Capítulo 11

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Minha mente parece que vai explodir com tantas memórias, e meu peito parece querer explodir junto com ele, lagrimas escorrem pelo meu rosto sem parar, a dor da perda, a de perder alguém é dolorosa de mais, minha alma parece ter se rasgado ao meio, os momentos que passei com minha mãe e meu pai, parte de mim, minhas memórias foram tiradas de mim e eu nem sei quem foi ou por que. Tudo a minha volta é tirado de mim contra minha vontade e isso dói de mais.

- Parte de mim sentia uma falta insuportável de algo. – enxugo minhas lagrimas com o coração apertado de dor, enquanto olho pra lapide da minha mãe, só podia haver um lugar que eu poderia ir depois de descobrir a verdade. – E hoje eu sei que era..., a minhas memórias, as lembranças que tínhamos juntas, e a sua presença ao meu lado, dos seus abraços e beijos de boa noite. – meu choro fica mais forte. – Esquecer você, foi como vela morrer de novo. A dor pra mim foi duas vezes maior, eu não sei de mais nada, queria entender por que isso esta acontecendo, por que teve que acontecer comigo... com a gente, não sei por que minhas memórias foram tiradas de mim e nem por que o papai me deixou no orfanato... me pergunto se foi por que fui transformada em lobisomem. Queria saber se ele ao menos, me procurou, ou se sabe que estou viva.... . A única coisa que sei, é que me perdoa mãe, por esquecer de você. E por não ter vindo te ver, pra te contar como estou, se estou estudando, ou como anda minhas habilidades sobrenaturais que a gente tanto treinava, e quero que saiba que eu tenho orgulho de telas, passei um tempo com raiva de mim mesma por ser diferente. – solto uma risada nervosa, me lembrando que há pouco tempo eu odiava ser sobrenatural, por ser lobisomem e por fazer os objetos voarem, principalmente por me transformar em lobo, e acho que entendo um pouco por que, tenho certeza que a Dr. Lívia vai adorar conversar sobre isso. – Mas não mais, hoje eu sei que isso era parte de você, e me faz sentir que você ainda estar comigo também. Então eu não odeio mais esse lado, bom ser lobisomem, é meio complicado, mas estou indo bem, me transformar já não é mais doloroso, e também não sinto mais vontade de quebrar a cara dos meninos, bom...- só talvez de Killian por não ter me contado quem era, mas isso ainda estar a ser debatido quando eu for atrás dele. – Eu te amo mãe, não sei o que o destino espera por mim, mas como disse um velho ancião o destino é volátil, pode mudar a qualquer momento, ou era futuro? Não sei, ele falava umas coisas que me deixava confusa, mas eu queria que você soubesse, que eu vou ficar bem. – disse isso passando o dedo no seu nome na lapide.

Teresa Stuart, mãe e esposa amada.

Levanto-me da grama, e limpo meu nariz escorrido e minhas lagrimas, não tenho tempo pra sentir minha dor, deixarei isso pra mais tarde no meu quarto, provável que eu fique na cama por dias, mas agora não posso, tenho que encontrar uma pessoa e descobri certas verdades, estou cansada de andar no escuro e de tudo isso. Quero toda a verdade, partes das minhas memórias estão escuras, mas lembro o suficiente. Vou descobri quem apagou minhas memórias e o porquê. E também preciso achar meu pai, mas antes preciso fazer uma visita a um certo bad boy de cabelos castanhos, só não prometo que será um reunião agradável, estou muito afim de socar seu nariz.

Envio uma mensagem pra Isadora dizendo que ela não precisa ficar preocupada, e caminho em direção a casa de Killian que sei muito bem onde é graças as minhas memórias, por sorte sua casa não fica a muitas quadras do cemitério, sempre brincávamos no quintal da sua casa e criamos nosso local secreto na casa da arvore, era meio que nossa base secreta, coisa de criança. 

Quando chego em frente a sua casa de dois andares, que tem a mesma aparência de antes, a placa na caixa de correio com o sobrenome da sua família, – Walker, – não a duvidas que aqui é sua casa,eu toco a campainha, mas ninguém responde, mas posso escutar nitidamente que tem alguém na garagem, e sei de cara pelo cheiro quem é.

Dou a volta e vou em direção a garagem, onde vejo Killian sem camisa mexendo em uma moto preta, seus músculos definidos estão totalmente suados, seu cabelo molhado de suor grudado na sua testa, ele limpa uma gota de suor com as costas da sua mão enquanto segura um ferramenta, molho os lábios diante da cena que é digna de capa de calendário. Tenho que dar o braço a torcer, Killian ficou bonito e gato, a ultima vez que o vi ele era um pirralho menor do que eu com duas janelas no dente. Meu coração se aperta com as lembranças.

Não posso entrar nessa, eu vim aqui pra tirar umas verdades dele.

Lua VermelhaWhere stories live. Discover now