Capítulo 31

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– Por quanto tempo esse escudo vai durar?

– O quanto eu quiser enquanto estiver vivo.

Era o que eu temia, se o pior acontecer com a gente, às crianças ficaram desamparada de segurança. Seja o que for a gente tem que sobreviver de qualquer jeito, temos que voltar. Caminhamos até a floresta com bastante cautela e atento a cada menor ruído, dessa vez não vou abaixar minha guarda.

– Um momento atrás, seus olhos... – paro quando escuto aquilo, já tinha me esquecido dessa parte.

– Ignore. – falo secamente.

– Se você quer assim.

Olho pra Zaki que continua caminhando em silencio. Eu já tinha percebido isso, mas ele não faz muito estilo que gosta de se meter em assuntos que não são de seu assunto, gosto desse lado dele. Tento escutar algum barulho a minha volta, mas nada surge além do som da floresta, isso é muito estranho.

– Vamos mais afundo.

– Você podia usar sua habilidades de caçadoras não acha?

– Estou fazendo meu melhor aqui, não sou muito habilidosa em ser uma lobisomem. Por que você não usa alguma habilidade maga.

– Não funciona assim, magos não foram feitos pra lutar ou caçar, preferimos livros e tubos de ensaio.

– Você não parece gostar de ler livros e fazer descobertas.

– Minhas descobertas são mais carnais, gosto de pesquisar sobre os prazeres.

– Vou fingir que não escutei isso.

Continuamos andando, quando escutei o barulho de um galho se quebrando e passos humanos bem leves.

– Tem alguém por perto. – sussurrei me virando pra Zaki.

– Quantos?

– Não sei dizer, os passo estão leves, mas está vindo nessa direção, temos que nos esconder.

– Vem comigo. – Zaki me ajudou subir em uma das arvores e usamos as outras pra subir até a mais alta e ficamos escondido entre as folhas esperando alguém aparecer.

Dois caçadores então puxando um lobisomem com uma corrente, o lobisomem parece estar desacordado, seu coração ainda bate, isso é bom.

– Precisamos ajudar. – sussurrei.

– Verifica se tem mais alguém por perto, não podemos arriscar.

Fechei meus olhos e tentei escutar o que tinha a volta, mas a única coisa que senti foi cheiro de sangue e bastante. Olhei pra ele e fiz um sinal de não com a cabeça.

– Quando aterrissamos no chão você joga eles pra longe, eu faço o resto.

Os caçadores estão no ponto certo pra que eu pule, tenho que fazer isso antes que eu perca a chance, vou confiar nele. Pulei atrás dos caçadores e joguei eles pra longe, fazendo ficar desnorteados, quando perceberam que estavam sendo atacados eles se ajeitaram e pegaram suas armas, Zaki pulo logo em seguida e projetou um escudo a nossa volta, me virei pro lobo caído no chão enquanto eles atiravam na gente e tirei a corrente do seu pescoço, fazendo ele começar a respirar melhor.

– O que um mago está fazendo aqui.

– Droga, aqueles idiotas não mataram aquelas aberração.

Os olhos de Zaki ficam escuro e suas veias ficam aparente, seus ombros estão tensos. Esse idiotas querem provocar a própria morte. Antes que Zaki fizesse mais derramamento de sangue eu comecei a agir, entortei o cano das suas armas, o que fez eles ficarem assustados e pegar outra arma, mas eu fui mais rápida e joguei uma pedra em suas cabeças fazendo ficar desacordado. Isso deve segurar ele por um tempo.

– E agora? – perguntei tentando tirar atenção de Zaki nos caçadores.

– Vamos encontrar os outros, depois voltamos e ajudamos esse ai. – rosnou Zaki tentando controlar sua raiva.

Ajoelhei e senti o coração do lobo. Por favor, agüenta mais um pouco. Amarrei os caçadores em uma arvore um distante do outro, Zaki prestou os primeiros socorros ao lobo e depois caminhamos mais a frente onde eu senti cheiro de sangue.

– Não estou gostando desse silencio todo. – comentou Zaki olhando pra ambos lados.

Caminhamos mais adentro e deparamos com uma cena de totalmente assustadora, todos estão caídos no chão em sua forma de lobo e desacordados assim como o que tínhamos acabado de ver. Então uma bola de ferro foi jogada no ar e brilhou e nos cegou e quando caiu no chão soltou um barulho extremamente incomodo pros meus ouvidos hipersensíveis e me fez cair de joelho com as mãos nos ouvidos.

– Aaaaaah.

– Keeeelly. – gritou Zaki tentando recuperar a visão.

Lua VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora