Capitulo 12

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DANIEL...

Quando cheguei à empresa naquela manhã, eu tinha o meu maldito controle. Mas aquela capetinha abusada me faz fervilhar de ódio. Quando falei para ela que a queria em total disposição para mim, senti o olhar dela quebrar. Ela parecia tão autossuficiente, tão dona de si.

Ela queria aquilo tanto quanto eu. Mas quando vi os olhos dela vidrados, cheio de dor e desespero, me perdi em mim mesmo. Me senti assustado e culpado, não sabia o que fazer. Então fiz a única coisa que eu queria fazer, a beijei. Esquecendo-me de tudo o que eu tinha me prometido não fazer.

E ela com aquela boquinha linda, me morde! Quando senti a pontada da mordida dela e o gosto de sangue na minha boca, senti uma fúria. Levei-a para o banheiro e terminei de perder o que me restava de controle. Eu queria fodê-la, desesperadamente.

Eu sabia que estava perdido, eu me sentia assim. Mas eu a queria, eu quero ela. Aquela diabinha que debochou de mim desde o primeiro momento que me chamou de maluco e me fez quebrar a minha promessa. Quando ela me encarou com aqueles olhos azuis, minha vontade era chutá-la de perto de mim. Mas eu não conseguia fazer isso com ela.

Eu precisava ter meu controle de volta. Sai da empresa com a calcinha dela no bolso e com os olhos dela na minha mente. Peguei o carro e sai igual louco da garagem, meus demônios já estavam atrás de mim. Tudo por culpa daquela capetinha que me perturbou desde o momento que a conheci.

Parei em frente a uma loja de lingerie. Dei um sorriso enquanto tirava a calcinha dela do bolso. Aquela diabinha ainda reclamou de eu ter rasgado as suas calcinhas. Entrei na loja, depois de vinte minutos, sai de lá.

-Ah, sua capetinha. Você vai ser minha, por um mês. De um jeito ou de outro.

Cheguei a minha casa e mandei a Agnes arrumar o quarto de hóspedes. Entrei no meu quarto, olhei a gaveta com as fotos da Júlia, não queria abri-la. Não hoje.

No fim da tarde, fui à minha empresa. E fiquei esperando aquela capetinha aparecer. Quando ela me disse que não queria ser controlada, senti raiva dela. Me lembrei da Julia, mas quando olhei nos olhos dela, vi a minha perdição. Não quero assustá-la. Não hoje. Sei que minhas sombras vão voltar sobre mim. Mas não quero pensar nisso agora. Ter visto aquelas lágrimas descer por aqueles olhos, me deixou angustiado.

Ela me disse que estava pagando uma passagem no inferno para ela. E eu vou pagar a minha parte, nessa viagem, queria usá-la só para o meu prazer. Mas quando a olho, não consigo. Não posso, não com ela. Não posso controlar Suzana, ela parece ser feita pelos anjos.

Ligo o carro e saio. Ela permanece quieta ao meu lado, daria de tudo para saber o que ela estava pensando. Coloco uma música no rádio, vejo que ela tira os sapatos. E quando ela estica os pés e solta um gemido de alívio, sorrio. Aquela capetinha está fazendo o inferno em mim, mas hoje eu não ligo, eu não quero pensar.

Vinte minutos depois, chego ao meu condomínio. Levo a capetinha até a minha sala, ela me pede um copo de água. Sirvo-a. E ela continua a me olhar com aqueles olhos vazios. Eu queria quebrá-la, a fazer sentir dor. Mas não consigo.

— Suzana, vem comigo.

Levo-a até o quarto de hóspedes, ela me olha surpresa.

— Não vou prometer não rasgar mais suas calcinhas. Mas toda calcinha que eu rasgar, eu vou pagar. Faz parte do acordo.

Ela me olhou assustada e surpresa. Ela olha para a caixa de calcinhas e pega uma na mão.

— Daniel, foram só duas calcinhas rasgadas. Não quero essas calcinhas. Você é maluco de comprar isso. Essas calcinhas são super caras! Eu não posso pagar por elas, Daniel.

— Já estão pagas, Suzana. Não quero o seu dinheiro. Quero comer você! Apenas vista a que te agrade, para eu poder rasgá-la quando eu quiser.

Ela me encarou e sorriu.

— Daniel, já te disseram que você tem uma grande tendência a se tornar um psicopata?

Olho para ela, sorrindo.

— Sim, Suzana, já disseram. Agora vamos descer e comer alguma coisa. Você aceita uma taça de vinho antes do jantar?

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Intenso Demais - Série Destinos Traçados - Livro 1 ( Degustação )Where stories live. Discover now