𝐎𝐍𝐄 𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓 - 𝐆𝐀𝐁𝐑𝐈𝐄𝐋 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐎𝐒𝐀

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CT do Flamengo, RJ, Brasil.

-Aqui será a sala aonde você ficará. - Lívia apresentou, e a morena assentiu, analisando o espaço lhe concedido. - Ali tem tudo o que você vai precisar. Temos um banheiro no corredor e a minha sala é no final do corredor.

-Obrigada, Lívia. Você me salvou real. - Agradeceu sorrindo para a outra. - Posso lhe fazer uma pergunta?

-Mas é claro que pode.

-É uma pergunta pessoa, se não quiser responder, eu vou entender. - Informou e Lívia apenas assentiu consentindo. - O que rola entre você e o uruguaio?

-Giorgian? - Perguntou e a morena concordou. - Não rola nada. A gente tá apenas se conhecendo.

-Aí desculpa perguntar, eu sou uma pessoa muito curiosa, e as vezes não sei controlar. - Desconversou ao observá-la ficar vermelha de vergonha.

-Ta tudo bem. - Tranquilizou-a com um sorriso carinhoso. - Bom eu preciso voltar a trabalhar. Se precisar de qualquer coisa, minha sala é no fim do corredor, e não hesite em me chamar.

-Mais uma vez, muito obrigada. - Acenou se despedindo de Lívia, que saiu de sua sala.

Willaynna aproveitou para organizar suas coisas, já que aquele seria seu novo ambiente de trabalho, em sua opinião precisava deixar o mais confortável possível.

Colocou em cima de sua mesa, uma foto em que sua família era retratada. Seu coração se apertou, ao lembrar do dia que era descrito na fotografia. Aquele sim, podia ser considerado um dos melhores de sua vida.

Mauro Prado o pai, permanecia abraçando Will, e a matriarca Teresa estava ao lado. Todos sorrindo, enquanto aproveitando um dia na praia de Ipanema. Willaynna tinha apenas quinze anos, quando um acidente envolvendo um avião, tirará seus pais de sua vida brutalmente. Ainda não se sabia o motivo, mas o avião cairá em seu percurso de volta ao Brasil.

Respirou fundo tentado controlar as lágrimas, que não mediam esforços para vir, quando a garota se recordava de seus falecidos pais.

Uma falsa tosse lhe chamara atenção, e ela levantou a cabeça tendo a visão de um moreno, encostado na porta de sua sala, com os braços cruzados.

-Posso ajudá-lo? - Perguntou, e o rapaz apenas se aproximará, se sentando em uma das cadeiras, que enfeitavam o pequeno cômodo.

-Eu não sabia que iria trabalhar aqui. - Começou e a moça o olhou confusa.

-Me desculpa, mas a gente se conhece?

-Sim? - Questionou retórico, estranhando o olhar perdido que a garota insistia em lhe dar. - Olha eu sei que a gente está em um ambiente de trabalho, mas não precisa fingir que não me conhece.

-Me desculpa, mas acho que você está me confundindo com outra pessoa.

-Ah... - Murmurou, então se dando conta do que acontecia. - É você tá certa, eu te confundi. Me perdoa, pelo o incomodo.

-Tá tudo bem, não precisa se desculpar.

-A gente se esbarra por aí. - Acenou forçando um sorriso ridiculamente tosco, antes de sair da sala.

Ele se esforçou para não mostrar o quão chateado estava. No fundo sabia que o lance deles era apenas de uma noite, mas ao ver aquele olhar confuso que ela lhe deu, Gabriel sentiu um aperto no peito. Ainda estranhava a forma como havia falado com ela no dia anterior. O estranho conforto que tivera, em falar aquilo, o perseguia.

Apartamento da Will, Recreio dos Bandeirantes, RJ.

A garota suspirou ao sentir o sofá confortável, relaxar seu corpo. Fora apenas seu primeiro dia de trabalho, mas por ficarem muito tempo sem alguém no lugar, o trabalho ficou acumulado, e Will teve que se desdobrar para finaliza-lo ainda no dia.

Ela quase gritou de felicidade após tomar um banho e se jogar em sua cama, um prato de macarrão em suas mãos. Os pensamentos da morena não se desligavam desde o confronto que ela tivera com Gabriel.

Em sua cabeça ela passava e repassava, procurando um possível momento em que ela pudesse ter conhecido o rapaz. Não conseguindo achar uma resposta para suas perguntas, Will decidiu deixar momentaneamente o assunto de lado, prometendo a si mesma que no dia seguinte iria procura-lo.

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