Dezenove

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SINA

Era reconfortante me ter tão perto dele. Sua mão envolveu minha cintura e me puxou mais para si, permanecendo naquela posição adorável.

— Só em você continuar tentando, se esforçando, já mostra que você é forte. Diga para si mesmo, isso, porque é a verdade. — sussurrei e seus dedos vieram para o meu cabelo, o afagando.

— Obrigado, baby. — sorri ao escutá-lo.

O clima se manteve assim, um pouco frio, mas confortável por ter ele me abraçando, me esquentando. A lua cheia tinha me atenção quando eu não olhava cada estrela, tentando mergulhar fundo em seu brilho. Ali sob o céu, eu vi que seria nosso hobby, nosso momento pacífico.

Cutuquei o copo que tinha colocado dentro do saco para não ser levado com o vento e pude notar que ainda tinha uns três gelos lá dentro. Me afastando um pouco de Jacob, pensei se isso realmente traria um momento bom. Arriscando minha sorte, puxei os três cubos quase derretidos e joguei dentro da camisa dele. Seu grunhido alto me fez rir e puxar a sacola, descendo o mais rápido que pude pelas pedras. Quem diria que para subir foi uma cena dramática? Tentei ir mais rápido enquanto ele sacudia a blusa para que caísse os gelos. Ele tinha prática tanto em subir como descer, soube que estava ferrada quando ele me fulminou com os olhos e pegou seu lixo.

— Você não fez isso. — disse e eu ri, chegando na areia e correndo feito uma louca.

Detestava como correr na areia era cansativo, em no máximo dez passos longos eu ja estava quase passando mal. Não desisti mesmo sentindo minhas pernas fracas e olhei para trás para checar. Noah já estava correndo até mim e isso fez meu coração palpitar forte e rápido.

A adrenalina que corria em mim me fez puxar mais força para correr, tentando não ser pega. Parecia até que não tínhamos a idade que tínhamos, já que estávamos feito duas crianças correndo e gritando coisas como: "quando eu te pegar você vai ver", "eu vou gritar", "você já está fazendo isso", "eu vou ligar para sua mãe e fazer ela tomar seu carro".

O vento gelado que batia contra mim não permitiu que eu suasse, mas eu me sentia tão cansada que minhas panturrilhas bambearam. Nisso que dá, não ter uma vida saudável e frequentar academia. Nesse curto espaço de tempo, vacilei e senti os braços dele me rodearem.

— Me larga. — eu disse em meio a uma risada cortada por causa da tentativa de puxar oxigênio.

— Não. — seus braços me giraram e me fizeram ficar cara a cara com ele.

— Isso é injusto. — fiz um beicinho.

— Injusto seria se eu não me vingasse. Peça desculpa. — ordenou e eu gargalhei, negando com a cabeça.

Em um piscar de olhos, seu pé passou por minhas pernas e as puxou para frente, me fazendo cair. Sua mão segurou minha cabeça enquanto a outra estava na minha lombar. Só conseguia pensar em como meu cabelo ficaria arruinado, por causa da maresia e da areia agora nele. O braço que envolvia meu corpo se arrastou e sua mão segurou minha cintura. A outra, saiu debaixo da minha cabeça e ele se apoiou nela. Minha respiração estava mais ofegante que a dele e mesmo assim, saía um ar pesado de sua boca. Minhas duas palmas deitaram em seu peito e senti os músculos tensionarem com meu toque por cima da camisa.

— Você não precisa se preocupar e ficar insegura. Eu só olho para você. Só quero você. Isso é o que importa. — antes que eu pudesse responder, seus lábios encontraram o meu. Eu os abri imediatamente, recebendo sua língua macia.

Mistake | NoartWhere stories live. Discover now