Lua Vermelha

Capítulo 26

Depois de ajudar os magos que conseguiram sobreviver Letha levou eu e Zaki pra biblioteca, Zaki estava bastante alterado com o fato de ter perdido tantos dos seus, uma maga me emprestou uma roupa dela pra que eu pudesse me vestir e não andasse por ai pelada, fiquei bastante agradecida por ela ter uma roupa extra do armário, não quero nem imaginar como eu voltaria pra casa nua, percebendo o clima bastante tenso eu resolvi começar a falar.

– Letha você pode explicar o que aconteceu? – perguntei com cautela.

– Os rapazes estavam indo pros fundos pra que pudessem receber o carregamento de bebidas da boate, mas quando o motorista disfarçado abriu o fundo vários caçadores saíram de dentro do caminhão e começaram a atacar, eles sabiam que essa era a melhor hora pra atacar já que não teriam civis e é quando abaixamos um pouco o feitiço de proteção, quando eles começaram atacar foi uma loucura, vários dos nosso caíram no chão e outros levaram tiros sem poder se defender a tempo, a gente agüentou por um bom tempo até o gás fazer efeito, quando vi que gás era corri pra biblioteca pra fazer um antídoto, mas enquanto estava correndo até a biblioteca eles resolveram explodir os esgotos abaixo da boate.

– Merda. – grunhiu Zaki se segurando pra não socar as estantes.

– Isso explica o tremor que sentimos um tempo atrás, mas por que explodir os esgotos da cidade?

– A pergunta que você tem que fazer como eles entraram lá.

– Como assim? O que tinha lá embaixo?

– Criamos um esconderijo lá em baixo em caso de ataque, pudéssemos nós esconder lá. – respondeu Zaki.

– Então basicamente eles encurralaram vocês.

– Não só isso, as únicas pessoas que sabem isso são os clãs de sobrenaturais já que cada um tem o seu, mas cada um tem seu próprio método de entrada, não tinha como eles saberem disso.

– E como vocês sabem que os outros também tem um?

– Por que fomos nós que criamos, nos magos não interferimos em problemas de outros grupos seres sobrenaturais, optamos sempre em nós manter em terreno neutro, a menos que nós envolva diretamente, por isso confiaram na gente pra criar os meios fugas. – respondeu Zaki rangendo os dentes, claramente se alterando.

– O importante não é só isso, nós fomos os principais ativos em criar os esconderijos, mas como eu disse cada um tem seu próprio método de entrada, cada clã ajudou de uma forma.

– Essa não. – levei a mão a boca, uma luz surgiu na minha cabeça entendendo exatamente os quebras cabeças, existe um traidor entre a gente e o pior não é só isso. –Se os outros também foram atacados como vocês.... – mordi meu lábio com medo das minhas próximas palavras. – Querem uma guerra entres seres sobrenaturais, eles estão querendo que vocês se matem em vez deles fazer isso.

– Cada clã vai preferi acreditar que o outro tem um traidor entre eles em vez do próprio, e o principal grupo que eles viram atrás serão nós. – disse Zaki coçando a cabeça.

– Isso vai ser um chacina. – murmurei.

De repente o chão começou a tremer novamente e uma nova explosão surgiu, antes que meu cérebro pudesse assimilar eu e Zaki corremos pro lado de fora da boate junto com os outros e olhamos pro céu, mais três locais com fumaças apareceu.

– Zaki quantos esconderijos vocês fizeram? – perguntei sem tirar o olho do céu.

– Seis.

Isso é péssimo, Nova York vai ser um campo de guerra se não fizermos nada, se humanos virem isso estaremos expostos e mais pessoas morreram, mas que merda eles tem na cabeça. Meu celular começa a tremer enquanto tento conter os meus batimentos cardíacos com o desastre iminente bem diante dos meus olhos, quando pra tela eu vejo o numero do Jacob, essa não Isadora, com tudo isso eu nem consegui pensar que o grupo dela pode estar sendo atacado, eu desligo a ligação de Jacob e ligo direto pra Isadora, se ele está ligando só pode significar que ela não esta atendendo e ele viu as noticias na TV, mas mesmo assim eu tento ligar pra ela, só que acaba caindo na caixa postal.

– Zaki pra que lado fica o esconderijo da Isadora?

– Droga, vem eu te levo. – Zaki começa a correr pra um dos magos que estava na biblioteca com a Letha na hora do ataque e pede a chave do carro.

– Você tem certeza que não quer ficar? Eu posso ir só, seus companheiros precisam de você.

– Eu não acho que eles vão voltar por agora, estão ocupados de mais matando os outros, e a velha já deve estar preparando uma nova barreira, daqui a pouco essa boate vai virar uma fortaleza. – disse ele entrando no banco do motorista enquanto eu o seguia. – E alem do mais, a Isadora também é minha amiga.