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Cybele estava mais desolada que Isis com a detenção, culpando-se a todo instante por não a ter dissuadido da ideia de duelar ou não ter ficado à espreita para avisá-la de Filch

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Cybele estava mais desolada que Isis com a detenção, culpando-se a todo instante por não a ter dissuadido da ideia de duelar ou não ter ficado à espreita para avisá-la de Filch. Depois de um jantar tenso, recebendo encaradas raivosas de Killian e sua trupe, foi o momento de respirar fundo e se dirigir às masmorras, acompanhada da sonserina cabisbaixa. Os outros alunos da casa as encaravam com desconfiança, no caminho até a sala comunal e, comparado com o que a bruxa se via prestes a enfrentar, aquilo não significava nada.

— Boa sorte — murmurou Cybele, como se a outra estivesse prestes a enfrentar Lorde Voldemort em pessoa. — Nem sei se obrigada é o bastante para te agradecer... por tudo.

— Compre-me uns doces quando visitarmos Hogsmeade. E não se esqueça do trabalho para a próxima aula do Flitwick.

— Não precisa falar duas vezes. E prometo que também pagarei uma cerveja amanteigada no Três Vassouras para você. Vai amar! — Um tanto mais animada, a garota se despediu e juntou-se à massa de sonserinos.

Isis encarou a porta da sala três com um desânimo de dar dó, então aprumou-se, erguendo o queixo, e bateu. A espera se estendeu por um minuto até levar a mão à maçaneta e ser puxada para dentro de súbito, quando Snape finalmente apareceu. Ela entrou aos tropeços, amparando-se no ombro do professor e se afastando no instante seguinte como se nada tivesse acontecido; como se o braço dele, mesmo que ligeiro, não tivesse a abraçado pela cintura.

— Entrada triunfal — murmurou, ajeitando a blusa amarrotada, atenta ao fato de ele não ter se afastado. — Boa noite, professor. Qual a tortura de hoje?

— Correntes e algemas. — A seriedade nas palavras e no semblante foi tanta que Isis entreabriu os lábios, surpresa ao vê-lo se acercar com o olhar fixo ao dela. — Posto que se mostrou inclinada a esse tipo de castigo — disse, rodeando-a —, presumo que se sentirá mais motivada ao longo da detenção.

Ela ouviu o ruído das dobradiças do armário de canto, misturado ao eco da pulsação em seus ouvidos, e se virou com os olhos semicerrados, aguardando o momento em que ouviria a risada de Severus, o que soava tão irreal quanto aquela proposta. Isso não a impediu de entrar no jogo e andar até ele, espiando o interior bolorento, cheio de teias de aranha prendendo-se aos livros. Quando Snape pegou um par de algemas, segurando-o à altura do rosto da bruxa, esta segurou-se para não engolir em seco ao se ver alvo da expressão circunspecta.

— Limpe todas elas e as guarde naquela sacola de pano — explicou, colocando as algemas nas mãos de uma Isis mortificada. Ela se virou, avistando a tal sacola sobre uma das bancadas. — Ao término da detenção, leve-as até seu bom amigo Filch, que ficará extasiado em recebê-la. E dê um jeito nos livros e nas balanças também.

— Brilhante, mal posso esperar. — Isis pigarreou, umedecendo os lábios sem saber se ria de si mesma ou se ficava irritada por quase ter se mostrado interessada. — O quê? — perguntou ao ver a palma da mão do professor estendida na sua direção.

Solace ϟ PotterversoWhere stories live. Discover now