Maldito Meio a Meio • TodoDeku

7. Nota mental: confissões são uma droga.

olá baitolas,,, como estão? aiai

bom, demorei em? sorry por isso, tava num bloqueio fudido e não conseguia escrever nAda 0_0

mas enfim, fiquem com o capítulo a

•°o°•

Depois daquele dia do "encontro inusitado na livraria", e após Todoroki ter visitado minha casa pela primeira vez, e principalmente pelo abraço estranho e repentino que ele me deu, nós ficamos mais próximos. Não tão próximos ao ponto de sermos super amigos ou algo assim, mas pelo menos cumprimentamos um ao outro nos corredores e vez ou outra trocamos alguns olhares.

Claro que Uraraka, observadora como era, me questionou sobre isso. Estávamos sozinhos no meu lugar favorito atrás da escola, ouvindo uma música baixa que ela escolheu; eu fazia um dos exercícios de física que Todoroki me passou para estudar enquanto ela mexia no celular. Repentinamente, ela me cutuca.

– E como vão as aulas com o Todoroki? – pergunta como quem não quer nada. Olho pra ela e semicerro os olhos, desconfiado.

– Vão bem. – respondo.

– Só isso? – ela insiste.

– Por quê a pergunta?

– Você tá meio estranho – diz, com um sorriso pequeno. – Mais avoado que o normal. Tá apaixonado?

– Você tá louca? – viro o rosto, para que ela não perceba meu embaraço. – Claro que não. Cala a boca.

– Hmm, sei… – seu sorriso cresce ainda mais. – Só vocês dois, sozinhos em casa, com uma desculpa esfarrapada de estudar…

– Uraraka! – exclamo indignado. – Não aconteceu nada! Eu não tenho intimidade nenhuma com ele, ele só foi me ajudar. – fico corado e faço um biquinho irritado. – Ele só me abraçou.

– Todoroki Shouto te abraçou? – ela fica realmente surpresa. – E você quer me dizer que ele não tá apaixonadinho por você?

Encaro-a com um semblante confuso, e ela sustenta meu olhar com um determinado.

– O que tem de mais em um abraço?

– Nada. Mas quando se trata do Todoroki… – deu ênfase no nome dele.

– Para de ser doida, deve ter sido só um impulso dele – digo. – Aliás, ultimamente ele não parece estar muito bem, então ele provavelmente só queria conforto de um… amigo.

– Você é lerdo demais – ela reclama. – Vai saber se ele não é sua alma gêmea? – pondera. – Seria lindo.

Olho para ela apreensivo.

– Por que você acha isso?

– Ah, só tô te provocando, calma – sorri. – Mas vocês seriam um casal fofo. Sei lá, você todo expressivo e impulsivo, e o Todoroki com aquele jeito mais reservado dele…

Hesito um pouco antes de responder, mas de qualquer forma, em algum momento eu teria de contar. Não dá pra esconder as coisas de Uraraka.

– Na verdade, Ocha... – começo, ainda apreensivo. Sinto meu rosto esquentar e fito o chão ao continuar – Eu e o Todoroki meio que somos almas gêmeas, mesmo.

Ela me olha espantada, com a boca levemente aberta e os olhos arregalados. Era de se esperar.

– Como assim?! – eleva o tom de voz. – Quando você descobriu?!

– Hm, não faz muito tempo… – passo a mão no pescoço, meio que com medo de Uraraka voar em cima de mim e me estapear. – desde o dia que eu fui pedir ajuda dele com as aulas.