15. Você acredita em destino?

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boa noite, gente linda que eu amo tanto!

é com um misto de pesar e alegria que eu trago o último capítulo dessa história

espero que gostem!

•°o°•

A minha escola sempre adorou festas. Sério, sem brincadeira, parecia que arrumavam qualquer motivo para organizar algum evento para os alunos. Eu sempre achei isso uma grande perda de tempo e nem me importava em faltar nos eventos não obrigatórios, mas aquele seria diferente e, como meus amigos fizeram questão de dizer, seria especial.

Então, o evento da vez seria uma espécie de festinha de despedida para os alunos do terceiro ano do ensino médio. Sim, terceiro ano, já havia se passado um tempo desde que eu e Shouto começamos a namorar e tudo mais. Nada havia mudado de verdade, todo mundo estava seguindo a vida plenamente; todo mundo bem feliz, aliás.

Por exemplo, meus amigos. Todo mundo continuou da mesma maneira (acho que não dá pra mudar tanta coisa em um ano) com apenas algumas mudanças. Ochaco estava cada dia mais feliz com Ashido, e eu acabei descobrindo que as duas são, de fato, almas gêmeas. Tokoyami e Tsuyu tiveram uma espécie de amizade colorida que até hoje eu não sei explicar – terminavam e voltavam, assumiam um relacionamento e depois paravam. Bakugou e Kirishima acabaram surpreendendo algumas pessoas ao assumirem seu namoro publicamente, mas pra mim eles combinavam perfeitamente.

E tava tudo bem.

Todoroki e eu estávamos cada dia mais próximos, e eu penso que ele é uma das pessoas que mais me conhecem, desde os segredos mais bobos até as inseguranças mais sérias. Apesar disso, eu ainda não havia lhe contado sobre o akai ito.

Momo Yaoyorozu tinha voltado a falar com ele também. Era muito bom saber que Shouto tinha sua melhor amiga de volta. Ele estava mais feliz e relaxado por ter a amizade dela novamente e isso era perceptível, e se ele estava bem, eu também estava.

Aliás, eu descobri que Momo também tem um fio. Sua alma gêmea era justamente Kyouka Jirou, o que foi um tanto surpreendente devido ao fato de ambas serem completamente diferentes. Mas os opostos se atraem, não é? Não sei se alguma das duas já nutria algum resquício de sentimento pela outra, mas era claro que, em algum momento, ficariam juntas, apesar de suas pequenas discussões recorrentes. Também era bom saber que Momo teria alguém com quem contar.

Mas voltando ao meu relacionamento, Todoroki também me contou a respeito de sua vida. Descobri que ele já vinha me observando antes de eu precisar de sua ajuda (o que foi bem constrangedor) e tenho a teoria de que sua "curiosidade" a meu respeito foi o que revelou nosso fio. Sei que não dá pra saber com certeza qual foi a causa, mas gosto de pensar que foi isso.

Shouto também me contou, mesmo que parcialmente, sobre sua família. Era um assunto um tanto delicado. Seu pai, Eiji, acabou descobrindo nosso namoro em algum momento, e eu acho que ele não foi muito com a minha cara não, por isso eu até evito falar com ele. Apesar de tudo que Eiji Todoroki fez para sua família, ele veio com um papo de que queria mudar. Shouto não acreditou, e ainda não permite que seu pai se aproxime. Eu procuro não me intrometer demais nesse assunto, pois não me diz respeito.

Por outro lado, minha mãe parecia ter praticamente adotado Todoroki como seu segundo filho. Era como se ela o amasse mais do que a mim, juro! Eu não sabia de quem eu sentia mais ciúmes. Mas brincadeiras a parte, era um tanto reconfortante ver os dois conversando ou fazendo qualquer coisa juntos. Eram a minha família, e eu não podia estar mais satisfeito.

Mas deixando as divagações de lado e voltando para o presente: a maldita festa. Como já disse, nunca gostei muito dessas coisas, e só tinha concordado em ir nesta por ser a última do meu terceiro ano de ensino médio e porque Shouto disse que "talvez seria legal".

Maldito Meio a Meio • TodoDekuWhere stories live. Discover now