Quinze

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SINA

Não foi bem isso que eu quis dizer. — respondo, com a voz um pouco baixa.

— Certo. — é tudo que ele diz.

Respiro fundo para me atrever a perguntar algo a ele e não deixar o silêncio ensurdecedor nos corroer.

— Poderia dizer mais sobre o que significa "eu não faço a mínima ideia do que tá acontecendo comigo quando me aproximo de ti"? — ele gira o pescoço para me olhar, dessa vez.

— É realmente preciso? Não ficou claro? — o garoto junta as sobrancelhas.

— Posso estar pensando em algo totalmente errado com o que você quis dizer, melhor me explicar. Só por via das dúvidas. — dou de ombros, tentando parecer indiferente em falar sobre isso.

Não estou esperando uma declaração de amor ou algo assim, só quero saber sua real intenção e o que ele quer comigo. Se ainda é apenas sexo ou não. Eu mereço saber.

— Eu quero dizer que, toda vez que eu olho para você, não tenha outra coisa que me faça ter mais atenção. Quando você está por perto, eu me sinto perturbado, inquieto, por não poder te tocar e te beijar. E quando eu escuto sua voz, doce e calma, eu só quero poder te ouvir por 24hrs e 7 dias. — e é com isso, que eu me sinto gelar, do fio de cabelo da minha cabeça, até a unha do meu pé.

Eu, certamente, não esperava escutar isso vindo dele.

Abro minha boca para respondê-lo e nada sai. Estou incapaz de falar o que eu quero, pois ele me pegou de surpresa com o que disse. Ele não pode estar brincando, não é? Não é um joguinho para me fazer ficar mal? Eu espero do fundo do meu coração, que não seja.

Me odeio por já ter desculpado ele, por ter permitido a gente fazer aquilo. Eu não duvidava que ele realmente havia se arrependido, só que eu queria vestir uma armadura e mostrar meu lado falso que era forte, que precisaria de mais dias para voltar ao normal com ele. Mas cá estou eu, depois daquela obscenidade, compartilhando pensamentos e possíveis sentimentos.

Relaxa, eu sei que parece louco. Não precisa me responder e nem falar mais sobre isso. — Jacob pega seu celular de dentro do bolso frontal e confere as horas. — Acho que vou tentar dormir, nos falamos amanhã? — quando ele faz menção de se levantar, seguro seu pulso e subo em seu colo, paralisando o mesmo por um instante.

— Sim, isso tudo parece muito louco. Ainda mais quando eu entendo o que você diz e me sinto da mesma forma contigo. — confesso a ele, sem cerimônia. Um sorriso largo, toma conta de seu rosto e ele parece acordar do transe, segurando minha cintura.

Eu deveria estar fazendo isso? Deveria estar agindo como uma tola por sentir coisas estranhas dentro de mim ultimamente?

Aperto minhas duas pernas contra as suas e me inclino para beijá-lo. Começando um movimento lento que, em alguma hora, se tornou veloz e cheio de intensidade. Suas duas mãos sobem pela minha cintura, sob a blusa, apertando minha pele e depois levando consigo o pano que cobria meu tronco. Nossas bocas são afastadas para que a gola passe pela minha cabeça e depois disso, Urrea abre o fecho do meu sutiã com pressa, para analisar meus seios que estão próximos a seu rosto. E só observando ele me olhar, sentir suas chamas me invandindo, eu sinto um pulsar no meio das minhas pernas e me esfrego nele.

Ele entende como se fosse um pedido e abocanha um mamilo com emergência, sugando com força e passando a língua no biquinho rijo. Todo meu corpo arqueia, involuntariamente, ao sentir calafrios passearem por mim. Minhas mãos rodearam seu pescoço e puxaram seu cabelo, mantendo-o ali. E nem por um segundo, parei de me movimentar em cima dele, sentindo seu membro duro me fazer molhar mais e mais.

Mistake | NoartWhere stories live. Discover now