Capítulo 11

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XI

Mairon suspirou de alívio.

- Pensei que era algum dos edain invadindo os meus recintos privados e vindo se banhar aqui!

- E qual deles teria tamanha ousadia?

- Não sei. Mas preciso tomar meu banho para os ritos.

- Pois venha. Banhe-se comigo...

O maia sabia o que o outro queria. Pensou no ciúme que tivera das mortais e decidiu não adiar mais aquilo. O bloqueio que se desfizesse afinal. Tirou a roupa e entrou na banheira. Na mesma hora, Melkor tomou seu corpo e passou a lhe beijar na boca de forma ardente. Mairon o abraçou de volta e o beijou também, gemendo dentro do beijo. Era a primeira vez, desde que Melkor retornara do Vazio, em que se beijavam totalmente nus, sentindo o corpo um do outro em total contato. Até na noite em que houvera a felação da parte de Mairon, o vala não estava completamente despido.

Aquilo ajudou a desfazer alguns dos bloqueios de Mairon, mas o vala interrompeu tudo.

- Meu bem, sabe que eu estive pensando numa coisa?

- No que?

- Aquele seu vaso dourado. O que usa como assentamento das almas dos edain para enviá-las contra os demais.

- Sei.

- Eu estava pensando em encher aquele vaso, sabe... mas agora de energia sexual. Para que não fosse necessário usar fogo negro nele.

O maia parou pra pensar e viu que era bem coerente.

- É uma boa ideia.

- Então... eu estava querendo fazer isso aqui agora, com você aqui na banheira... mas eu vou tomar cuidado com você... tá bem?

Mairon até estava estranhando. No geral Melkor não era "cuidadoso" daquela maneira quando se tratava de sexo. Talvez o Vazio realmente o tivesse deixado mais maleável...

- Está bem. Vamos tentar.

Sendo assim, Melkor beijou a boca do amante com paixão mais uma vez e aos poucos foi colocando a ele sentado na banheira, de pernas abertas para si, enquanto ele próprio se encaixava no meio das pernas dele. Mairon pensou que ele estava bastante afoito e já ia querer começar a penetração, mas o vala logo mostrou que não seria assim.

- Meu bem. Eu quero te fazer sentir prazer primeiro, pra poder esquecer daquele período horrível em que estivemos separados.

- Hun...

Então o vala passou a beijar o rosto, os lábios e o pescoço do consorte e depois passou a acariciar seus peitos, seu abdômen, enfim seu órgão do prazer (Mairon ainda estava sob sua forma feminina). O maia fechou os olhos, tomado pelo prazer. Ainda havia algum bloqueio em sua mente, mas dessa vez era menor.

Logo, Melkor tomou ao corpo esbelto e bem desenhado do consorte e o colocou por cima da banheira, de pernas abertas ainda. Em seguida, foi até o meio de suas pernas e o chupou. Mairon gemeu, segurando os cabelos negros dele.

- Huuun...!

Porém, quando o prazer começou a aumentar, ele pediu para que Melkor parasse.

- Melkor... eu quero abraçar a si, eu quero sentir a sua presença comigo.

- Oh, meu bem... está certo!

Sendo assim, o trouxe de volta para dentro da banheira e o beijou na boca outra vez. Mairon o abraçou e retribuiu ao beijo com ardor. Foi quando sentiu o membro dele já duro roçando-lhe por fora do órgão sexual.

O filho da escuridãoWhere stories live. Discover now