes.

Jaebeom se encolheu em seu casaco. Não era porque não podiam morrer congelados que impedia que eles sentissem calor ou frio, porque sentiam. Ventava muito do alto do prédio onde estavam, vigiando a movimentação dos mortais, ou melhor, de um mortal em específico. Andava fazendo muito isso de uns tempos para cá, e o letreiro neon da Blood & Sweat havia se tornado particularmente o seu local favorito para fazê-lo.

— Não seja ridículo, Mark. - revirou os olhos - Ele não estava com ciúmes, estava irritado de eu ter aparecido lá depois de combinar de não aparecer mais. - Jaebeom respondeu, mais tentando convencer a si mesmo do que ao outro vampiro, que parecia fazer graça da situação. Mark normalmente era quieto e avesso a qualquer tipo de interação social, ficando o tempo todo trancafiado naquela construção antiga onde fora a sua casa a um século atrás e hoje era somente um prédio público caindo aos pedaços. Era um milagre que ele tenha desejado aparecer só para rir da sua cara.

— Ele estava tentando chamar a sua atenção tão desesperadamente que eu não sei se posso chamar a reação dele quando te viu de "irritado", mas você que sabe. - ele deu de ombros, ainda achando graça. - Você não deveria tê-lo provocado.

— Eu o provoquei? - ralhou, indignado - Eu nem fiz nada dessa vez, ignorei-o completamente! - bufou dentro de seu casaco, sentindo saudades da época que fumava para aliviar o estresse. Não sabia exatamente por que havia parado. Talvez só tivesse parado de achar graça.

— Exatamente, imbecil. Por que o ignorou? - Mark deu um "tapinha" em seu ombro, tapinha esse que se ele não fosse forte o suficiente poderia ter voado dali.

Jaebeom suspirou novamente, agachando-se para tentar ver a rua melhor. Ficar dentro do bar precisando vê-lo tão de perto mas fingindo que não estava interessado, e principalmente sem poder tocá-lo era tão torturante que ele não aguentou ficar nem uma dose depois, pegando o seu casaco na chapelaria com Mark ao seu encalço para esperá-lo no lado de fora rente ao neon de um outdoor próximo ao Scarlet como sempre fazia, todas as noites. Todas as noites. Pois não havia deixado de esperar por Youngjae por uma noite sequer desde então, mesmo que não mostrasse o seu rosto para ele. Como um maldito stalker que fora acusado de ser. Não podia culpar o menor, isso de fato ele era.

Desde que o vira pela primeira vez no bar, criou uma impressão sobre ele, como digitais numa superfície lisa. Era como se já o tivesse visto antes, como se ele estivesse lá o tempo todo. O chamava para si como a gravidade da terra atraía a Lua. Era enlouquecedor. Nas primeiras noites em que dormiu sonhara com ele, com suas bochechas altas e o cabelo castanho, caindo em seus olhinhos caramelos e no bico que fazia quando estava distraído. Acordou frustrado, óbviamente, pois fazia anos que não sonhava, por que fora sonhar logo com um humano que acabara de conhecer e que o rejeitou?

E ele continuou aparecendo em sua mente, fazendo-o querer mais e mais. E logo Jaebeom estava lá, procurando e sondando o garoto como uma sombra, como o monstro que ele era. Apenas tirando o fato que ele não estava interessado em seu sangue - apesar de que ele não podia negar que havia um interesse, havia sentido o cheiro de seu sangue e ele tinha um cheiro delicioso - e sim em todo o seu corpo, e queria mais e mais, pois somente uma noite fora longe de ser o suficiente...

Sangria [ 2jae ]Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang