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Isis não tirava os olhos da pintura de Dumbledore, pendurada na parede atrás da cadeira onde Minerva se acomodara

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Isis não tirava os olhos da pintura de Dumbledore, pendurada na parede atrás da cadeira onde Minerva se acomodara. Devia muito ao antigo diretor e esperava que seus últimos atos servissem para abrandar a dívida. Esperava, mas não acreditava que fosse possível, apesar do olhar gentil dele na sua direção. Afinal, lá estava ela, levando mais uma vez o perigo de volta à escola de magia e bruxaria ao aceitar se esconder em seus limites refortificados.

O único ruído na sala circular era o da pena correndo pelo pergaminho. Minerva se reservara ao silêncio após avisar, sucinta, que começariam a reunião assim que Kingsley Shacklebolt chegasse. Ao contrário de Aurora, calma e concentrada, a perna de Isis tremia enquanto ela roía as unhas que lhe restaram após o breve incidente em frente no Beco Diagonal. Após passar a noite em claro — a mente agitada recusando-se a descansar —, a bruxa desceu ao salão de jantar do Caldeirão Furado e se sentou a uma das mesas mais afastada, sentindo-se como um inferius.

O ambiente estava menos tumultuado, então não demorou quase nada para Tom aparecer com uma xícara de café e uma tigela com mingau de aveia forrado com açúcar. Seu "obrigada" saiu como um grunhido ininteligível. A fome passara longe naquela manhã, mas se tinha uma coisa importante que aprendera a duras penas era a não desperdiçar comida.

Quando Aurora surgiu, já tinha terminado de comer e bebia a segunda xícara de café. Isis ainda estava irritada com a reticência da professora em lhe esclarecer seu disfarce dentro de Hogwarts. "Minerva explicará", fora a resposta repetida à exaustão nas vezes em que a bruxa abordara o assunto. Não havia abertura para dúvida quanto à sua gratidão pela ajuda. Auxiliaria o guarda-caça se fosse o caso ou limparia o castelo junto com Filch, contanto que atingisse seu objetivo.

Com o passar dos minutos, as duas se apressaram até o Beco Diagonal. Sair pela Charing Cross era um risco desnecessário, por isso Aurora criara a chave de portal em uma das muitas vielas da área. O beco conservava uma aparência decadente, com várias lojas fechadas com tapumes, e cartazes rasgados da época anterior à guerra colados às paredes rachadas. A segurança por lá contava com aurores por todos os lados, alguns distribuindo panfletos informativos sobre as mudanças que ocorreriam a curto e médio prazo, para facilitar a vida dos bruxos. As aulas voltariam em breve e o Ministério não pouparia esforços para manter as crianças sãs e salvas.

Enquanto se dirigiam à viela, guardada por dois aurores, um estalo repentino fez Isis se abaixar e sacar a varinha, apontando-a na direção do barulho, pronta para se defender de quem quer que fosse. Com o coração acelerado, ela viu um grupo de crianças rirem não muito longe dali, brincando com snap explosivo. Aurora se apressou em ajudá-la, desculpando-se com os bruxos que estavam por perto.

— Não se preocupe. Isso tem acontecido muito por aqui — comentou um dos aurores com tranquilidade, ao ver o rosto de Isis queimar de vergonha.

Batidas à porta da sala de Minerva levaram a bruxa de volta ao presente. Ela se aprumou e virou para trás, vendo o primeiro-ministro entrar, acompanhado de três bruxos. As mulheres se levantaram para cumprimentá-los e Shacklebolt fez questão de quebrar as formalidades desnecessárias.

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