Capítulo 5

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   "Ela cuida de cada aspecto dela mesma: sua personalidade, sua aparência, suas crenças e valores, seu corpo, seus interesses e realizações. Ela se legitima, em vez de procurar um relacionamento que dê a ela um senso de autovalor."

                                                                                       (Grupo MADA)  


Suzana...

Enfim é noite de sexta, estou aqui no pé da Lapa, em num barzinho. Viro a quinta dose de tequila, o pagode está rolando e um carinha vem até a mim, eu rejeito. Minhas colegas começam a repetir o refrão"...Ééééé, mais uma vez, mais uma vezzzz..." e começam a rir e zoar.

Mariane, que estava até então calada, só bebendo, levantou e foi em direção a um dos carinhas que estavam tocando pagode.

Mariana estava estranha, triste até. Hoje parecia que estava pior, bebeu sem parar e estava monossílaba. Ela voltou para a mesa e parecia até que as pessoas estavam dando rasteira nela, de tão bêbada que ela estava, me levantei e fui até ela.

— Mari, você está bem? O que houve?? — Ela sorriu meio torto e gritou.

— Uhullll, pede mais uma ai para mim e para Suze também! — Ela gritou para as meninas que estavam sentadas e me deu um empurrão para frente do grupo de pagode. — Vamos lá, Suze! Vamos dançar, amiga. — Ela gritou doidinha, assim que os caras começaram a tocar a música.

Ela estava doidona, nunca a vi daquele jeito. Ela dançava e chorava enquanto tentava falar alguma coisa para mim.

— Vamos embora, Mari, fica lá em casa essa noite, vamos — Disse, pegando ela pela mão, ela assentiu. E quando menos esperei, ela virou, apenas senti o jato saindo da boca dela. Mariane acabou de vomitar em cima de mim

Levei-a para a minha casa e no caminho todo ela não parava de chorar. Falava sem parar coisas sem nexo até. Coloquei-a na cama e ela apagou na mesma hora, o celular dela não parava de tocar. Quando peguei o celular, vi que era um número privado, coloquei no silencioso e fui tomar um banho. Ela estava com problemas.

Quando deram cinco horas da manhã, a porta da minha casa estava sendo batida como se fosse os portões do inferno tentando ser aberto. Quando abri meia porta, tinha um cara com uma roupa social toda amarrotada, parecendo mais louco que o cão de cabeça baixa. Mariane levantou sonolenta.

— Que isso, Suze, é portão dos infernos? — Ela se aproxima da porta

— Deve ser, Mari. Olha aqui, o cara deve ser algum drogado. — Liberei o caminho para ela ver o cara.

Assim que ela viu o cara, mais que depressa, ela abriu a porta toda. O cara caiu igual a uma jaca podre no chão da minha sala, balbuciando o nome de Mari.

Quando olhei bem para o rosto do cara, vi que não era menos, que era o cara que estava junto com Daniel naquela noite. Dei um grito com ela.

— Porra, Mari, sério?

Ela olhou para mim assustada.

— Suze você conhece ele?

— Sim, foi ele que levou o primo dele naquela noite com Luana. Foi ele que marcou aquele encontro — Olho para ela

— E ele é o vice presidente da firma onde nós trabalhamos, Suze.

— Então é ele o carinha que você vivia falando sem parar? — Fico parada sem acreditar

Ela fica me olhando e assente de olhos bem aberto e assustada.

— Suze, ele me pediu em casamento essa tarde, eu estou grávida.

Intenso Demais - Série Destinos Traçados - Livro 1 ( Degustação )Where stories live. Discover now